Desporto escolar que realidade? contributo para a caracterização deste subsistema de ensino na região de Tomar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/13279 |
Resumo: | Introdução - Como professor do Quadro de Nomeação Definitiva da disciplina de Educação Física numa escola de Tomar, entendemos efectuar este trabalho para a Dissertação a apresentar com vista a obter o grau de Mestre em Educação na Área da Administração Escolar3 numa tentativa de contribuir para a análise de um problema com dimensão social, que nos preocupa nos nossos dias. Educar sempre foi e continua a ser hoje uma tarefa eminentemente social, tal como descreve DELORS (1996), tentando conseguir na situação particular do Desporto Escolar, que os alunos participem nesta actividade complementar. A experiência vivida e acumulada ao longo da carreira de professor de Educação Física, reflecte o estado actual das nossas concepções e preocupações nesta área. Para tal, nesta aprendizagem de investigação, desejamos encarar a mesma com a humildade de partir do ponto de nada sabermos sobre o que propomos investigar, atendendo que, segundo BELL (1997), é investigando que todos nós aprendemos a fazê-lo. Anteriormente, já STOER (1986), mencionou que na investigação antropológica, a distância em relação ao objecto de análise, pode realmente ajudar o investigador a evitar a imposição dos seus próprios valores. Para MIALARET (1987), num dado momento da história, a ciência é constituída pelo conjunto dos resultados e das investigações empreendidas, pelo conjunto dos problemas que se põem para os quais os investigadores tentam encontrar uma solução. A ciência de uma época é constituída por uma aquisição e pelas aberturas para o futuro. As ciências da educação não têm um longo passado atrás de si mas estão cheias de promessas para o futuro. Num mundo em rápida evolução o seu domínio de acção será talvez um dos mais férteis para pôr à prova as outras teorias das ciências humanas. Ora, todas as ciências do homem (WALLON, 1979), têm por objectivo a descoberta de relações exactas e, assim, tendem para ele. De acordo com BARBOSA (1997a), o acto educativo é caracterizado por ser consequência de uma nítida intenção de formar alguém, ou seja, de influenciar o seu futuro. Refere ainda que a formação de um professor tem de ser uma formação para a vida, isto é, que permita ao professor ser capaz de actuar em vários domínios. Também para este autor (1997 b), a investigação tem de passar a ser instrumento de uso quotidiano do professor, não podendo mais ser privilégio de uns quantos. Sabemos que devemos considerar a escola como um espaço cultural por excelência, sendo nele que se deve dar início a práticas desportivas, para que cada aluno se aproprie dos saberes gerados pela sociedade actual. É na escola que se devem reconstituir e recriar os processos de aprendizagem da cultura desportiva, devendo ainda a escola ser o espaço de aprender e não só o de ensinar. Institucionalmente, no quadro dos objectivos previstos na Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n° 46/86, de 14 de Outubro), assume particular importância o desenvolvimento nos 2° e 3° Ciclos do Ensino Básico e no Secundário do Desporto Escolar, como actividade de complemento curricular, que faz parte de um Subsistema4 de conjunto de partes inter-relacionadas de um sistema mais amplo, o Sistema Educativo.5 A concretização desses objectivos determina, inequivocamente, que a actividade desportiva se integre na vida escolar, decorrendo por isso o Desporto Escolar, como as demais actividades escolares, sob a responsabilidade dos órgãos de gestão e administração das escolas. GRILO (1997), Ministro da Educação, ao se referir á apresentação na Assembleia da República (9 de Novembro de 1995), do Programa do XIII Governo Constitucional, cujas eleições legislativas foram efectuadas em 1 de Outubro de 1995, focou que a educação era prioridade do Governo em nome da sociedade, da abertura dos espíritos e do combate á ignorância e à mediocridade, tendo dito ainda que contava com a Assembleia da República para essa tarefa, a qual era de todos. No Orçamento de Estado para o ano de 1996 apresentado na Assembleia da República em 14 de Março desse ano, GRILO (1997), focou que era o ano em que se entendia dar, através das grandes opções do Plano e do Orçamento de Estado, um sinal que traduzia, de forma clara e inequívoca a opção do Executivo em relação à educação, à formação e à qualificação das pessoas. Tratava-se assim da primeira prioridade do Governo, que importava assumir com ambição e audácia mobilizadoras. Como componente importante de vida e história dos povos, o desporto em Portugal tem acompanhado o evoluir da sociedade portuguesa desde os fins do século XIX. Para a compreensão do sentir e do viver do nosso povo, os contributos do desporto para o património cultural do País são extremamente ricos e importantes. |
