Mecanismos de ação do placebo e do seu efeito na dor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Henrique Miguel Peralta
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/11587
Resumo: O efeito placebo tem sido cada vez mais estudado e considerado como um fator importante para o sucesso de uma terapia. Considerado uma ferramenta a usar por uns e descartada por outros, o uso de placebos como tratamento tem recebido críticas por alguns profissionais de saúde, devido a não ser considerada por muitos uma opção ética de tratamento, uma vez que grande parte das vezes se “engana” o utente de modo a ele pensar que está a receber um tratamento com propriedades farmacoterapêuticas. No entanto, estudos realizados no âmbito de averiguar a eficácia de terapias placebo em patologias associadas com a dor revelaram uma enorme taxa de sucesso e diminuição dos sintomas, quando o tratamento é levado até ao fim e o protocolo é cumprido pelo utente e pelos profissionais envolvidos. Para além do efeito placebo, é importante ter em conta fenómenos como o efeito nocebo e o efeito lessebo, efeitos contrários ao efeito placebo que prejudicam o estado de saúde do paciente ou a eficácia de uma terapia. O principal mecanismo para haver efeito placebo, nocebo ou lessebo é a expectativa, criada não só pela interação entre o profissional de saúde e o paciente, mas também devido a preconceitos adquiridos pelo paciente não só através de experiências passadas, mas também devido à influência de familiares, amigos, estereótipos ou campanhas de marketing, todos dependentes da suscetibilidade de cada indivíduo. Passando o passo de criação de expectativa, é necessário compreender de que forma se vai retirar valor terapêutico do efeito placebo. Nesta dissertação, o foco centra-se na terapia da dor, onde o efeito placebo atua através de duas vias distintas: através da excitação de recetores opioides ou através da excitação de recetores canabinoides; já o efeito nocebo atua através da excitação de recetores de colecistocinina.
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