Formas imagéticas e formas discursivas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/44351 https://doi.org/10.14195/0872-0851_37_7 |
Resumo: | A redução do cultural ao visual parece hoje sustentar uma crítica negativa da imagem. Crítica essa que, ancorada na ideia de uma pretensa impotência da palavra perante a ascensão das formas imagéticas, tende a assumir, muitas das vezes, um carácter iconofóbico. Dois dos fundamentos que servem comummente para justificar tal primado medial das formas imagéticas sobre as formas discursivas podem ser enumerados do seguinte modo: (1) a medialidade imagética é marcada por um perfil transcultural invariável, não dependendo, por isso, da configuração cultural dos actos perceptivos; (2) as estruturas visuais que tornam possível essa invariabilidade possuem uma autonomia em relação às estruturas linguísticas das formas discursivas. A reflexão que aqui se apresenta tem como objectivo principal questionar o conteúdo destes dois fundamentos, apontando, por outro lado, para modelos de interpretação alternativos capazes de dar resposta à relação cultural entre formas imagéticas e formas discursivas. |
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