Podem as escalas preditivas de mortalidade ser utilizadas para prever a ocorrência de sequelas nos sobreviventes de cuidados intensivos?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oom, Paulo
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2006.4804
Resumo: Introdução: Não existem disponíveis escalas capazes de prever a ocorrência de sequelas nos sobreviventes de cuidados intensivos. Objectivos: Foram objectivos deste estudo avaliar o desempenho das escalas preditivas de mortalidade na previsão da ocorrência de sequelas nas crianças que sobrevivem ao internamento em unidades de cuidados intensivos.  Métodos: Estudo prospectivo que decorreu numa unidade de cuidados intensivos de pediatria de um hospital universitário durante um período de 21 meses.  Resultados: Foram internadas 625 crianças com uma mortalidade de 5,3%. As escalas Pediatric Risk of Mortality (PRISM), Pediatric Index of Mortality (PIM), Pediatric Overall Performance Category (POPC) e Pediatric Cerebral Performance Category (PCPC) foram obtidas em todas as crianças. As escalas PRISM e PIM mostraram um bom desempenho na previsão da mortalidade (SMR de 0,90 e1,03; AUC de 0,91 e 0,92 para PRISM e PIM, respectivamente). Na previsão da ocorrência de sequelas físicas ou cognitivas, ambas as escalas mostraram um mau desempenho, com AUC sempre inferior a 0,81. Conclusões: As escalas preditivas de mortalidade actualmente em uso nas unidades de cuidados intensivos pediátricos não apresentam uma capacidade discriminativa aceitável para a previsão de sequelas físicas ou cognitivas após a alta.  Palavras-chave: Cuidados intensivos pediátricos, mortalidade, morbilidade, PRISM, PIM.
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