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Para tal, nesta aprendizagem de investigação, desejamos encarar a mesma com a humildade de partir do ponto de nada sabermos sobre o que propomos investigar, atendendo que, segundo BELL (1997), é investigando que todos nós aprendemos a fazê-lo. Anteriormente, já STOER (1986), mencionou que na investigação antropológica, a distância em relação ao objecto de análise, pode realmente ajudar o investigador a evitar a imposição dos seus próprios valores. Para MIALARET (1987), num dado momento da história, a ciência é constituída pelo conjunto dos resultados e das investigações empreendidas, pelo conjunto dos problemas que se põem para os quais os investigadores tentam encontrar uma solução. A ciência de uma época é constituída por uma aquisição e pelas aberturas para o futuro. As ciências da educação não têm um longo passado atrás de si mas estão cheias de promessas para o futuro. Num mundo em rápida evolução o seu domínio de acção será talvez um dos mais férteis para pôr à prova as outras teorias das ciências humanas. Ora, todas as ciências do homem (WALLON, 1979), têm por objectivo a descoberta de relações exactas e, assim, tendem para ele. De acordo com BARBOSA (1997a), o acto educativo é caracterizado por ser consequência de uma nítida intenção de formar alguém, ou seja, de influenciar o seu futuro. Refere ainda que a formação de um professor tem de ser uma formação para a vida, isto é, que permita ao professor ser capaz de actuar em vários domínios. Também para este autor (1997 b), a investigação tem de passar a ser instrumento de uso quotidiano do professor, não podendo mais ser privilégio de uns quantos. Sabemos que devemos considerar a escola como um espaço cultural por excelência, sendo nele que se deve dar início a práticas desportivas, para que cada aluno se aproprie dos saberes gerados pela sociedade actual. É na escola que se devem reconstituir e recriar os processos de aprendizagem da cultura desportiva, devendo ainda a escola ser o espaço de aprender e não só o de ensinar. Institucionalmente, no quadro dos objectivos previstos na Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n° 46/86, de 14 de Outubro), assume particular importância o desenvolvimento nos 2° e 3° Ciclos do Ensino Básico e no Secundário do Desporto Escolar, como actividade de complemento curricular, que faz parte de um Subsistema4 de conjunto de partes inter-relacionadas de um sistema mais amplo, o Sistema Educativo.5 A concretização desses objectivos determina, inequivocamente, que a actividade desportiva se integre na vida escolar, decorrendo por isso o Desporto Escolar, como as demais actividades escolares, sob a responsabilidade dos órgãos de gestão e administração das escolas. GRILO (1997), Ministro da Educação, ao se referir á apresentação na Assembleia da República (9 de Novembro de 1995), do Programa do XIII Governo Constitucional, cujas eleições legislativas foram efectuadas em 1 de Outubro de 1995, focou que a educação era prioridade do Governo em nome da sociedade, da abertura dos espíritos e do combate á ignorância e à mediocridade, tendo dito ainda que contava com a Assembleia da República para essa tarefa, a qual era de todos. No Orçamento de Estado para o ano de 1996 apresentado na Assembleia da República em 14 de Março desse ano, GRILO (1997), focou que era o ano em que se entendia dar, através das grandes opções do Plano e do Orçamento de Estado, um sinal que traduzia, de forma clara e inequívoca a opção do Executivo em relação à educação, à formação e à qualificação das pessoas. Tratava-se assim da primeira prioridade do Governo, que importava assumir com ambição e audácia mobilizadoras. Como componente importante de vida e história dos povos, o desporto em Portugal tem acompanhado o evoluir da sociedade portuguesa desde os fins do século XIX. Para a compreensão do sentir e do viver do nosso povo, os contributos do desporto para o património cultural do País são extremamente ricos e importantes.Universidade de Évora2015-03-13T12:33:42Z2015-03-131998-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10174/13279http://hdl.handle.net/10174/13279pordep pedagogiateses@bib.uevora.pt676Marreiros, João Varão Maurícioinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:58:31Zoai:dspace.uevora.pt:10174/13279Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:06:40.238892Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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