Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/8533 |
Resumo: | Introdução: Os adolescentes valorizam o aconselhamento os profissionais de saúde sobre métodos contracetivos e sexualidade como fonte de informação. Objetivos: Caracterizar o conhecimento dos adolescentes sobre sexualidade e a adesão às consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar; avaliar diferenças no conhecimento sobre métodos contracetivos e comportamentos sexuais de risco no grupo que frequenta as consultas; analisar limitações na comunicação sobre sexualidade com profissionais de saúde. Material e métodos: Estudo transversal e observacional, com amostra não probabilística e intencional, constituída por adolescentes de duas escolas do centro do país, dividida em dois grupos etários: G1 (13-15A); G2 (16-19A). Após consentimento informado dos pais e participantes aplicou-se um instrumento de colheita de dados, assumindo-se nível de significância estatística quando p<0,05. Resultados: Incluídos 394 adolescentes, 276 (70%) do G1, 53% do sexo feminino avaliam os serviços de saúde como fonte de informação fidedigna. Frequentavam as consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar 119 (30,8%), destes 61,3% do G1 (p=0,02) e 66,3% do sexo feminino (p=0,01). Consideram-se esclarecidos sobre métodos contracetivos 64,2%, sendo o grau de esclarecimento semelhante em G1 e G2, mas superior nas raparigas frequentadoras das consultas (p=0,03). Iniciaram relações sexuais 21,1%, com mediana da idade de início de 15A, superior à dos adolescentes do G1 não frequentadores das consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar (p=0,007). Em 32,8% dos adolescentes sexualmente ativos existiram relações sexuais desprotegidas, sobretudo no G2, e 8 não usavam habitualmente métodos contracetivos, sem diferença quanto à frequência das consultas. “A falta de abertura por parte dos profissionais, medo de serem mal interpretados e medo de que o profissional de saúde quebre a confidencialidade” foram os fatores mais frequentemente apontados como limitantes na comunicação com os profissionais de saúde. Discussão/Conclusão: Frequentavam as consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar 30,8%, com predomínio do G1 e sexo feminino, com idade mais tardia da primeira relação sexual e a registar melhor esclarecimento sobre métodos contracetivos, respetivamente. Os fatores apontados como limitantes da comunicação com profissionais de saúde salientam a necessidade destes, a par dos cuidados de saúde preventivos, rastreio de comportamentos de risco e aconselhamento sobre saúde sexual, adotarem estratégias eficazes de comunicação com os adolescentes. |
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Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentesReproductive and sexual health care in adolescentsSaúde sexualPlaneamento familiarContraceçãoComportamentos de riscoIntrodução: Os adolescentes valorizam o aconselhamento os profissionais de saúde sobre métodos contracetivos e sexualidade como fonte de informação. Objetivos: Caracterizar o conhecimento dos adolescentes sobre sexualidade e a adesão às consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar; avaliar diferenças no conhecimento sobre métodos contracetivos e comportamentos sexuais de risco no grupo que frequenta as consultas; analisar limitações na comunicação sobre sexualidade com profissionais de saúde. Material e métodos: Estudo transversal e observacional, com amostra não probabilística e intencional, constituída por adolescentes de duas escolas do centro do país, dividida em dois grupos etários: G1 (13-15A); G2 (16-19A). Após consentimento informado dos pais e participantes aplicou-se um instrumento de colheita de dados, assumindo-se nível de significância estatística quando p<0,05. Resultados: Incluídos 394 adolescentes, 276 (70%) do G1, 53% do sexo feminino avaliam os serviços de saúde como fonte de informação fidedigna. Frequentavam as consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar 119 (30,8%), destes 61,3% do G1 (p=0,02) e 66,3% do sexo feminino (p=0,01). Consideram-se esclarecidos sobre métodos contracetivos 64,2%, sendo o grau de esclarecimento semelhante em G1 e G2, mas superior nas raparigas frequentadoras das consultas (p=0,03). Iniciaram relações sexuais 21,1%, com mediana da idade de início de 15A, superior à dos adolescentes do G1 não frequentadores das consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar (p=0,007). Em 32,8% dos adolescentes