Autocompaixão e humilhação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/11969 |
Resumo: | A presente dissertação, com a finalidade de conclusão do 2º ciclo de estudos em Psicologia Clínica, é composta por dois artigos. No artigo 1, denominado “Humilhação, Amargura e Mal-estar Psicológico: estudo de prevalências na população portuguesa” foi realizado um estudo de prevalências destas três variáveis numa amostra de população portuguesa. Participaram na investigação 651 pessoas, com idade entre os 18 e 70 anos, dos quais 121 (18.6%) do género masculino, 527 (81.0%) do género feminino e 3 (0.5%) do género outro. Recorremos ao Inventário de Humilhação de Cardoso et al. (2019), ao Inventário de Consequências da Humilhação de Cardoso e Ramos (2014) e à Escala de Distress Psicológico de Kessler (Pereira et al., 2019). Relativamente aos resultados, verificamos que o nível de humilhação varia de ligeiro a moderado, a amargura apresenta valores clinicamente significativos e 63% da amostra revela mal-estar psicológico. Quanto ao género, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nas variáveis humilhação, amargura e mal-estar psicológico. Relativamente à persistência dos efeitos de humilhação no tempo, é possível constatar que mesmo com o decorrer do tempo as consequências da humilhação permanecem, em ambas as variáveis. A presente investigação permite constatar que os níveis de humilhação, amargura e malestar psicológico se encontram significativamente presentes na população portuguesa. No artigo 2, denominado “Autocompaixão como fator preditor protetor de Humilhação, Amargura e Mal-estar Psicológico” foi analisada a prevalência da autocompaixão na população portuguesa e a relação da mesma com a humilhação, a amargura e com o mal-estar psicológico, e se a autocompaixão desempenha um fator preditor protetor na amargura e mal-estar psicológico. Participaram no estudo 651 pessoas, com idade entre os 18 e 70 anos, dos quais 121 do género masculino, 527 do género feminino e 3 do género outro. Utilizamos a Escala de Autocompaixão de Neff (2003), o Inventário de Humilhação de Cardoso et al. (2019), o Inventário de Consequências da Humilhação de Cardoso e Ramos (2014) e a Escala de Distress Psicológico de Kessler de Pereira et al. (2019). Quanto aos resultados, constatamos que indivíduos com um nível de autocompaixão mais elevado apresentam valores de humilhação, amargura e mal-estar mais baixos e que um elevado valor de autocompaixão é preditor de baixos valores de amargura e de mal-estar psicológico. Em síntese geral, a autocompaixão revela ter a importância de proteção quer respeite à vivência de mal-estar psicológico geral quer respeite à manifestação de amargura. |
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Autocompaixão e humilhaçãoA presente dissertação, com a finalidade de conclusão do 2º ciclo de estudos em Psicologia Clínica, é composta por dois artigos. No artigo 1, denominado “Humilhação, Amargura e Mal-estar Psicológico: estudo de prevalências na população portuguesa” foi realizado um estudo de prevalências destas três variáveis numa amostra de população portuguesa. Participaram na investigação 651 pessoas, com idade entre os 18 e 70 anos, dos quais 121 (18.6%) do género masculino, 527 (81.0%) do género feminino e 3 (0.5%) do género outro. Recorremos ao Inventário de Humilhação de Cardoso et al. (2019), ao Inventário de Consequências da Humilhação de Cardoso e Ramos (2014) e à Escala de Distress Psicológico de Kessler (Pereira et al., 2019). Relativamente aos resultados, verificamos que o nível de humilhação varia de ligeiro a moderado, a amargura apresenta valores clinicamente significativos e 63% da amostra revela mal-estar psicológico. Quanto ao género, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nas variáveis humilhação, amargura e mal-estar psicológico. Relativamente à persistência dos efeitos de humilhação no tempo, é possível constatar que mesmo com o decorrer do tempo as consequências da humilhação permanecem, em ambas as variáveis. A presente investigação permite constatar que os níveis de humilhação, amargura e malestar psicológico se encontram significativamente presentes na população portuguesa. No artigo 2, denominado “Autocompaixão como fator preditor protetor de Humilhação, Amargura e Mal-estar Psicológico” foi analisada a prevalência da autocompaixão na população portuguesa e a relação da mesma com a humilhação, a amargura e com o mal-estar psicológico, e se a autocompaixão desempenha um fator preditor protetor na amargura e mal-estar psicológico. Participaram no estudo 651 pessoas, com idade entre os 18 e 70 anos, dos quais 121 do género masculino, 527 do género feminino e 3 do género outro. Utilizamos a Escala de Autocompaixão de Neff (2003), o Inventário de Humilhação de Cardoso et al. (2019), o Inventário de Consequências da Humilhação de Cardoso e Ramos (2014) e a Escala de Distress Psicológico de Kessler de Pereira et al. (2019). Quanto aos resultados, constatamos que indivíduos com um nível de autocompaixão mais elevado apresentam valores de humilhação, amargura e mal-estar mais baixos e que um elevado valor de autocompaixão é preditor de baixos valores de amargura e de mal-estar psicológico. Em síntese geral, a autocompaixão revela ter a importância de proteção quer respeite à vivência de mal-estar psicológico geral quer respeite à manifestação de amargura.The present dissertation, with the purpose of concluding the 2nd cycle of studies in Clinical Psychology, is composed of two articles. In article 1, entitled “Humiliation, Embitterment and Distress: a study of prevalence in the Portuguese population”, a study of three variable prevalences was carried out in a sample of the Portuguese population. 651 people participated in the investigation, aged between 18 and 70 years, of which 121 (18.6%) were male, 527 (81.0%) were female and 3 (0.5%) were of the other gender. We used the Humiliation Inventory by Cardoso et al. (2019), the Inventory of Consequences of Humiliation by Cardoso and Ramos (2014) and the Psychological Distress Scale by Kessler by Pereira et al. (2019). Results Relatively, we found that regarding the level of humiliation, it ranges from mild to moderate, embitterment has clinical results and 63% of the sample has psychological results. As for gender, there were no significant differences in the variables humiliation, embitterment and distress. Regarding the persistence of the effects of humiliation over time, it is possible to verify that even with the passage of time the consequences of permanent humiliation, in both variables. The present investigation shows that levels of humiliation, embitterment and distress are significantly present in the Portuguese population. In article 2, entitled “Self-compassion as a protective predictor of Humiliation, Embitterment and Distress”, the prevalence of self-compassion in the Portuguese population and its relationship with humiliation, embitterment and distress was analyzed, and if self-compassion presents itself as a protective predictor of embitterment and distress. 651 people participated in the study, aged between 18 and 70 years, of which 121 were males, 527 were females and 3 were other genders. We used Neff's Self-Compassion Scale (2003), the Humiliation Inventory of Cardoso et al. (2019), Cardoso and Ramos's Consequences of Humiliation Inventory (2014) and Kessler's Psychological Distress Scale by Pereira et al. (2019). As for the results, we found that individuals with a higher level of self-compassion have lower values of humiliation, embitterment and distress and that a high value of selfcompassion is a predictor of low values of embitterment and distress. In general, self-compassion reveals the importance of protection, whether it respects the experience of general distress or the manifestation of embitterment.2023-11-23T16:36:09Z2023-03-13T00:00:00Z2023-03-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/11969pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessGomes, Inês Pereirareponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:34:01Zoai:repositorio.utad.pt:10348/11969Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:01:01.648783Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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