Funcionalidade e Fadiga na Esclerose Múltipla: Impacto de um programa de Atividade Física

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Dina Vanessa Mendonça
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/9008
Resumo: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória, crónica e degenerativa do Sistema Nervoso Central (SNC). Dos diversos sintomas que a patologia pode apresentar, a fadiga, na marcha e na coordenação, têm grande impacto na funcionalidade. Atualmente considera-se a atividade física um dos principais indicadores de saúde, uma vez que melhora a saúde e previne a exacerbação de determinados sintomas e comorbilidades. Assim, o objetivo deste estudo é verificar o impacto de um programa de atividade física na funcionalidade e na fadiga de indivíduos com EM. A amostra é constituída num total por 25 indivíduos com idades entre os 34 e os 60 anos, sendo que 13 indivíduos foram alocados ao grupo de controlo e 12 ao grupo experimental. Foi avaliada a presença de défice cognitivo através do Montreal Cognitive Assessement (MoCA), a funcionalidade através da Medida de Independência Funcional (MIF) e da Escala de Lawton & Brody. Também foi avaliada a fadiga através da Escala de Impacto da Fadiga Modificada e da Escala de Severidade da Fadiga, e os índices de sintomatologia depressiva e ansiosa com a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. O programa teve duração de 8 meses, com aulas bissemanais de 60 minutos. No que diz respeito aos resultados a nível da funcionalidade apesar de não existirem diferenças significativas o grupo experimental manteve (p=0,467), enquanto o grupo de controlo piorou significativamente (p=0,028). Através da ANOVA verificou-se que a atividade física tem influência significativa na fadiga (p=0,033), tendo-se verificado uma melhoria no momento da avaliação intermédia, que regride na avaliação final. Nos índices sintomatologia depressiva e ansiosa, no geral houve uma melhoria, apesar de não significativa em ambos os grupos. Quando analisada a sintomatologia depressiva verificamos que o programa teve um impacto positivo ao contrário do que aconteceu na sintomatologia ansiosa. Em conclusão, este estudo mostra que o programa de atividade física teve impacto ao nível da funcionalidade e ao nível da sintomatologia ansiosa. No entanto, no final do programa este não contribuiu para a diminuição da fadiga. Nesta medida, a atividade física poderá ser uma abordagem para a manutenção da funcionalidade, tendo sempre em consideração a fadiga.
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