Immunological Characterization of Mucosal-Associated Invariant T (MAIT) Cells in chronically Hepatitis B infected patients
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/39063 |
Resumo: | Tese de mestrado, Biologia Humana e Ambiente, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2019 |
id |
RCAP_9e6e74421440135ee45acda800cd736f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ul.pt:10451/39063 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Immunological Characterization of Mucosal-Associated Invariant T (MAIT) Cells in chronically Hepatitis B infected patientsHepatite BCélulas MAITImunoterapiaTeses de mestrado - 2019Departamento de Biologia AnimalTese de mestrado, Biologia Humana e Ambiente, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2019A Organização Mundial de Saúde considera a doença da Hepatite B como a oitava causa de mortalidade a nível mundial e estima que aproximadamente 400 milhões de pessoas estarão infetadas nos dias de hoje. O vírus da hepatite B é caracterizado por ter um tamanho reduzido, possuir uma conformação genómica baseada em 4 “open reading frames” (ORFs), ser transmitido de forma singular e com um modo ação muito efetivo. Pacientes infetados com o vírus da hepatite B, dependendo da idade em que foram infetados, podem ser diferenciados em pacientes agudos ou devido ao historial de progressão da doença ser considerados pacientes crónicas, tendo um risco elevado de virem a contrair uma de duas patologias no futuro – cirrose hepática e cancro do fígado. Actualmente existem dois regimes terapêuticos utilizados contra a hepatite B crónica, sendo estes “Nucleos(t)ide analogues” (NUCs) e tratamentos a base de interferões. Contudo, apesar de promoverem uma cura funcional, estes tratamentos são considerados ineficazes a longo prazo contra a infeção, uma vez que não conseguem erradicar o ADN viral (cccADN) dos hepatócitos infetados e o seu consumo é imprescindível a partir do momento do seu diagnóstico. À semelhança de outras doenças virais crónicas, como HIV e Hepatite C também pacientes infectados com o virus da Hepatite B devido á exposição do mesmo por tempo indeterminado até ao final da vida, ficam sujeitos a uma continua disfunção a nivel celular. As células T, membros activos do nosso sistema imunitário, após combate contínuo perante a infeção, acabam por perder gradualmente a sua função contra o virus e acabam por entrar num estado de exaustão. Este processo está documentado em vários estudos científicos e sugere que não é necessariamente o grau e intensidade da infeção viral que aumenta, mas sim o próprio sistema imunitário que, por estar em constante esforço, acaba por ser ineficaz em erradicar o virus do corpo humano. No entanto, a comunidade científica está a direcionar esforços para a criação de novas medidas terapêuticas, que passam por fazer um targeting viral e utilizar mecanismos de imunoterapia que promovam a erradicação do vírus via a eliminação do ADN viral das células infetadas. Como exemplo, as células “mucosal-associated invariant T” (MAIT) são vistas como uma possível nova abordagem imunoterapêutica contra o vírus da hepatite B. As células MAIT constituem um subsistema das células T, sendo caracterizadas por serem inatas, não convencionais e reconhecerem metabolitos de riboflavina microbiana (Vitamina B2). Este reconhecimento acontece no seguimento da secreção de riboflavina microbiana por parte de diversas espécies bacterianas e fungos e são apresentadas as células MAIT por intermédio da molécula não-polimórfica do complexo de histocompatibilidade principal (“major histocompatibility complex”, MHC) classe I (MR1). Estas células estão ainda evolutivamente conservadas entre várias espécies e podem ser encontradas em larga escala nos tecidos da mucosa humana, sangue periférico e fígado, existindo uma correlação direta com a acumulação por parte destas células em locais de infeção e fornecimento de proteção contra infeções. Tendo por base a sua localização celular e a sua frequência no fígado, é sugerido que em ambientes de exaustão imunitária como é o caso da hepatite B, as células MAIT podem subsistir e estar funcionalmente ativas, imitando o papel imunitário das células T contra a infeção. Adicionalmente, as células MAIT dispõem de diversas funções effectoras quando estimuladas e, consequentemente, activas. A produção de citoquinas pro-inflamatórias, tais como IFN-ү e TNF-α, assim como degranulação, citotoxicidade, proliferação celular (marcador Ki-67) e respostas dependentes/independentes da presença do MR1, previamente referido, são algumas das funções effectoras relevantes levadas a cabo por estas células e que influenciam o seu desempenho junto do corpo humano. É importante mencionar que as células MAIT só recentemente comecaram a ser estudadas de uma forma mais abrangente estando associadas a diferentes patologias, como é o caso deste projecto, no qual nos focamos no papel destas células no contexto do virus da hepatite B. Contudo, na sua grande maioria, os marcos existentes referentes á função celular destas células remetem para infeções bacterianas, uma vez que estas células activamente reconhecem metabolitos produzidos por espécies bacterianas, nomeadamente no caso da Eschericia coli. O foco do nosso projecto passou pela caracterização de células MAIT, previamente isoladas de amostras de PBMCs de dadores saudáveis e doentes crónicos infetados com hepatite B, com o intuito de comparar o seu fenótipo, assim como a sua resposta funcional aquando estimulação com citoquinas recombinantes, neste caso as interleucinas IL-12 e IL-18. Além disso, estas células foram ainda avaliadas quanto à expressão de três painéis de anticorpos diferentes: 1) “Checkpoint Inhibitors” (PD-1, TIM3 e LG3), 2) “Activation Markers” (CD25, CD38, CD69 e HLA-DR) e 3) “Pro-Inflammatory