Padrões de sono de estudantes universitários em época de avaliações: comparação com a década anterior
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/21464 |
Resumo: | Os padrões de sono de alunos universitários têm sido estudados em vários países, no entanto são escassos os estudos que se focam especificamente na época de avaliações. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi averiguar os atuais padrões de sono de estudantes da Universidade de Aveiro, na época de avaliações do 1º semestre, em comparação com os resultados encontrados em alunos do 3º ano de licenciatura por Gomes (2005) na mesma Universidade, em período idêntico. Explorou-se ainda se a prática de exercício físico teria influência na quantidade, horários e qualidade do sono dos estudantes durante a época de avaliações. Foram recrutados 186 participantes com estatuto de aluno ordinário do 3º ano da Universidade de Aveiro, 116 rapazes e 70 raparigas, com idades entre os 19 e os 25 anos, média de 20,9 (DP=1,11) anos, solteiros (exceto 2 casados/união de facto), a frequentar os cursos de licenciatura das áreas de Engenharias (72,0%), Ciências (22,6%) e Línguas (5,4%). Foi aplicado um questionário de autorresposta sobre os padrões de sono em época de avaliações (QSVES – versão “época de avaliações”, cf. Gomes, 2005) e uma pergunta compósita sobre regularidade, duração e intensidade de prática de exercício físico (cf. Teixeira & Palmeira, in press). Durante a época de avaliações do 1º semestre referente ao ano letivo de 2015/2016, os estudantes relataram uma duração média de sono de aproximadamente 7h15m, uma qualidade de sono “razoável” e um sono “mais ou menos” profundo, em mediana. As queixas mais típicas foram as dificuldades em adormecer (nos homens 14,8% e nas mulheres 22,9%) e sono superficial em termos de profundidade (nos homens 17,9% e nas mulheres 18,8%). Além disso, os resultados deste estudo mostraram-se semelhantes aos do estudo de Gomes (2005), sendo escassas as diferenças significativas. Quanto ao exercício físico, observou-se que quem o pratica adotando a duração recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) refere maior frequência de despertares precoces mas, por outro lado, no caso específico do sexo feminino, faz menos “diretas” e obtém maior duração de sono por noite, quer de um modo geral no período de avaliações (aproximadamente mais 30 minutos diários, em média), quer na véspera de um exame (em média, mais 1 hora e 12 minutos de sono). Já nos homens, uma maior frequência e mais horas de exercício físico correlacionam-se com uma descida na duração habitual de sono. Em conclusão, desde a década de 2000 são escassas as mudanças nos padrões de sono em época de avaliações de estudantes do 3º ano de licenciatura da Universidade de Aveiro. Quanto às associações entre prática de exercício físico em altura de exames e padrões do sono, os resultados sugerem que o sexo (masculino/feminino) pode ser uma variável moderadora, o que deverá ser aprofundado em futuras investigações. |
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Padrões de sono de estudantes universitários em época de avaliações: comparação com a década anteriorPsicologia da saúdeSono - Aspectos psicológicosPerturbações do sonoCiclo do sonoAlunos do superiorExercício físicoAnsiedade dos examesOs padrões de sono de alunos universitários têm sido estudados em vários países, no entanto são escassos os estudos que se focam especificamente na época de avaliações. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi averiguar os atuais padrões de sono de estudantes da Universidade de Aveiro, na época de avaliações do 1º semestre, em comparação com os resultados encontrados em alunos do 3º ano de licenciatura por Gomes (2005) na mesma Universidade, em período idêntico. Explorou-se ainda se a prática de exercício físico teria influência na quantidade, horários e qualidade do sono dos estudantes durante a época de avaliações. Foram recrutados 186 participantes com estatuto de aluno ordinário do 3º ano da Universidade de Aveiro, 116 rapazes e 70 raparigas, com idades entre os 19 e os 25 anos, média de 20,9 (DP=1,11) anos, solteiros (exceto 2 casados/união de facto), a frequentar os cursos de licenciatura das áreas de Engenharias (72,0%), Ciências (22,6%) e Línguas (5,4%). Foi aplicado um questionário de autorresposta sobre os padrões de sono em época de avaliações (QSVES – versão “época de avaliações”, cf. Gomes, 2005) e uma pergunta compósita sobre regularidade, duração e intensidade de prática de exercício físico (cf. Teixeira & Palmeira, in press). Durante a época de avaliações do 1º semestre referente ao ano letivo de 2015/2016, os estudantes relataram uma duração média de sono de aproximadamente 7h15m, uma qualidade de sono “razoável” e um sono “mais ou menos” profundo, em mediana. As queixas mais típicas foram as dificuldades em adormecer (nos homens 14,8% e nas mulheres 22,9%) e sono superficial em termos de profundidade (nos homens 17,9% e nas mulheres 18,8%). Além disso, os resultados deste estudo mostraram-se semelhantes aos do estudo de Gomes (2005), sendo escassas as diferenças significativas. Quanto ao exercício físico, observou-se que quem o pratica adotando a duração recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) refere maior frequência de despertares precoces mas, por outro lado, no caso específico do sexo feminino, faz menos “diretas” e obtém maior duração de sono por noite, quer de um modo geral no período de avaliações (aproximadamente mais 30 minutos diários, em média), quer na véspera de um exame (em média, mais 1 hora e 12 minutos de sono). Já nos homens, uma maior frequência e mais horas de exercício físico correlacionam-se com uma descida na duração habitual de sono. Em conclusão, desde a década de 2000 são escassas as mudanças nos padrões de sono em época de avaliações de estudantes do 3º ano de licenciatura da Universidade de Aveiro. Quanto às associações entre prática de exercício