Otimização de técnicas reprodutivas do ouriços-do-mar Paracentrotus lividus (Lamarck, 1816) em aquacultura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/2851 |
Resumo: | Neste estudo avaliou-se a disponibilidade de ouriços-do-mar Paracentrotus lividus (Lamarck, 1816) reprodutores selvagens, na região de Peniche (Portugal), de outubro/2016 a junho/2017. Mostrou-se ser possível obter gâmetas, mesmo fora da época reprodutiva desta espécie. No entanto, a época mais favorável para uma produção de larvas será em março, abril e maio, quando se obteve uma maior percentagem de indivíduos reprodutores e uma maior produção de gâmetas por indivíduo. O presente trabalho avaliou também algumas técnicas para otimizar a reprodução de P. lividus em cativeiro, de forma desenvolver protocolos que possam ser úteis à sua produção em aquacultura, ou mesmo em ensaios de investigação científica. Procurou-se estabelecer uma proporção adequada entre espermatozoides e oócitos, sendo que 500:1 será o mínimo recomendável. Com esta proporção de gâmetas obteve-se uma taxa de fecundação mais eficaz (97%), com um reduzido número de oócitos não fecundados e maior abundância de embriões mais desenvolvidos. Por outro lado, a remoção dos embriões do meio onde se efetuou a fecundação, produziu uma maior quantidade de P. lividus ao fim de 12 horas, após a introdução dos gâmetas, do que às 24 horas. A crivagem de embriões e larvas não causou mortalidade diferencial, comparativamente à decantação da água dos meios de cultivo. Pelo que a filtração, com recurso ao uso de crivos, será adequada e eficaz para processos de rotina em aquacultura, auxiliando nos procedimentos de renovação de água e na manutenção da sua qualidade. O cultivo de embriões e larvas P. lividus, até ao estádio de larva pluteus com 4 braços, foi bem-sucedido com uma temperatura de 18 C e salinidade 35,0. Todavia, o desenvolvimento de P. lividus foi mais rápido a 23 C 35,0, apesar de se ter verificado uma maior mortalidade, provavelmente em consequência da falta de fornecimento de alimentação exógena. A fecundação e desenvolvimento embrionário de P. lividus foram inibidos a salinidade 25,0, em ambas as temperaturas de 18 e 23 C. |
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