Cytokines” (IFN-ү, TNF-α e IL-2), e analisadas através de citometria de fluxo. Ao mesmo tempo, o perfil expressivo de citoquinas e quimiocinas das células MAIT foi examinado na presença de uma linhagem celular humana (B lymphoblast - C1R) e aquando estimulação com um composto agonista do MR1 (Diclofenac). As células MAIT de 3 pacientes saudáveis e 3 pacientes crónicos infectados com o virus da hepatite B foram testadas. É sabido que os marcadores avaliados são expressos pelas células MAIT em pacientes saudáveis. Contudo, o intuito de avaliarmos os mesmos em pacientes infectados passou por perceber se, na presença de uma infeção crónica, estas células conseguiriam permanecer funcionais. Ainda assim, foi necessário perceber se o virus ou o tempo de infeção, que pode variar de paciente para paciente, promove uma alteração na frequência das células MAIT e na produção dos diversos marcadores testados. Embora os nossos dados preliminares sejam indicativos de que as células MAIT são ativamente funcionais em pacientes crónicos com hepatite B, comparativamente com os pacientes saudáveis testados, no futuro é necessária a recriação destas experiências num maior número amostral, uma vez que o nosso valor de N neste projeto é limitado. Não obstante, foi possível concluir com este projeto que células MAIT de pacientes infectado com HBV conseguem ser estimuladas e activadas pelas duas citoquinas recombinantes anteriormente referidas, IL-12 e IL-18, produzindo diversas citoquinas necessárias para que a sua actividade citotóxica seja equiparável as células MAIT de pacientes saudáveis. No entanto, foi verificado que a frequência dos marcadores de exaustão testados aparenta ser superior em pacientes crónicos. Contudo, seria importante testar células MAIT provenientes de amostras hepáticas de pacientes crónicos, com o objetivo de comparar com os resultados obtidos neste projecto, uma vez que o fígado é um órgão de alto risco em caso de infeção por hepatite B. Não descurando, os dados obtidos neste projeto mostram que as células MAIT poderão ter um papel imunoterapêutico promissor contra o vírus da hepatite B em combinação com terapias já existentes. O estudo cientifico realizado no âmbito de tese de mestrado demonstrou que as células MAIT não seguem o caminho clássico de exaustão celular e conseguem reter parcialmente a sua funcionalidade em ambientes desfavoráveis, como é o caso do fígado e sangue de pacientes crónicos com hepatite B. Por conseguinte, isto é indicativo de que as células MAIT são um alvo promissor quanto ao seu uso no âmbito da imunoterapia em infeções virais crónicas e no tratamento tumoral onde o local activo da infeção seja um ambiente resiliente. Para concluir, torna-se imeprativo mencionar que existem diversas questões para as quais não existem ainda respostas evidentes relativamente ao papel activo das células MAIT. Contudo, sabemos que estas células representam um facção substancial de células T especifícas circulatórias e teciduais no corpo humano. Deste modo, um maior número de estudos ciêntificos são fundamentais para compreender a contribuição das células MAIT para uma resposta imunitária contra o virus do HBV e outras infeções virais.Chen, AntonyRodrigues, Maria Gabriela, 1965-Repositório da Universidade de LisboaAlves, Tiago Nuno Ribeiro2019-07-11T13:49:42Z201920192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/39063TID:202288455enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:37:16Zoai:repositorio.ul.pt:10451/39063Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:52:49.643766Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Immunological Characterization of Mucosal-Associated Invariant T (MAIT) Cells in chronically Hepatitis B infected patients |
title |
Immunological Characterization of Mucosal-Associated Invariant T (MAIT) Cells in chronically Hepatitis B infected patients |
spellingShingle |
Immunological Characterization of Mucosal-Associated Invariant T (MAIT) Cells in chronically Hepatitis B infected patients Alves, Tiago Nuno Ribeiro Hepatite B Células MAIT Imunoterapia Teses de mestrado - 2019 Departamento de Biologia Animal |
title_short |
Immunological Characterization of Mucosal-Associated Invariant T (MAIT) Cells in chronically Hepatitis B infected patients |
title_full |
Immunological Characterization of Mucosal-Associated Invariant T (MAIT) Cells in chronically Hepatitis B infected patients |
title_fullStr |
Immunological Characterization of Mucosal-Associated Invariant T (MAIT) Cells in chronically Hepatitis B infected patients |
title_full_unstemmed |
Immunological Characterization of Mucosal-Associated Invariant T (MAIT) Cells in chronically Hepatitis B infected patients |
title_sort |
Immunological Characterization of Mucosal-Associated Invariant T (MAIT) Cells in chronically Hepatitis B infected patients |
author |
Alves, Tiago Nuno Ribeiro |
author_facet |
Alves, Tiago Nuno Ribeiro |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Chen, Antony Rodrigues, Maria Gabriela, 1965- Repositório da Universidade de Lisboa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Alves, Tiago Nuno Ribeiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Hepatite B Células MAIT Imunoterapia Teses de mestrado - 2019 Departamento de Biologia Animal |
topic |
Hepatite B Células MAIT Imunoterapia Teses de mestrado - 2019 Departamento de Biologia Animal |
description |
Tese de mestrado, Biologia Humana e Ambiente, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2019 |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-07-11T13:49:42Z 2019 2019 2019-01-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10451/39063 TID:202288455 |
url |
http://hdl.handle.net/10451/39063 |
identifier_str_mv |
TID:202288455 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134465496186880 |