Burnout e Estratégias de Coping em Profissionais Médicos da Área Oncológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rento, Inês Guimarães
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/10721
Resumo: INTRODUÇÃO: O Burnout é uma síndrome biopsicossocial associada à exposição crónica ao stress no trabalho. Foi definido por Maslach com base em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e diminuída realização pessoal. Interfere com o bem-estar, diminui a produtividade e aumenta o risco de perturbações emocionais e ideação suicida. É, portanto, relevante avaliar o estado dos profissionais, nomeadamente os médicos da área oncológica, que diariamente lidam com situações de grande sofrimento, fim de vida ou patologia grave, e estão constantemente sob pressão para se manterem atualizados e não cometerem erros. As estratégias de coping utilizadas pelos profissionais para lidarem com estas situações e as medidas aplicadas pelas instituições para a prevenção ou tratamento do burnout são muito importantes para os outcomes em saúde. Decidimos avançar com uma investigação que visa avaliar a ocorrência de burnout nos médicos da área oncológica, bem como estratégias de coping utilizadas e medidas adotadas pelas instituições, e correlacionálos entre si e com as características sociodemográficas da população em estudo. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional tipo transversal, descritivo e correlacional. Entre fevereiro e março de 2020 foi aplicado aos médicos do IPO do Porto um questionário com quatro partes: caracterização sociodemográfica, Oldenburg Burnout Inventory, Brief COPE, e questões sobre a perceção pessoal do burnout e estratégias adotadas pelas instituições e entidades gestoras para a sua prevenção e tratamento. RESULTADOS: Responderam ao questionário 29 médicos (taxa de resposta de aproximadamente 7%), dos quais 69% eram do sexo feminino, 55,2% tinham idade inferior a 40 anos, 55,2% eram solteiros ou divorciados e 96,6% tinham nacionalidade portuguesa. Eram Médicos Especialistas 72,4% dos participantes, 65,5% trabalhavam mais de 40 horas por semana, e tinham 10 ou menos anos de experiência na profissão 48,3%, na área da oncologia 58,6% e na instituição 58,6%. Obteve-se uma média global de burnout de 3,16 (±0,74), com uma média na dimensão “Distanciamento” de 2,99 (±0,86), e na dimensão “Exaustão” de 3,31 (±0,77). Uma parte considerável dos participantes (13,8%) referiu ter faltado ao trabalho no último semestre por sentimentos de esgotamento emocional. Verificou-se que os médicos que admitem ter faltado no último semestre por sentimentos de esgotamento emocional apresentam um valor significativamente maior de distanciamento. Observou-se que quem trabalha há mais tempo na área da oncologia tem tendência para apresentar valores mais elevados de distanciamento, e, que os médicos mais jovens (<40 anos) têm tendência para apresentar valores mais elevados de exaustão. As estratégias de coping mais utilizadas são planeamento e coping ativo, e as menos utilizadas desinvestimento comportamental e uso de substâncias. As estratégias de autoculpabilização, desinvestimento comportamental e uso de substâncias apresentaram uma correlação significativa e positiva com o burnout e as suas dimensões. A maioria dos profissionais considera que o stress a que estão sujeitos tem implicações na sua saúde, qualidade de vida, e qualidade de cuidados prestados, e que os órgãos de gestão da instituição estão conscientes destas implicações. Quem considera haver implicações do stress na sua saúde apresentou valores significativamente mais elevados de burnout (e distanciamento). Por outro lado, quem considera que as entidades gestoras estão cientes das mesmas implicações na saúde, qualidade de vida e qualidade dos cuidados prestados apresentou valores significativamente mais reduzidos de burnout (e distanciamento). Foram apontadas medidas adotadas pelos órgãos de gestão para a prevenção ou tratamento do burnout na instituição (como a otimização e organização de recursos humanos, ações formativas, entre outros). CONCLUSÃO: A amostra parece estar consciente dos riscos do burnout para a sua vida pessoal e profissional, o que se traduz numa utilização mais frequente de estratégias de coping adaptativo, e em níveis mais baixos de burnout. A relação que encontrámos entre a ocorrência de faltas no último semestre e o burnout na sua dimensão distanciamento sugere que o absenteísmo é uma das principais consequências do burnout, com implicações negativas para o profissional e para a organização. A utilização de algumas estratégias de coping maladaptativo está associada a níveis mais elevados de burnout e/ou das suas dimensões. Por último, a maioria dos profissionais considera que os órgãos de gestão estão conscientes da problemática do burnout, e estão a responder com medidas preventivas e curativas para o combater.
