Estudo de prevalência da Síndrome de Fragilidade e a sua associação com as quedas em idosos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/156160 |
Resumo: | RESUMO - Introdução: A fragilidade é uma síndrome relacionada com a idade que deverá aumentar nas próximas décadas. Esta síndrome tem sido associada ao risco crescente de incapacidade, comorbilidade, hospitalização, quedas e morte em idosos. Objetivo: Este estudo analisou a prevalência e padrões de fragilidade e a sua associação com a gravidade e número de quedas entre os adultos mais velhos. Materiais e Métodos: Estudo observacional, com a participação de 267 idosos (≥ 64 anos) residentes em Oeiras, Lisboa e Loures. Os participantes foram entrevistados para avaliação dos parâmetros sociodemográficos, clínicos e funcional. A fragilidade foi avaliada de acordo com os critérios de Fried. A regressão logística binária foi usada para examinar a relação entre a fragilidade e as quedas. Resultados: A média de idades foi de 77,38 anos (±7,80 anos), o mais novo com 64 anos e o mais velho com 98 anos. A maioria são mulheres (181), correspondendo a 67,8% da amostra. DA prevalência de fragilidade e pré-fragilidade foi de 47,9% e 42,3%, respetivamente. Os critérios do fenótipo de fragilidade mais comuns foram a exaustão (67,8%), a diminuição atividade física (61%) e a diminuição da atividade física (43,8%). A idade média dos indivíduos frágeis foi superior aos robustos (81,24 ± 7,30 vs 72,27 ± 6,79, respetivamente; p = 0,001). Os 81 participantes que reportaram uma ou mais quedas nos últimos 12 meses, eram maioritariamente mulheres com OR= 2,072 (IC95%= 1,146 – 3,746) A fragilidade foi associada a quedas, antes do ajustamento a potenciais confundidores com um OR= 3.890 (IC95% = 1.087 - 13.930), e critérios de fragilidade isolados "perda de peso não intencional" e "diminuição da atividade física" com OR= 2.302 (IC95%= 1.167 – 4.539) e 1.972 (IC95%= 1.100 – 3.536) respetivamente. Após ajustamento para os potenciais confundidores, o número de critérios de fragilidade foi associado a um risco acrescido de queda OR= 1,386 (95%CI= 1.117 - 1.721). Conclusão: os adultos idosos frágeis têm um maior risco de quedas. |
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Estudo de prevalência da Síndrome de Fragilidade e a sua associação com as quedas em idososFragilidadeQuedasIdososFallsFrailtyElderlyDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisRESUMO - Introdução: A fragilidade é uma síndrome relacionada com a idade que deverá aumentar nas próximas décadas. Esta síndrome tem sido associada ao risco crescente de incapacidade, comorbilidade, hospitalização, quedas e morte em idosos. Objetivo: Este estudo analisou a prevalência e padrões de fragilidade e a sua associação com a gravidade e número de quedas entre os adultos mais velhos. Materiais e Métodos: Estudo observacional, com a participação de 267 idosos (≥ 64 anos) residentes em Oeiras, Lisboa e Loures. Os participantes foram entrevistados para avaliação dos parâmetros sociodemográficos, clínicos e funcional. A fragilidade foi avaliada de acordo com os critérios de Fried. A regressão logística binária foi usada para examinar a relação entre a fragilidade e as quedas. Resultados: A média de idades foi de 77,38 anos (±7,80 anos), o mais novo com 64 anos e o mais velho com 98 anos. A maioria são mulheres (181), correspondendo a 67,8% da amostra. DA prevalência de fragilidade e pré-fragilidade foi de 47,9% e 42,3%, respetivamente. Os critérios do fenótipo de fragilidade mais comuns foram a exaustão (67,8%), a diminuição atividade física (61%) e a diminuição da atividade física (43,8%). A idade média dos indivíduos frágeis foi superior aos robustos (81,24 ± 7,30 vs 72,27 ± 6,79, respetivamente; p = 0,001). Os 81 participantes que reportaram uma ou mais quedas nos últimos 12 meses, eram maioritariamente mulheres com OR= 2,072 (IC95%= 1,146 – 3,746) A fragilidade foi associada a quedas, antes do ajustamento a potenciais confundidores com um OR= 3.890 (IC95% = 1.087 - 13.930), e critérios de fragilidade isolados "perda de peso não intencional" e "diminuição da atividade física" com OR= 2.302 (IC95%= 1.167 – 4.539) e 1.972 (IC95%= 1.100 – 3.536) respetivamente. Após ajustamento para os potenciais confundidores, o número de critérios de fragilidade foi associado a um risco acrescido de queda OR= 1,386 (95%CI= 1.117 - 1.721). Conclusão: os adultos idosos frágeis têm um maior risco de quedas.ABSTRACT - Background: Frailty is an age-related syndrome expected to increase in the next decades. This syndrome has been associated with an increasing risk of disability, comorbidity, hospitalisation, falls and death in older adults. Aim: This study analysed the prevalence and patterns of frailty and its association with the severity and number of falls among older adults. Materials and Methods: Observational, prevalence and association study, 267 community-dwelling older adults (≥ 64 years old) living in Oeiras, Lisbon and Loures, were enrolled in this study. Participants were interviewed for demographic, health, and functional assessment. Frailty was assessed according to Fried criteria. Binary logistic regression was used to examine the relationship between frailty and falls. Results: Mean age was 77.38 years (±7.80), with the youngest at 64 years and the oldest at 98 years. The majority are women (181), corresponding to 67.8% of the sample The prevalence of frailty and pre-frailty was 47,9% and 42,3% respectively. The most common frailty phenotype criteria were exhaustion (67,8%), low physical activity (61%) and slowness (43,8%). The mean age of frail individuals was higher than robust (81,24 ± 7,30 vs 72,27 ± 6,79, respectively; p = 0,001). The 81 participants who reported one or more falls in the past 12 months, mostly were women with an OR = 2,072 (95% CI= 1,146 – 3,746). Frailty was associated with falls before adjustment to potential confounders with an OR= 3,890 (95%CI = 1,087 – 13,930), and isolated frailty criteria “No intentional weight loss” and “low physical activity” with OR= 2,302 (95%CI= 1,167 – 4,539) and 1,972 (95%CI= 1,100 – 3,536) respectively. After adjustment to potential confounders, the number of frailty criteria was associated with an increased risk of fall OR= 1,386 (95%CI= 1,117 – 1,721). Conclusions: Frail older adults are at a higher risk of falls.Carnide, FilomenaAguiar, PedroRUNJosé, Paula Cristina de Almeida2023-08-02T11:26:04Z20222022-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/156160TID:203264975porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:38:45Zoai:run.unl.pt:10362/156160Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:56:21.703496Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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