A família de Légua está toda na eira: tramas entre pessoas e encantados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612019000200009 |
Resumo: | O terecô é uma religião afro-brasileira encontrada no interior do estado do Maranhão, no Nordeste brasileiro. Nela, as pessoas convivem com encantados - seres recebidos em rituais, mas também presentes em momentos ordinários. Os encantados se fazem presentes na incorporação, em sensações físicas ou em objetos que lhes pertencem. Esse conjunto heterogêneo de seres se organiza em famílias, que são formadas por parentesco consanguíneo e também por consideração. Aqui, na Terra, eles se relacionam com pessoas possuidoras de mediunidade e com aqueles que as rodeiam. Neste texto, procuramos pensar as relações entre pessoas e encantados a partir de histórias onde esses seres se cruzam em tramas de parentesco - que envolvem partos realizados por entidades, casamentos por elas previstos e anunciados, conexões geracionais e heranças em momentos de morte. Trabalhamos, especialmente, com a família de um encantado chamado Légua Boji Buá, quando procuramos chamar atenção para os princípios que regem as relações entre os encantados, a agência e a multiplicidade de formas a partir das quais eles se apresentam às pessoas. |
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