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As estratégias de coping utilizadas pelos profissionais para lidarem com estas situações e as medidas aplicadas pelas instituições para a prevenção ou tratamento do burnout são muito importantes para os outcomes em saúde. Decidimos avançar com uma investigação que visa avaliar a ocorrência de burnout nos médicos da área oncológica, bem como estratégias de coping utilizadas e medidas adotadas pelas instituições, e correlacionálos entre si e com as características sociodemográficas da população em estudo. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional tipo transversal, descritivo e correlacional. Entre fevereiro e março de 2020 foi aplicado aos médicos do IPO do Porto um questionário com quatro partes: caracterização sociodemográfica, Oldenburg Burnout Inventory, Brief COPE, e questões sobre a perceção pessoal do burnout e estratégias adotadas pelas instituições e entidades gestoras para a sua prevenção e tratamento. RESULTADOS: Responderam ao questionário 29 médicos (taxa de resposta de aproximadamente 7%), dos quais 69% eram do sexo feminino, 55,2% tinham idade inferior a 40 anos, 55,2% eram solteiros ou divorciados e 96,6% tinham nacionalidade portuguesa. Eram Médicos Especialistas 72,4% dos participantes, 65,5% trabalhavam mais de 40 horas por semana, e tinham 10 ou menos anos de experiência na profissão 48,3%, na área da oncologia 58,6% e na instituição 58,6%. Obteve-se uma média global de burnout de 3,16 (±0,74), com uma média na dimensão “Distanciamento” de 2,99 (±0,86), e na dimensão “Exaustão” de 3,31 (±0,77). Uma parte considerável dos participantes (13,8%) referiu ter faltado ao trabalho no último semestre por sentimentos de esgotamento emocional. Verificou-se que os médicos que admitem ter faltado no último semestre por sentimentos de esgotamento emocional apresentam um valor significativamente maior de distanciamento. Observou-se que quem trabalha há mais tempo na área da oncologia tem tendência para apresentar valores mais elevados de distanciamento, e, que os médicos mais jovens (<40 anos) têm tendência para apresentar valores mais elevados de exaustão. As estratégias de coping mais utilizadas são planeamento e coping ativo, e as menos utilizadas desinvestimento comportamental e uso de substâncias. As estratégias de autoculpabilização, desinvestimento comportamental e uso de substâncias apresentaram uma correlação significativa e positiva com o burnout e as suas dimensões. A maioria dos profissionais considera que o stress a que estão sujeitos tem implicações na sua saúde, qualidade de vida, e qualidade de cuidados prestados, e que os órgãos de gestão da instituição estão conscientes destas implicações. Quem considera haver implicações do stress na sua saúde apresentou valores significativamente mais elevados de burnout (e distanciamento). Por outro lado, quem considera que as entidades gestoras estão cientes das mesmas implicações na saúde, qualidade de vida e qualidade dos cuidados prestados apresentou valores significativamente mais reduzidos de burnout (e distanciamento). Foram apontadas medidas adotadas pelos órgãos de gestão para a prevenção ou tratamento do burnout na instituição (como a otimização e organização de recursos humanos, ações formativas, entre outros). CONCLUSÃO: A amostra parece estar consciente dos riscos do burnout para a sua vida pessoal e profissional, o que se traduz numa utilização mais frequente de estratégias de coping adaptativo, e em níveis mais baixos de burnout. A relação que encontrámos entre a ocorrência de faltas no último semestre e o burnout na sua dimensão distanciamento sugere que o absenteísmo é uma das principais consequências do burnout, com implicações negativas para o profissional e para a organização. A utilização de algumas estratégias de coping maladaptativo está associada a níveis mais elevados de burnout e/ou das suas dimensões. Por último, a maioria dos profissionais considera que os órgãos de gestão estão conscientes da problemática do burnout, e estão a responder com medidas preventivas e curativas para o combater.INTRODUCTION: Burnout is a biopsychosocial syndrome associated with chronic occupational stress exposure. It was defined by Maslach based in three dimensions: emotional exhaustion, depersonalization and low personal accomplishment. It interferes with one’s well-being, diminishes productivity and increases the risk of emotional disturbs