Movimentos Migratórios na Infância: Uma Análise à Luz da Teoria Bioecológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flávia de Maria Gomes Schuler
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Emily Schuler, Cristina Maria de Souza Brito Dias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.36367/ntqr.8.2021.754-762
Resumo: A título de Introdução observa-se que os movimentos migratórios na infância ainda são alvo de poucos estudos, apesar de serem centro da problemática atual e sofrerem aumentos significativos. O Objetivo geral deste artigo foi analisar a trajetória de jovens brasileiros que migraram para a Suíça ainda crianças, à luz da Teoria Bioecológica. Mais especificamente buscou-se compreender as transições vividas nos diversos sistemas, e como ocorreu adaptação aos mesmos. Quanto ao Método, optamos por uma pesquisa de natureza qualitativa. Os participantes da pesquisa foram doze, sendo seis jovens brasileiros, que migraram ainda crianças para a Suíça, possuem idade entre 18 a 25 anos, de ambos os sexos; assim como seis mães brasileiras que migraram há mais de dez anos, são casadas com europeus e levaram seus filhos para viver com elas. É importante ressaltar que as mães e os jovens não pertencem necessariamente à mesma família. Com os jovens foi utilizado, a entrevista História de Vida, e com as mães foi utilizada uma entrevista semiestruturada. A análise foi feita a partir dos Sistemas propostos pela Teoria Bioecológica, contribuindo para uma visão holística do fenômeno. Os Resultados apontam que as mães que faziam a mediação apresentaram duas dificuldades principais: a língua e o não conhecimento do sistema escolar. Os microssistemas família e escola passaram por mudanças radicais. A criança, por sua vez, foi buscando se adaptar à nova situação, vencendo crises e dificuldades para integração. Para as crianças o tempo foi essencial no passado, venceram muitas dificuldades, ao mesmo tempo em que um leque de possibilidades se abriu. Essas crianças migrantes, hoje os jovens biculturais, trazem consigo uma nova forma de ver o mundo e assim um potencial para muitas mudanças.
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spelling Movimentos Migratórios na Infância: Uma Análise à Luz da Teoria BioecológicaMigratory Movements in Childhood: An Analysis in Light of the Bioecological TheoryChildrenMigrationHuman DevelopmentBioecological theoryCriançasMigraçãoDesenvolvimento HumanoTeoria BioecológicaA título de Introdução observa-se que os movimentos migratórios na infância ainda são alvo de poucos estudos, apesar de serem centro da problemática atual e sofrerem aumentos significativos. O Objetivo geral deste artigo foi analisar a trajetória de jovens brasileiros que migraram para a Suíça ainda crianças, à luz da Teoria Bioecológica. Mais especificamente buscou-se compreender as transições vividas nos diversos sistemas, e como ocorreu adaptação aos mesmos. Quanto ao Método, optamos por uma pesquisa de natureza qualitativa. Os participantes da pesquisa foram doze, sendo seis jovens brasileiros, que migraram ainda crianças para a Suíça, possuem idade entre 18 a 25 anos, de ambos os sexos; assim como seis mães brasileiras que migraram há mais de dez anos, são casadas com europeus e levaram seus filhos para viver com elas. É importante ressaltar que as mães e os jovens não pertencem necessariamente à mesma família. Com os jovens foi utilizado, a entrevista História de Vida, e com as mães foi utilizada uma entrevista semiestruturada. A análise foi feita a partir dos Sistemas propostos pela Teoria Bioecológica, contribuindo para uma visão holística do fenômeno. Os Resultados apontam que as mães que faziam a mediação apresentaram duas dificuldades principais: a língua e o não conhecimento do sistema escolar. Os microssistemas família e escola passaram por mudanças radicais. A criança, por sua vez, foi buscando se adaptar à nova situação, vencendo crises e dificuldades para integração. Para as crianças o tempo foi essencial no passado, venceram muitas dificuldades, ao mesmo tempo em que um leque de possibilidades se abriu. Essas crianças migrantes, hoje os jovens biculturais, trazem consigo uma nova forma de ver o mundo e assim um potencial para muitas mudanças.As an Introduction, it is observed that migratory movements in childhood are still the target of few studies, despite being the center of the current problem and undergoing significant increases. The general Goal of this article was to analyze the trajectory of young Brazilians who migrated to Switzerland as children, in light of the Bioecological Theory. More specifically, we sought to understand the transitions experienced in the various systems and how they were adapted to them. As for the Method, we opted for a qualitative research. The research participants were twelve, six young Brazilians, who still migrated as children to Switzerland, aged between 18 and 25 years old, of both sexes; as well as, six Brazilian mothers who migrated more than ten years ago, they are married to Europeans and took their children to live with them. It is important to note that mothers and young adults do not necessarily belong to the same family. With the young adults, a Life History interview was used, and with the mothers, a semi-structured interview was used. The analysis was made from the Systems proposed by the Bioecological Theory, contributing to a holistic view of the phenomenon. The Results show that the mothers who were mediating had two main difficulties: the language and the lack of knowledge of the school system. The family and school microsystems have undergone radical changes. The child, in turn, sought to adapt to the new situation, overcoming crises and difficulties for integration. For children, time was essential in the past, they overcame many difficulties, at the same time that a range of possibilities opened up. These migrant children, today bicultural young adults, bring with them a new way of seeing the world and thus potential for many changes.Ludomedia2021-07-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.36367/ntqr.8.2021.754-762https://doi.org/10.36367/ntqr.8.2021.754-762New Trends in Qualitative Research; Vol. 8 (2021): Qualitative Research in Health: Advances and Challenges; 754-762New Trends in Qualitative Research; Vol. 8 (2021): Investigación Cualitativa en Salud: avances y desafíos; 754-762New Trends in Qualitative Research; Vol. 8 (2021): Investigação Qualitativa em Saúde: avanços e desafios; 754-7622184-777010.36367/ntqr.8.2021reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://publi.ludomedia.org/index.php/ntqr/article/view/471https://publi.ludomedia.org/index.php/ntqr/article/view/471/469Flávia de Maria Gomes SchulerEmily SchulerCristina Maria de Souza Brito Diasinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-08-13T09:13:24Zoai:ojs.publi.ludomedia.org:article/471Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:48:19.966582Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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