Portugal and Slovenia: Comparing Health Systems

• Autor(a) principal: Neves, Vasco Pinto
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5056
• topic: Eslovénia; Gestão; Medicina; Portugal; Sistemas de Saúde; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina

A economia dos países pode estar relacionada com políticas aplicadas na área da saúde e, nos últimos 10 anos, muitos países têm sofrido crises económicas profundas. O desafio cresce quando os orçamentos diminuem devido às dificuldades económicas sentidas e, em particular, com o orçamento dirigido à saúde. Tal foi evidente em Portugal, e nos países de Leste, como a Eslovénia, recente membro da União Europeia, embora menos evidente. O objectivo desta dissertação é comparar ambos os países no que diz respeito aos seus sistemas de saúde, para melhor compreender a sua respectiva dinâmica. Mais concretamente focando o seu modelo de financiamento, prestação e suas instituições, que nos permita compreender em que pontos se assemelham e, por outro lado, onde divergem, e tentar desenvolver uma lista de recomendações. Com esta comparação, os resultados alcançados poderão ser aplicados na revisão de políticas de cada país, permitindo uma maior aprendizagem, evitando erros e alcançando sucessos. Esta dissertação compara Portugal e Eslovénia tendo em consideração os seus sistemas de saúde utilizando o modelo teórico proposto por Avedis Donabedian, dividido em Estrutura, Processos e Resultados. Os diversos indicadores são usados para esta análise encaixando nesta framework analítica. Os sistemas de saúde português e esloveno possuem pontos coincidentes para análise, nomeadamente, os cuidados de saúde primários, secundários e terciários, esperança de vida ao nascimento, mortalidade infantil, anos de vida potencialmente perdidos, mortalidade considerando todas as causas e mortalidade devido a enfarte agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Contrariamente, o financiamento dos sistemas de saúde, os indicadores de qualidade dos cuidados de saúde primários, as camas hospitalares, infra-estruturas onde são fornecidos os cuidados, consultas com médicos, as altas hospitalares, o tempo médio de internamento, o tempo de espera para cirurgias electivas, a mortalidade por causas seleccionadas e a auto-percepção do estado de saúde diferem entre ambos. Esta informação comparativa será importante para estabelecer novas iniciativas, dado que, tanto Portugal como a Eslovénia podem melhorar o seu sistema de saúde aprendendo um com o outro. Os sistemas de saúde no futuro irão enfrentar desafios relacionados com o envelhecimento da população e, consequentemente, o aumento das doenças crónicas. Investimentos futuros na rede de cuidados de saúde primários poderá permitir lidar com esta situação pois constitui uma pedra basilar de um bom sistema de saúde. Com o propósito de melhorar continuamente os sistemas de saúde deve ser incentivada a adopção de bons sistemas de informação, assim como o desenvolvimento de programas de guidelines nacionais, permitindo avaliação constante dos indicadores de saúde e melhoria na prestação e standardização dos cuidados de saúde, respectivamente.