Complicações do tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres (Sling e Mini-Sling)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/4835 |
Resumo: | Introdução: É definida a incontinência urinária de esforço como a perda involuntária de urina por esforço, exercício, espirro ou tosse. Como opções terapêuticas são consideradas alteração de estilos de vida, fisioterapia ou alternativas farmacológicas. Quando estas modalidades não proporcionam um alívio sintomático adequado, a cirurgia é frequentemente a única opção disponível para melhorar a qualidade de vida da doente. As próteses suburetrais têm-se tornando o procedimento cirúrgico preferencial para correção da incontinência urinária de esforço. Para além dos Slings tradicionais (TVT), foram desenvolvidos os Mini-Slings, com características e método de utilização diferentes (TVT Secur®, MiniArc®, Ophira® , Ajust®,Needleless®, Solyx®). Objectivos: Aferir quais as complicações pós-cirúrgicas, até um ano, em doentes tratadas com próteses suburetrais para correção de Incontinência urinária de esforço no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia (SOG) do Centro Hospitalar cova da Beira, EPE (CHCB). Método: Estudo retrospectivo, baseado na recolha de dados dos processos clínicos das utentes que foram submetidas no SOG a tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço, no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2006 e 31 de Dezembro de 2011. Os dados foram codificados e analisados estatisticamente recorrendo ao programa SPSS – Statistical Package for Social Sciences (versão 17.0). Resultados: A amostra foi constituída por 168 mulheres, cuja moda de distribuição etária corresponde ao grupo 46-55 anos (40,1%). As taxas de cura relativamente à incontinência urinária com a utilização do Sling (n=132) e do Mini-Sling (n=36) atingiram 100% no período de internamento. As taxas de cura seis semanas após a cirurgia diminuíram para ambos os dispositivos, mais pronunciadamente para o Sling (71,2%), comparativamente ao Mini-Sling (91,6%). Seis meses após a cirurgia, a taxa de cura aumentou para o Sling (76,4%) e diminuiu para o Mini-Sling (85,5%). Um ano após a cirurgia as taxas de cura foram 85,5% e 88,9%,para o Sling e Mini-Sling respectivamente. As complicações reportadas foram lesão vesical e de outros órgãos (1,5%) para o Sling, e retenção urinária (2,8%) e recidiva de cistocelo (1,4%) para o Mini-Sling. As queixas mais comuns ao longo do estudo foram dor pélvica (3,8%), dispareunia (0,4%) e desconforto na virilha (varia entre 6,7% e 0,7% ao longo do estudo) para o Sling. Conclusão: As taxas de cura de incontinência urinária um ano após a cirurgia, tanto para o Sling, como para o Mini-Sling foram sobreponíveis às referidas na literatura, enquanto que foram menores as taxas de complicações e queixas relacionadas com as intervenções. |
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Complicações do tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres (Sling e Mini-Sling)ComplicaçõesIncontinência Urinária de EsforçoMini-SlingSlingDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: É definida a incontinência urinária de esforço como a perda involuntária de urina por esforço, exercício, espirro ou tosse. Como opções terapêuticas são consideradas alteração de estilos de vida, fisioterapia ou alternativas farmacológicas. Quando estas modalidades não proporcionam um alívio sintomático adequado, a cirurgia é frequentemente a única opção disponível para melhorar a qualidade de vida da doente. As próteses suburetrais têm-se tornando o procedimento cirúrgico preferencial para correção da incontinência urinária de esforço. Para além dos Slings tradicionais (TVT), foram desenvolvidos os Mini-Slings, com características e método de utilização diferentes (TVT Secur®, MiniArc®, Ophira® , Ajust®,Needleless®, Solyx®). Objectivos: Aferir quais as complicações pós-cirúrgicas, até um ano, em doentes tratadas com próteses suburetrais para correção de Incontinência urinária de esforço no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia (SOG) do Centro Hospitalar cova da Beira, EPE (CHCB). Método: Estudo retrospectivo, baseado na recolha de dados dos processos clínicos das utentes que foram submetidas no SOG a tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço, no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2006 e 31 de Dezembro de 2011. Os dados foram