Acidentes rodoviários: culpa e comportamento preventivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/1641 |
Resumo: | Os acidentes de viação em Portugal constituem um problema grave, tanto pela frequência com que ocorrem, como pelo elevado número de mortos daí resultante. A culpa sentida pelo acidente, ou atribuída formalmente, e danos a ele associados, parecem fomentar sentimentos de arrependimento e de mudança de comportamentos. O objectivo geral do estudo foi compreender a relação da culpa em acidentes rodoviários e a mudança de comportamentos no sentido preventivo. Este objectivo foi analisado através de dois objectivos específicos: (1) análise da relação entre a auto-culpabilização em acidentes rodoviários e a mudança de comportamentos no sentido preventivo e (2) a análise da relação entre a culpa atribuída em acidentes rodoviários e a mudança de comportamentos no sentido preventivo. Foram utilizados dois instrumentos de análise – questionário e entrevista semi-estruturada –, aplicados a 19 indivíduos (13 Homens / 6 Mulheres), com uma média etária de 34,2 anos, que sofreram acidentes de viação nos últimos 3-4 anos, dos quais resultaram lesões físicas nos próprios ou em terceiros. Os dados foram analisados pela técnica de Análise de Conteúdo. Os resultados sugerem que a auto-culpabilização, caracterológica e comportamental, não contribuiu para a mudança de comportamento, (os indivíduos atribuíram externamente a culpa ao invés de se auto-culpabilizarem). Por outro lado, e respondendo ao segundo objectivo desta investigação, os resultados sugerem que a culpa formal poderá ter contribuído para a mudança de comportamento após o acidente. Conclui-se que existe uma influencia maior da culpa formal do que da auto-culpabilização na mudança de comportamentos rodoviários. |
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Acidentes rodoviários: culpa e comportamento preventivoAcidente de viaçãoComportamento preventivoCulpaAuto-culpabilizaçãoAuto-culpabilização comportamentalTraffic accidentsPreventive behaviourBlameCharacterological self-blameBehavioural self-blameOs acidentes de viação em Portugal constituem um problema grave, tanto pela frequência com que ocorrem, como pelo elevado número de mortos daí resultante. A culpa sentida pelo acidente, ou atribuída formalmente, e danos a ele associados, parecem fomentar sentimentos de arrependimento e de mudança de comportamentos. O objectivo geral do estudo foi compreender a relação da culpa em acidentes rodoviários e a mudança de comportamentos no sentido preventivo. Este objectivo foi analisado através de dois objectivos específicos: (1) análise da relação entre a auto-culpabilização em acidentes rodoviários e a mudança de comportamentos no sentido preventivo e (2) a análise da relação entre a culpa atribuída em acidentes rodoviários e a mudança de comportamentos no sentido preventivo. Foram utilizados dois instrumentos de análise – questionário e entrevista semi-estruturada –, aplicados a 19 indivíduos (13 Homens / 6 Mulheres), com uma média etária de 34,2 anos, que sofreram acidentes de viação nos últimos 3-4 anos, dos quais resultaram lesões físicas nos próprios ou em terceiros. Os dados foram analisados pela técnica de Análise de Conteúdo. Os resultados sugerem que a auto-culpabilização, caracterológica e comportamental, não contribuiu para a mudança de comportamento, (os indivíduos atribuíram externamente a culpa ao invés de se auto-culpabilizarem). Por outro lado, e respondendo ao segundo objectivo desta investigação, os resultados sugerem que a culpa formal poderá ter contribuído para a mudança de comportamento após o acidente. Conclui-se que existe uma influencia maior da culpa formal do que da auto-culpabilização na mudança de comportamentos rodoviários.Traffic accidents in Portugal is a serious problem, both by the frequency with which they occur, as the high number of deaths resulting. The guilt felt by accident, or formally assigned, and damage associated with it, seem to foster feelings of regret and change of behaviour. The overall objective of the study was to understand the relationship of guilt in road accidents and behaviour change towards prevention. This objective was assessed through two specific aims: (1) analysis of the relationship between self-blame in accidents and behaviour change towards prevention and (2) examining the relationship between assigned blame and behaviour change towards prevention. We used two analytical tools - questionnaire and semi-structured interview - applied to 19 subjects (13 men / 6 women) with a mean age of 34.2 years, who suffered accidents in the last 3-4 years, which resulted in physical injury to themselves or others. The data were analyzed using content analysis. The results suggest that self-blame, characterological and behavioural, did not contribute directly to behaviour change (individuals tended to attribute blame externally rather than self-blame). Furthermore, and according to the second aim of this research, the results suggest that formally assigned blame could be contributed to the behaviour changes after the accident. This study concludes that there is a larger influence of formal blame than self-blame in changing behaviours road.2010-04-30T09:26:42Z2010-01-01T00:00:00Z20102010-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/1641porMartins, Maria João Guerreiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:54:31Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/1641Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:27:32.643164Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Os acidentes de viação em Portugal constituem um problema grave, tanto pela frequência com que ocorrem, como pelo elevado número de mortos daí resultante. A culpa sentida pelo acidente, ou atribuída formalmente, e danos a ele associados, parecem fomentar sentimentos de arrependimento e de mudança de comportamentos. O objectivo geral do estudo foi compreender a relação da culpa em acidentes rodoviários e a mudança de comportamentos no sentido preventivo. Este objectivo foi analisado através de dois objectivos específicos: (1) análise da relação entre a auto-culpabilização em acidentes rodoviários e a mudança de comportamentos no sentido preventivo e (2) a análise da relação entre a culpa atribuída em acidentes rodoviários e a mudança de comportamentos no sentido preventivo. Foram utilizados dois instrumentos de análise – questionário e entrevista semi-estruturada –, aplicados a 19 indivíduos (13 Homens / 6 Mulheres), com uma média etária de 34,2 anos, que sofreram acidentes de viação nos últimos 3-4 anos, dos quais resultaram lesões físicas nos próprios ou em terceiros. Os dados foram analisados pela técnica de Análise de Conteúdo. Os resultados sugerem que a auto-culpabilização, caracterológica e comportamental, não contribuiu para a mudança de comportamento, (os indivíduos atribuíram externamente a culpa ao invés de se auto-culpabilizarem). Por outro lado, e respondendo ao segundo objectivo desta investigação, os resultados sugerem que a culpa formal poderá ter contribuído para a mudança de comportamento após o acidente. Conclui-se que existe uma influencia maior da culpa formal do que da auto-culpabilização na mudança de comportamentos rodoviários. |
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