Rastreio da Infeção Congénita por HCMV: Estudo Multicêntrico Nacional

• Autor(a) principal: Serrano, Catarina Fernandez
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/138440
• topic: Infeção Congénita; HCMV; Rastreio pós-natal; Pools; saliva; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias

O citomegalovirus humano (HCMV) é o principal causador de infeção congénita (IC) a nível mundial, estando a sua prevalência compreendida entre 0,2–2,2%. De todos os recém-nascidos afetados, apenas 10-15% apresentarão sintomatologia à nascença, e 10–15% dos assintomáticos desenvolverão sequelas a longo prazo, tal como a surdez neurossensorial não genética. É assim, percetível o impacto na saúde pública e individual dos envolvidos, tal como económico. A implementação de um rastreio universal para a infeção congénita por HCMV tem vindo a ser uma proposta de há vários anos, embora, até aos dias de hoje, ainda não se encontre em vigor, por falta de uma técnica economicamente viável e sustentável. Uma equipa portuguesa tem vindo a desenvolver a metodologia das pools, de modo a reduzir os tempos de processamento e custos associados. Este estudo pretende demonstrar a aplicabilidade do rastreio pós-natal através da metodologia das pools por PCR em tempo real, rastreando recém-nascidos, entre os 0 e os 15 dias de idade, de 4 hospitais portugueses com elevado número de nascimentos. Para este rastreio foram colhidas amostras de saliva e agrupadas em pools de 10, sendo que em caso de a pool obter um resultado positivo, as amostras constituintes da mesma foram analisadas individualmente. Nos resultados positivos, foi solicitada a recolha de amostra de uma urina de modo a obter a confirmação do resultado obtido na saliva. Foram rastreados 3759 recém-nascidos, tendo sido detetadas 12 salivas positivas que, após confirmação com as amostras de urina, resultaram em 8 casos de infeção congénita e 4 falsos positivos (prevalência de 0,21%). Esta metodologia demonstrou ser aplicável a larga escala, pela facilidade de colheita de amostras e por uma redução significativa dos custos.