Estatuetas funerárias egípcias do império novo em traje dos vivos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/1735 |
Resumo: | Tese de mestrado em História e Cultura Pré-Clássica apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008 |
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Estatuetas funerárias egípcias do império novo em traje dos vivosRitos funerários - Egipto - AntiguidadeEstatuetas funerárias - Egipto - AntiguidadeArte egípciaHistória antiga - EgiptoTeses de mestrado - 2008Tese de mestrado em História e Cultura Pré-Clássica apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008No Império Médio verifica-se o aparecimento nos túmulos de um novo tipo de estatueta funerária, denominada de chauabti, que materializa, tal como a múmia, o corpo eterno do defunto através do qual o seu proprietário poderá continuar a existir e a receber os alimentos tão indispensáveis para a concretização da sua nova vida eterna. Mas se numa primeira fase o chauabti constitui um substituto pessoal do corpo do defunto, nos finais do Império Médio ocorre uma evolução do seu significado mediante a inscrição de uma fórmula mágica que especifica de forma clara a sua função. Ao descrever as tarefas agrícolas destinadas a serem realizadas no Além por um servidor pessoal do defunto, este ficava isento de trabalhar no outro mundo, mantendo assim o estatuto privilegiado da sua vida terrena e assegurando a sua alimentação eterna. Deste modo, a imagem do proprietário e a do servidor passam a estar reunidas numa só estatueta mumiforme, que adquire assim uma dupla função. No Império Novo, sobretudo a partir da XIX dinastia, constata-se uma nova evolução nas estatuetas ao nível da sua iconografia, pois determinados exemplares, pertencentes a túmulos privados, abandonam o envoltório fúnebre para vestir uma indumentária do dia-a-dia, denominada de traje dos vivos. Se por um lado este traje de uso festivo e cerimonial reflecte a opulência e o gosto pelo luxo, próprios de uma época de expansão e de prosperidade, no contexto do culto funerário pode implicar um significado mais profundo, constituindo um dos principais objectivos do presente estudo. Ao representar a aparência física de uma pessoa viva, idealizada na sua plena juventude, o chauabti em traje dos vivos assemelha-se à estátua do ka, sublinhando a função de substituto pessoal do corpo do defunto. Igualmente, o traje dos vivos confere ao chauabti uma qualidade própria de um ser transfigurado que passa a ser considerado um sah, ou seja, um ser com características divinas, devidamente preparado para alcançar a ressurreição eterna. Todavia, a presença da fórmula mágica no chauabti em traje dos vivos, juntamente com outra inovação iconográfica do Império Novo, isto é, a representação de instrumentos agrícolas nas mãos das estatuetas, continua a reforçar o papel de servidor, sobressaindo, uma vez mais, a dupla função da estatueta, criando-se uma ideia de unidade e de complementaridade, que exprime o carácter pragmático do pensamento Egípcio.In the Middle Kingdom a new type of funerary statue appears in the tombs, known as shabti, which come into being, like the mummy itself, the deceased eternal body, by which its owner continue to exist and receive the vital food, so crucial for the achievement of his new eternal life. But if in the first stage the shabti represents a personal substitute of the deceased's body, at Middle Kingdom's end an important development come about in its meaning, through a shabti spell, written upon it, which clearly specifies its function. By establishing the agricultural tasks intended to be carry out in the Hereafter by the deceased personal servant, he could escape from menial work in the Beyond, keep his privileged status that he was on earth and will have at his disposal eternal nourishment. Therefore, both the deceased's and the servant's figures are unified in a single mumiforme statue, which gain a double function. In the New Kingdom, mainly from the 19th Dynasty, a new development take place regarding the figure's iconography, since certain models, from private tombs, leave behind the funerary involucres to wear an everyday life dress, known as daily life costume of the living. If in a way this festive and ceremonial clothing reflects the opulence and the taste for luxury, typical of an expansion and prosperity period, in the context of the funerary cult this can involve a deeper meaning, forming one of the most important purposes of this study. The physical representation of a living person, idealized in his full youth, makes the shabti similar to a ka-statue, emphasizing the function of personal substitute of the deceased's body. In an equal manner, the daily costume gives to the shabti a quality of a transfigured being that become to be considered a sah, this means, a being with divine characteristics, well prepared to reach the eternal resurrection. On the other hand, the presence of the magical spell in the shabti dressed with his daily costume, together with another iconographic innovation of the New Kingdom, that is, the representation of agricultural tools in the hands of the statues, continue to reinforce the role as a servant, standing out once more the double function of the statue, creating an idea of unity and complementation that express the pragmatic character of the Egyptian spirit.Araújo, Luís Manuel de, 1949-Repositório da Universidade de LisboaCorreia, Cristina Chautard Martins2010-07-27T17:15:52Z20072007-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdftext/xmlhttp://hdl.handle.net/10451/1735porhttp://catalogo.ul.pt/F/?func=item-global&doc_library=ULB01&type=03&doc_number=000538271info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:41:39Zoai:repositorio.ul.pt:10451/1735Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:28:18.712228Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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