Desconexão digital: Fatores que a influenciam e desigualdades sociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neto, Filipa Fernandes
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/30686
Resumo: Numa sociedade marcada pela ubiquidade tecnológica (Nguyen et al., 2022), por valores de conexão, conetividade (van Dijk, 2013) e disponibilidade constantes (Jorge, 2019; Lindgren, 2017), a desconexão digital passa a ser uma necessidade - para lidar com os estímulos info-comunicacionais sempre presentes, e para poder tirar sentido da própria experiência no digital (Kania-Lundholm, 2021). O termo digital divide foi dos primeiros utilizados para caracterizar a divisão entre aqueles que tinham, ou não, acesso às tecnologias digitais, e que mais tarde evoluiu para incluir gradações relativas às competências para se estar no digital e aos resultados que dele se obtinham (Ragnedda e Ruiu, 2017; van Dijk, 2020). A experiência com os media digitais é influenciada por fatores socio-demográficos, e por outros, como as pressões para estar conectado, de amigos ou do trabalho, ou a perceção de uso excessivo (Gui e Büchi, 2021; Nguyen et al., 2022). Esta dissertação implementou um inquérito por questionário para explorar os fatores que condicionam a desconexão, com uma amostra de 1524 indivíduos. Os principais resultados indicam que as mulheres e as pessoas com ensino superior preferem a estratégia “em aplicações de mensagens desativo as notificações no chat de grupo” (técnica) para desconetar, as pessoas mais velhas preferem a estratégia pessoal e as pessoas casadas ou em coabitação com filhos de 7-17 anos preferem a estratégia social. Esta é que aquela em que as pessoas afirmam sentir mais resultados ao nível do bem-estar com a desconexão. A maior pressão para estar conectado vem do trabalho.
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