sexualmente ativos existiram relações sexuais desprotegidas, sobretudo no G2, e 8 não usavam habitualmente métodos contracetivos, sem diferença quanto à frequência das consultas. “A falta de abertura por parte dos profissionais, medo de serem mal interpretados e medo de que o profissional de saúde quebre a confidencialidade” foram os fatores mais frequentemente apontados como limitantes na comunicação com os profissionais de saúde. Discussão/Conclusão: Frequentavam as consultas de medicina do adolescente/planeamento familiar 30,8%, com predomínio do G1 e sexo feminino, com idade mais tardia da primeira relação sexual e a registar melhor esclarecimento sobre métodos contracetivos, respetivamente. Os fatores apontados como limitantes da comunicação com profissionais de saúde salientam a necessidade destes, a par dos cuidados de saúde preventivos, rastreio de comportamentos de risco e aconselhamento sobre saúde sexual, adotarem estratégias eficazes de comunicação com os adolescentes.Introduction: Adolescents value counselling health professionals on contraceptive methods and sexuality as a source of information. This study aimed to characterize adolescents' knowledge about sexuality and adherence to adolescent medicine/family planning consultations; evaluate differences in knowledge about contraceptive methods and sexual risk behaviors in the group attending consultations; analyze communication limitations about sexuality with health professionals. Material and Methods: A cross-sectional study was performed with a non-probabilistic and intentional sample of adolescents from two schools in the centre of the country, divided into two age groups: G1 (13-15A); G2 (16-19A). After informed consent from parents and participants, a data collection instrument was applied, assuming a statistical significance level of p<0.05. Results: Included 394 adolescents, 276 (70%) from G1, 53% of females evaluate health services as a reliable source of information. 119 adolescent medicine/family planning consultations were attended (30.8%), of these 61.3% from G1 (p=0.02) and 66.3% female (p=0.01). The knowledge about contraceptive methods was similar in G1 and G2, but higher in girls attending the consultations (p=0.03). 21.1% initiated sexual intercourse, with a median age of onset of 15A, higher than that of G1 adolescents that did not attend the adolescent medicine/family planning consultations (p=0.007). In 32.8% of the sexually active adolescents, there was unprotected sexual intercourse, especially in G2, and eight did not habitually use contraceptive methods, with no difference regarding the frequency of consultations. "Lack of openness on the part of professionals, fear of being misinterpreted, and fear that the health professional will break confidentiality" were the most frequently pointed out as limiting communication with health professionals. Discussion/Conclusion: 30.8% attended the adolescent medicine/family planning consultations, with a predominance of G1 and female sex, with a later age of first sexual intercourse and with better information on contraceptive methods, respectively. The factors identified as limiting the communication with health professionals highlight the need for them to adopt effective strategies of communication with adolescents, together with preventive health care, screening of risk behaviors, and counselling on sexual health.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora LtdaIC-OnlineTeixeira, Catarina Sofia SerrasqueiroPedrosa, Inês VeríssimoFrade, João Manuel GraçaRamalho, SóniaDixe, Maria dos Anjos Coelho RodriguesBarros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelMoleiro, Pascoal2023-05-29T14:25:45Z20222022-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.8/8533porHow to Cite Teixeira, C. S. S., Pedrosa, I. V., Frade, J. M. G., Ramalho, S. I. H. S. M. de A., Dixe, M. dos A. C. R., Barros, T. M. K. B. H., & Moleiro, P. (2022). Acesso a cuidados de saúde sexual e planeamento familiar em adolescentes: Reproductive and sexual health care in adolescents. Brazilian Journal of Health Review, 5(6), 25120–25138. https://doi.org/10.34119/bjhrv5n6-2542595-6825https://doi.org/10.34119/bjhrv5n6-254info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-17T15:57:32Zoai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/8533Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:51:13.742494Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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