Utilização terapêutica das estatinas: indicações, novas perspetivas e efeitos laterais a curto e longo prazo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Carla Manuela Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/8723
Resumo: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte a nível mundial. Estas habitualmente estão associadas a um conjunto de condições que se designam por fatores de risco. Estes fatores podem ser modificáveis como o estilo de vida, a diabetes, a dislipidemia e hipertensão arterial ou não modificáveis como a hereditariedade, o sexo e a idade. Depois de terem sido descobertas as estatinas, no ano de 1978 estas passaram a ser os fármacos de eleição para o tratamento da dislipidemia quer na prevenção primária quer na prevenção secundária. As estatinas, atuam através da redução da HMG-CoA redutase, reduzindo a biossíntese do colesterol. São fármacos seguros, bem tolerados e muito eficazes, apresentando efeitos para além da redução dos níveis de colesterol, os chamados efeitos "pleiotrópicos". Estes efeitos incluem os efeitos anti-inflamatórios, antiproliferativos, antitrombóticos, imunomoduladores e ainda melhoria na doença de Alzheimer, na estabilidade da placa aterosclerótica, na função endotelial e no risco perioperatório. Têm sido efetuados estudos de maior detalhe que têm demonstrado que a atividade cardiovascular das estatinas, resulta de uma combinação destes efeitos. Tal como todos os outros fármacos existentes no mercado, as estatinas não são exceção e por isso, estão sujeitas a interações quando são usadas concomitantemente com outros fármacos e produzem efeitos colaterais a curto e longo prazo. Os efeitos colaterais a longo prazo mais importantes são a miopatia, a rabdomiólise e a insuficiência renal aguda. No entanto, é importante salientar que os benefícios associados às estatinas superam os riscos. As estatinas atualmente existentes no mercado são atorvastatina, fluvastatina, sinvastatina, rosuvastatina, pravastatina, lovastatina e a pitavastatina. Esta dissertação consiste numa revisão bibliográfica sobre as Estatinas focando as suas características farmacológicas e farmacocinéticas, os efeitos colaterais a curto e longo prazo e as possíveis perspetivas relativas aos efeitos pleiotrópicos.
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