Avaliação da prática da educação para a saúde na área da sida nos cuidados de saúde primários
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://revistas.rcaap.pt/millenium/article/view/8258 |
Resumo: | Entre múltiplos problemas que hoje afectam o utente infectado pelo VIH/SIDA, emerge uma questão de fundo relacionada com a sua interacção com os serviços de saúde primários, sobretudo as atitudes e comportamentos dos profissionais de saúde em relação aos utentes infectados, e a informação e conhecimentos que os profissionais de saúde detêm em relação à SIDA, que influenciam negativamente ou positivamente, de acordo com os contextos, a forma como eles são tratados na nossa sociedade, remetendo-os para uma posição desfavorável. Foi nosso desejo podermos, de alguma forma, contribuir para a consciencialização sobre o potencial dos profissionais de saúde, como agentes educativos, no âmbito da educação para a saúde na área da SIDA. Apontam-se, nesta pesquisa, alguns factores (sócio-demográficos, profissionais, cognitivos e psicológicos) que, de forma diferenciada, afectam a educação para a saúde na área da SIDA. A investigação realizada foi principalmente de tipo quantitativo (descritivo e correlacional), tendo sido precedida de uma análise de 18 entrevistas semi-estruturadas a profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) a exercer funções em Centros de Saúde do distrito de Viseu, na qual se baseou a identificação das dimensões e temáticas da educação para a saúde no âmbito da SIDA mais comuns ou expressivas e a construção dos 59 itens da versão inicial da “Escala da Educação para a Saúde” que foi utilizada para medir a variável central. O estudo subsequente baseou-se numa amostra de 190 profissionais de saúde (143 enfermeiros e 47 médicos) de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 22 e 66 anos, a exercer funções nos Centros de Saúde. Dos resultados salienta-se a confirmação empírica da estrutura multidimensional da prática da educação para a saúde, próxima da estrutura de derivação racional baseada na literatura, atestando a complexidade e a abrangência da educação para a saúde no âmbito da SIDA. Por sua vez, os resultados indicam esta actividade como uma experiência subjectiva, não sendo exclusivamente explicada pelas atitudes e comportamentos perante a SIDA. As variáveis de atributo sexo e nível sócio-económico, assim como as variáveis de caracterização profissional, tempo de exercício, vínculo e categoria profissional, e, ainda, as variáveis cognitivas, formação e informação sobre SIDA, não se evidenciaram como relevantes, tendo sido preditoras da educação para a saúde a idade e o auto-conceito no total. Os resultados apontam, assim, a complexidade da prática da educação para a saúde no âmbito da SIDA, devendo as variáveis acima referidas ser tomadas em consideração para uma prática mais intencional e eficaz. |
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