codificados e analisados estatisticamente recorrendo ao programa SPSS – Statistical Package for Social Sciences (versão 17.0). Resultados: A amostra foi constituída por 168 mulheres, cuja moda de distribuição etária corresponde ao grupo 46-55 anos (40,1%). As taxas de cura relativamente à incontinência urinária com a utilização do Sling (n=132) e do Mini-Sling (n=36) atingiram 100% no período de internamento. As taxas de cura seis semanas após a cirurgia diminuíram para ambos os dispositivos, mais pronunciadamente para o Sling (71,2%), comparativamente ao Mini-Sling (91,6%). Seis meses após a cirurgia, a taxa de cura aumentou para o Sling (76,4%) e diminuiu para o Mini-Sling (85,5%). Um ano após a cirurgia as taxas de cura foram 85,5% e 88,9%,para o Sling e Mini-Sling respectivamente. As complicações reportadas foram lesão vesical e de outros órgãos (1,5%) para o Sling, e retenção urinária (2,8%) e recidiva de cistocelo (1,4%) para o Mini-Sling. As queixas mais comuns ao longo do estudo foram dor pélvica (3,8%), dispareunia (0,4%) e desconforto na virilha (varia entre 6,7% e 0,7% ao longo do estudo) para o Sling. Conclusão: As taxas de cura de incontinência urinária um ano após a cirurgia, tanto para o Sling, como para o Mini-Sling foram sobreponíveis às referidas na literatura, enquanto que foram menores as taxas de complicações e queixas relacionadas com as intervenções.Introduction-The definition of stress urinary incontinence is preconized as the involuntary loss of urine during effort, exercise, sneeze or cough. The therapeutic approaches range from lifestyles modification, physical therapy or pharmacological alternatives. Thus, when these arrangements do not provide suitable symptomatic relief, surgery is often the only option available to improve the patient’s life quality. The suburethral phrosteses have become the preferential surgical procedure for the correction of stress urinary incontinence. In addition to the traditional slings( TVT), others were developed, the Mini-Sling, presenting different method and characteristics(TVT Secur®, MiniArc®, Ophira®, Ajust®,Needleless®, Solyx®). Objective-Assess which postoperative complications, up to one year of the suburethral prostheses used in surgical treatment of female stress urinary incontinence. Method- Retrospective study, based on the collection of data of clinical processes relative to women who were submitted to surgical treatment of stress urinary incontinence, between 1January of 2006 and 31 December of 2011. All data were coded and statiscally analised using SPSS (Statistic Package for Social Sciences programme- Version 17.0). Results- The sample was constituted by 168 women, 40,1% belonging to the age group of 46-55. Cure rates regarding urinary incontinence when using Sling (n=132) and Mini-Sling (n=36) reached 100% during hospitalization. There was a decrease in cure rates six weeks after surgery with both devices. This reduction was more pronounced for Sling (71.2%), when compared to Mini-Sling(91.6%). Six months after surgery, it was reported an increase regarding the cure rate of Sling (76.4) and concurrently a decrease for Mini-Sling (85.5%). One year after surgery, the cure rates were 85.5% and 88.9% for Mini-Sling and Sling respectively. The reported complications were bladder injury and other organs (1.5%) for Sling, and urinary retention (2.8%) and recurrent cystocele (1.4%) for Mini-Sling. The most common complaints documented throughout the study were pelvic pain (3.8%), dyspareunia (0.4%), and discomfort in the groin (varies between 6.7% and 0.7% throughout the study) for Sling. Conclusion- Cure rates regarding urinary incontinence one year after surgery for both devices were superimposable to those presented in literature. On the other hand, both complications and complaints rates reported along the study were lower than the ones presented by reviewed articles.Gonçalves, António Humberto SenaOliveira, José António Martinez Souto deuBibliorumLobo, Andreia Filipa Liberato2018-07-05T14:11:26Z2014-5-152014-06-242014-06-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/4835TID:201637057porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:15Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/4835Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:45:52.871559Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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