A realização do objeto indireto anafórico de terceira pessoa na variedade do português europeu falado no Funchal (Ilha da Madeira)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.13/2583 |
Resumo: | A investigação que tem vindo a ser realizada desde 2010 sobre a variação sintática nas variedades do português falado na Ilha da Madeira (Portugal) confirma a sua especificidade no conjunto de variedades geográficas do Português Europeu (PE) e a sua integração, com base em critérios lexicais e fonéticos, num dos três grupos principais e autónomos dos dialetos portugueses, o grupo dos dialetos insulares. Dando continuidade ao estudo sobre a sintaxe madeirense, este trabalho procura investigar as estratégias de realização do objeto indireto (OI) anafórico de terceira pessoa numa variedade insular do PE, a variedade falada no Funchal, na Ilha da Madeira. A metodologia adotada tem por base os pressupostos teórico-metodológicos da sociolinguística quantitativa de base laboviana, aplicados a uma amostra estratificada de entrevistas realizadas junto de 12 informantes madeirenses, residentes no Funchal, capital da ilha da Madeira, selecionada a partir do Corpus Sociolinguístico do Funchal. A análise terá em conta a literatura de referência e será conduzida no sentido de procurar saber quais os fatores linguísticos e extralinguísticos que atuam na variação das formas de expressão da função OI, nomeadamente as seguintes (i) com clítico lhe(s) e (ii) com SP (preposição a e para), unicamente com pronome forte ele(s) e ela(s). Os resultados apontam para a ocorrência dos dois tipos de variantes, quantitativamente diferenciados. Com efeito, não só se atesta o uso da construção com a preposição para, normalmente excluída dos dados do PE, como também a pouca frequência do clítico lhe, tida como variante padrão do PE. |
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A realização do objeto indireto anafórico de terceira pessoa na variedade do português europeu falado no Funchal (Ilha da Madeira)Objeto indireto (OI) anafórico de 3ª pessoa (singular/plural)Clítico dativo lhe(s)SP com a/para + pronome tónico ele(s), ela(s)Variedade insular e urbana do PE (Funchal)Sociolinguística variacionistaAnaphoric indirect objet (IO) of 3th person (singular/plural)Dative clitics lhe(s)SP with prepositions a/para + strong pronoun ele(s), ela(s)Insular and urban variety of EP (Funchal)Variationist sociolinguistic.Faculdade de Artes e HumanidadesA investigação que tem vindo a ser realizada desde 2010 sobre a variação sintática nas variedades do português falado na Ilha da Madeira (Portugal) confirma a sua especificidade no conjunto de variedades geográficas do Português Europeu (PE) e a sua integração, com base em critérios lexicais e fonéticos, num dos três grupos principais e autónomos dos dialetos portugueses, o grupo dos dialetos insulares. Dando continuidade ao estudo sobre a sintaxe madeirense, este trabalho procura investigar as estratégias de realização do objeto indireto (OI) anafórico de terceira pessoa numa variedade insular do PE, a variedade falada no Funchal, na Ilha da Madeira. A metodologia adotada tem por base os pressupostos teórico-metodológicos da sociolinguística quantitativa de base laboviana, aplicados a uma amostra estratificada de entrevistas realizadas junto de 12 informantes madeirenses, residentes no Funchal, capital da ilha da Madeira, selecionada a partir do Corpus Sociolinguístico do Funchal. A análise terá em conta a literatura de referência e será conduzida no sentido de procurar saber quais os fatores linguísticos e extralinguísticos que atuam na variação das formas de expressão da função OI, nomeadamente as seguintes (i) com clítico lhe(s) e (ii) com SP (preposição a e para), unicamente com pronome forte ele(s) e ela(s). Os resultados apontam para a ocorrência dos dois tipos de variantes, quantitativamente diferenciados. Com efeito, não só se atesta o uso da construção com a preposição para, normalmente excluída dos dados do PE, como também a pouca frequência do clítico lhe, tida como variante padrão do PE.The research that has been carried out since 2010 on the syntactic variation in the varieties of spoken Portuguese in the Island of Madeira (Portugal) has confirmed its specificity in the set of European Portuguese (EP) geographic varieties and its integration, based on lexical and phonetic criteria, as one of the three main and autonomous groups of the Portuguese dialects, the group of island dialects. Continuing the study on Madeiran syntax, this work aims to investigate strategies for the realization of the third person anaphoric indirect object (OI) in an insular variety of EP, the spoken variety in Funchal, Madeira Island. The methodology adopted is based on the theoretical-methodological assumptions of the Labovian-based quantitative sociolinguistics, applied to a stratified sample of interviews carried out with 12 Madeiran informants residing in the capital and selected from the Sociolinguistic Corpus of Funchal. The analysis will take into account the literature and will be carried out to uncover the linguistic and extralinguistic factors that act in the variation of the forms of expression of the OI function, namely the following ones (i) the Dative clitic lhe(s) (ii) SP (preposition a and para), followed by a strong pronoun ele(s) and ela(s).The results point to the occurrence of the two considered types of variants but quantitatively differentiated. In fact, not only is the use of SP with para is observed, which is normally excluded from the standard PE data, but also the infrequent occurrence of the standard variant in PE with clitics lhe(s).Universidade Estadual de Feira de SantanaDigitUMaBazenga, Aline Maria2019-10-29T17:15:20Z2019-01-01T00:00:00Z2019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.13/2583porBazenga, A. M. (2019). A realização do objeto indireto anafórico de terceira pessoa na variedade do português europeu falado no Funchal (Ilha da Madeira). A Cor das Letras, 20(1), 9-23.1415-897310.13102/cl.v20i1.4625info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T12:55:24Zoai:digituma.uma.pt:10400.13/2583Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:05:22.089108Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A realização do objeto indireto anafórico de terceira pessoa na variedade do português europeu falado no Funchal (Ilha da Madeira) Bazenga, Aline Maria Objeto indireto (OI) anafórico de 3ª pessoa (singular/plural) Clítico dativo lhe(s) SP com a/para + pronome tónico ele(s), ela(s) Variedade insular e urbana do PE (Funchal) Sociolinguística variacionista Anaphoric indirect objet (IO) of 3th person (singular/plural) Dative clitics lhe(s) SP with prepositions a/para + strong pronoun ele(s), ela(s) Insular and urban variety of EP (Funchal) Variationist sociolinguistic . Faculdade de Artes e Humanidades |
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