Alergia à proteína do leite de vaca - diagnóstico e intervenção

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, José Carlos Abreu
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/9304
Resumo: As alergias alimentares são, hoje em dia, um crescente motivo de preocupação, pois estão cada vez mais presentes no nosso quotidiano e expressam-se cada vez com mais frequência. Apesar de se manifestarem em diversas faixas etárias, tem-se verificado uma maior incidência na população infantil, desde o nascimento. O leite de vaca, sendo um dos alimentos mais utilizados na dieta humana, é dos que apresenta um potencial alergénico maior devido à presença de β-lactoglobulina, proteína esta diferente da caseína presente no leite materno. Atingindo cerca de 6% da população infantil, a alergia à proteína do leite de vaca, que pode manifestar-se ainda no primeiro ano de vida, é já considerada uma doença de infância. Sendo precocemente identificada e controlada, a alergia não acarreta consequências para o desenvolvimento saudável da criança. A alergia manifesta-se maioritariamente por sintomas gastrointestinais e cutâneos, sendo que pode afetar as vias respiratórias com mais intensidade nos primeiros episódios alérgicos. O desenvolvimento de alergia á proteína do leite de vaca pode ser influenciado por diversos fatores, sendo um deles a genética familiar, o historial de alergias alimentares ou respiratórias, atopias de pele, entre outras. Manter o aleitamento materno entre os 4 e os 6 meses de vida pode ajudar a prevenir o seu desenvolvimento. Quando existem impedimentos a essa medida, recomenda-se a utilização de fórmulas extensamente hidrolisadas ou hipoalergénicas. Sendo uma patologia há muito descrita, até à presente data, poucos são os estudos ou conclusões, não se encontrando ainda disponível uma cura para a alergia à proteína do leite de vaca. Existem tratamentos e medidas a adotar que melhoram a qualidade de vida das pessoas afetadas, tais como fórmulas de substituição, dietas de eliminação, tratamentos de emergência ou controlo de sintomas. Estima-se que 80% das crianças recuperem e/ou adquiram tolerância até ao terceiro ano de vida.
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