físico em altura de exames e padrões do sono, os resultados sugerem que o sexo (masculino/feminino) pode ser uma variável moderadora, o que deverá ser aprofundado em futuras investigações.The sleep patterns of college students have been examined in several countries, however, there are few studies focusing on assessment periods. The aim of this study was to investigate the current sleep patterns of college students from the University of Aveiro, on the assessment periods (1st semester exams) compared to the results found by Gomes (2005) at the same University and period. It was also assessed whether the practice of physical exercise would impact on the sleep’s quantity, quality, and schedules, of college students during assessment periods. One hundred and eighty-six students with regular student status of the 3rd year of the University of Aveiro were recruited, 116 boys and 70 girls, aged between 19 and 25 years-old (M=20,9; SD=1,11), all single (except 2 married/living in domestic partnership), attending degree courses in Engineering (72,0%), Sciences (22,6%) and Languages (5,4%). It was used a self-report questionnaire about sleep patterns during assessments periods (QSVES – versão “época de avaliações”, cf. Gomes, 2005) and a composite question about regularity, duration and intensity of physical exercise (cf. Teixeira & Palmeira, in press). Our results revealed that during the 2016’s exams period the students reported an average sleep duration of approximately 7hr15min per night, and rated the median sleep quality as "reasonable" and sleep depth as "fairy". The most typical complaints were difficulties in falling asleep (14.8% men and 22.9% women) and light sleep (17.9% in men and women 18.8%). Furthermore, the sleep results of this study were similar to the Gomes’ study (2005), with very few significant differences emerging. Pertaining to the physical exercise, it was observed that those who practice the duration recommended by the World Health Organization (WHO) reported a higher frequency of early awakenings, but women in particular reported average less “sleeplessness nights” and better sleep durations per night (either during the exams period on the whole, or on the eve of an exam), whereas in men, higher frequency and more hours of exercising were both correlated with lowering sleep duration. In conclusion, since the 2000 decade, sleep patterns during 1st semester examinations of 3rd year undergraduates attending this university seem basically unchanged. As to the associations between exercising and sleep variables, our results suggest that sex (male/female) might be a moderating variable to be considered by future research interested in the relationships between exercise and sleep.Universidade de Aveiro2018-01-16T11:49:29Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/21464porMonteiro, Frederico Marquesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:42:17Zoai:ria.ua.pt:10773/21464Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:55:58.411077Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Os padrões de sono de alunos universitários têm sido estudados em vários países, no entanto são escassos os estudos que se focam especificamente na época de avaliações. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi averiguar os atuais padrões de sono de estudantes da Universidade de Aveiro, na época de avaliações do 1º semestre, em comparação com os resultados encontrados em alunos do 3º ano de licenciatura por Gomes (2005) na mesma Universidade, em período idêntico. Explorou-se ainda se a prática de exercício físico teria influência na quantidade, horários e qualidade do sono dos estudantes durante a época de avaliações. Foram recrutados 186 participantes com estatuto de aluno ordinário do 3º ano da Universidade de Aveiro, 116 rapazes e 70 raparigas, com idades entre os 19 e os 25 anos, média de 20,9 (DP=1,11) anos, solteiros (exceto 2 casados/união de facto), a frequentar os cursos de licenciatura das áreas de Engenharias (72,0%), Ciências (22,6%) e Línguas (5,4%). Foi aplicado um questionário de autorresposta sobre os padrões de sono em época de avaliações (QSVES – versão “época de avaliações”, cf. Gomes, 2005) e uma pergunta compósita sobre regularidade, duração e intensidade de prática de exercício físico (cf. Teixeira & Palmeira, in press). Durante a época de avaliações do 1º semestre referente ao ano letivo de 2015/2016, os estudantes relataram uma duração média de sono de aproximadamente 7h15m, uma qualidade de sono “razoável” e um sono “mais ou menos” profundo, em mediana. As queixas mais típicas foram as dificuldades em adormecer (nos homens 14,8% e nas mulheres 22,9%) e sono superficial em termos de profundidade (nos homens 17,9% e nas mulheres 18,8%). Além disso, os resultados deste estudo mostraram-se semelhantes aos do estudo de Gomes (2005), sendo escassas as diferenças significativas. Quanto ao exercício físico, observou-se que quem o pratica adotando a duração recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) refere maior frequência de despertares precoces mas, por outro lado, no caso específico do sexo feminino, faz menos “diretas” e obtém maior duração de sono por noite, quer de um modo geral no período de avaliações (aproximadamente mais 30 minutos diários, em média), quer na véspera de um exame (em média, mais 1 hora e 12 minutos de sono). Já nos homens, uma maior frequência e mais horas de exercício físico correlacionam-se com uma descida na duração habitual de sono. Em conclusão, desde a década de 2000 são escassas as mudanças nos padrões de sono em época de avaliações de estudantes do 3º ano de licenciatura da Universidade de Aveiro. Quanto às associações entre prática de exercício físico em altura de exames e padrões do sono, os resultados sugerem que o sexo (masculino/feminino) pode ser uma variável moderadora, o que deverá ser aprofundado em futuras investigações. |
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