Brigadeiro D. Carlos de Mascarenhas (1803-1861)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/15535 |
Resumo: | A escolha do patrono dos cursos de entrada no ano lectivo 2011-2012 na Academia Militar (AM), destinados à formação dos oficiais do Exército e da Guarda Nacional Republicana (GNR) assume uma importância particular, que convém realçar, embora de forma sintética alguns aspectos. Em primeiro lugar, como tradição da instituição militar e dos estabelecimentos de ensino superior militar que deve ser mantida e preservada, de ter uma figura histórica como fonte de inspiração e de referência para os alunos do primeiro ano da Academia Militar e que os irá prosseguir ao longo do seu curso e no decurso das suas vidas profissionais e militares. Em segundo lugar, é sempre importante procurar exemplos passados de grande valor enquanto militares, comandantes e Homens, para que sirvam de referência aos futuros oficiais do Exército e da GNR. Destacar o importante e relevante papel dos antecessores é uma forma de incentivar o estudo e servir de guia de forma a dar cumprimento ao legado dos antecessores no cabal cumprimento da missão da Instituição e na exaltação dos valores mais altos do país. Em terceiro lugar, pela primeira vez desde que a Academia Militar forma oficiais do Exército e da GNR (desde 1991), que os cursos do ano lectivo 2011/2012 irão ter um patrono com ligações às duas instituições que ele serviu em várias funções no Exército e na Guarda Municipal de Lisboa (antecessora da actual GNR). D. Carlos de Mascarenhas destacou-se desde cedo, mesmo enquanto Cadete, para mais tarde já como oficial, Alferes, Tenente e Capitão ter recebido dos mais rasgados elogios e reconhecimentos públicos. Neste último posto, chegou mesmo a receber a condecoração da Torre e Espada2, com direito a honras de coronel e promoção a Major por distinção. No posto de Major e de Tenente-coronel continuar a desenvolver importantes e destacados serviços, com realce paras as de comandante da Guarda Municipal de Lisboa. No posto de Coronel e Brigadeiro, assumiria as funções de comandante da Guarda, do Regimento da Rainha de Lanceiros 2, e de chefe da casa militar do Rei, além de ter sido feito par do Reino, gentil-homem da câmara e ajudante de campo de D. Pedro. Viveu durante um período histórico conturbado da história portuguesa, nomeadamente a guerra civil em Portugal, as lutas liberais, da qual ele foi firme defensor e combatente dos ideias liberais, ao lado de outras figuras destacadas portuguesas, como por exemplo, D. Pedro e Bernardo Sá Nogueira, o Marquês de Sá da bandeira, fundador da Academia Militar. O Brigadeiro, D. Carlos de Mascarenhas, destacou-se essencialmente pelas suas qualidades enquanto comandante nos diversos postos e funções, assumindo-se e considerado como um homem «valente» e com uma personalidade destacada de firmes valores e princípios, na forma de ser e na convivência com os militares e elementos da sociedade e civil. Era valente e forte nas acções militares, delicado, educado e cortês no trato. Conhecido também pelo seu estilo dialogante e equidistante das problemáticas político-partidárias, que soube afastar-se dessas lutas, quando as mesmas iam contra os seus princípios. Ficou na história como um exímio cavaleiro e cavalheiro, e acima de dos mais elevados elogios. Cadetes do Curso Brigadeiro D. Carlos de Mascarenhas procurem inspiração no forte e valente militar, e nos valores, princípios e trato com que D. Carlos pautava o seu comportamento para com os demais homens, militares e civis. |
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