and suicide thoughts. Therefore, it is relevant to evaluate the state of professionals, especially oncology physicians that deal with suffering, end-of-life or serious conditions, and are constantly under pressure to be up to date and to not make mistakes. The coping strategies they use to deal with these situations, as well as the measures taken by institutions to prevent or deal with burnout are very important for health outcomes. We decided to investigate the occurrence of burnout in oncology physicians, as well as the coping strategies they use and any measures taken by the institutions to deal with it, and correlate them with each other and with the sociodemographic determinants. MATERIALS AND METHODS: This is an observational, descriptive and correlational study. The questionnaire was composed of four parts: sociodemographic characteristics, Oldenburg Burnout Inventory, BriefCOPE, and some questions about the perception of burnout and strategies adopted by the institutions for its prevention and treatment. It was presented to physicians from Porto’s IPO. RESULTS: The questionnaire was answered by 29 physicians (answering rate of approximately 7%), from which 69% were females, 55,2% were under 40 years old, 55,2% were single or divorced and 96,6% were of Portuguese nationality. 72,4% of them were attending physicians, 65,5% worked more than 40 hours per week, and 48,3% had 10 or less years of professional experience, 48,3% had worked in oncology for less than 10 years and 58,6% worked on that institution for less than 10 years. We calculated an average burnout level of 3,16 (±0,74), an average distancing level of 2,99 (±0,86) and an average exhaustion level of 3,31 (±0,77). A relevant number of physicians (13,8%) referred having missed at least one workday due to emotional exhaustion in the last semester. The physicians who admitted having missed at least one workday in the previous semester due to emotional exhaustion had a significative higher level of distancing. The ones that have worked longer in oncology present a tendency to have higher distancing levels, and the younger ones (<40) have a tendency to have lower exhaustion levels. The most used coping strategies were “Planning” and “Active Coping”, and the least used were “Behavioral disengagement” and “Substance Use”. “Self-blame”, “Behavioral disengagement” and “Substance Use” had a significative correlation with burnout and its dimensions. Most physicians considered that the stress levels they’re exposed to have consequences in their health, quality of life and quality of their services, and that the institutions’ administrations are aware of these consequences as well. The ones who agree that these stress levels have consequences in their health showed to have significative higher levels of burnout (and distancing). On the other hand, the ones who consider that the administrations are aware of these consequences to professionals’ health, quality of life and quality of their services showed to have significative lower levels of burnout (and distancing). Some physicians pointed out measures taken by the institutions to prevent or treat burnout (e.g., optimize and reorganize human resources, formative actions, etc.). CONCLUSION: Our sample seems to be conscious of the consequences of burnout in their personal and occupational lives, which results in a frequent use of adaptative coping strategies and lower levels of burnout. The relation we found between missing workdays due to emotional exhaustion and burnout suggests that absenteeism is one of burnout’s major consequences and has a negative impact on physicians and the institution they work at. The use of some maladaptative coping strategies is associated with higher levels of burnout and/or its dimensions. Lastly, the majority of physicians considers that the administrations are aware of the problem burnout represents and are acting, using preventive and curative measures to fight it.Vitória, Paulo dos Santos DuarteNunes, CéliauBibliorumRento, Inês Guimarães2020-12-17T16:45:16Z2020-07-062020-05-212020-07-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/10721TID:202548503porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:52:41Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/10721Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:36.878074Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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