Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Daniel da Cruz e
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/48449
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Cardiologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
id RCAP_9e7dd8ce296b34bb2ac7e175d58e60ba
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/48449
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdioActividade motrizCardiologiaEnfarte do miocardioDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Cardiologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraIntrodução: O enfarte agudo do miocárdio é uma manifestação potencialmente fatal da doença aterosclerótica coronária, que é uma doença inflamatória crónica. A atividade física tem um conhecido efeito anti-inflamatório, sendo um fator anti-aterosclerótico e protetor cardiovascular. Um perfil de atividade física regular associa-se à redução da morbimortalidade cardiovascular e de outras causas de morte. No entanto, pouco se sabe sobre o impacto da atividade física prévia na forma de apresentação clínica do enfarte. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da atividade física prévia na extensão da doença coronária e da necrose miocárdica e a sua influência sobre a resposta inflamatória da fase aguda do enfarte. Deste modo, procurou-se determinar se a baixa atividade, para além de um fator de risco para enfarte agudo do miocárdio, tem também algum impacto negativo na sua forma de apresentação clínica. Metodologia: Estudo prospetivo de 50 doentes admitidos por enfarte agudo do miocárdio numa Unidade de Cuidados Intensivos Coronários que procurou analisar a associação entre os níveis de atividade física prévia ao enfarte (avaliados através do questionário IPAQ - International Physical Activity Questionnaire) com os parâmetros clínicos, laboratoriais e angiográficos relativos ao episódio de enfarte. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas entre as diferentes categorias de atividade física no que respeita às características demográficas, fatores de risco ou antecedentes cardiovasculares. Os doentes mais ativos apresentaram um maior diferencial entre a proteína C-reativa máxima registada durante o internamento e a da admissão (4,4±4,4 vs 1,9±2,6, p=0,044). Além disso, também a razão da proteína C-reativa se correlacionou com o score de atividade física (r=0,287, p=0,048). Angiograficamente, os doentes mais ativos apresentaram menor número de vasos com lesão (r=-0,421, p=0,004) e necessidade de um menor número de stents durante a intervenção coronária percutânea (r=-0,375, p=0,007). Conclusões: Este estudo confirma que a atividade física protege o doente relativamente à extensão da doença coronária e ao grau de necrose miocárdica. Além disso, este trabalho sugere que os indivíduos mais ativos têm capacidade de reagir com uma resposta inflamatória mais intensa perante um enfarte agudo do miocárdio. Esta reação inflamatória exacerbada pode ser importante para o processo de cicatrização e remodelagem ventricular após o enfarte, podendo desempenhar um papel cardio-protetorBackground: Acute myocardial infarction is a potentially fatal manifestation of coronary artery disease, which is a chronic inflammatory disease. Physical activity has a known anti-inflammatory effect and is therefore an anti-atherosclerotic and cardiovascular protective factor. A regular physical activity profile is associated with reduced cardiovascular morbidity and mortality and with other causes of death. However, the data regarding the impact of prior physical activity on clinical presentation of myocardial infarction is scarce. Purpose: This study aimed to assess the impact of prior physical activity on the extension of coronary disease and myocardial necrosis and its influence on the inflammatory response of the acute phase of myocardial infarction. Thus it is intended to determine whether the low activity, as well a risk factor for acute myocardial infarction, also has some negative impact on its clinical presentation. Materials and methods: Prospective study of 50 patients admitted with acute myocardial infarction in a Coronary Care Unit, trying to analyse the association between levels of prior physical activity (assessed by the IPAQ – International Physical Activity Questionnaire) and clinical, laboratory and angiographic parameters of the infarction episode. Results: We found no significant differences between the different categories of physical activity in relation to demographic characteristics, cardiovascular risk factors and history. More active patients showed a greater C-reactive protein differential, between the maximum recorded during hospitalization and the admission (4.4±4.4 vs 1.9±2.6, p=0.044). In addition, the C-reactive protein ratio was also correlated with the physical activity score (r=0.287, p=0.048). Angiographically, more active patients had a lower number of damaged vessels (r=-0.421, p=0.004) and requiring a smaller number of stents during percutaneous coronary intervention (r=-0.375, p=0.007). Conclusions: This study confirms that physical activity protects the patient from the extension of coronary disease and the degree of myocardial necrosis. Furthermore, this study suggests that more active individuals have the capacity to react with a more intense inflammatory response to myocardial infarction. This exacerbated inflammatory response may be important for ventricular healing and remodelling after infarction and may play a cardio-protective role.2012-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/48449http://hdl.handle.net/10316/48449porCastro, Daniel da Cruz einfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:45Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/48449Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:22.401151Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdio
title Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdio
spellingShingle Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdio
Castro, Daniel da Cruz e
Actividade motriz
Cardiologia
Enfarte do miocardio
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
title_short Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdio
title_full Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdio
title_fullStr Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdio
title_full_unstemmed Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdio
title_sort Impacto da atividade física prévia na apresentação clínica do enfarte agudo do miocárdio
author Castro, Daniel da Cruz e
author_facet Castro, Daniel da Cruz e
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Castro, Daniel da Cruz e
dc.subject.por.fl_str_mv Actividade motriz
Cardiologia
Enfarte do miocardio
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
topic Actividade motriz
Cardiologia
Enfarte do miocardio
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
description Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Cardiologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-03
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/48449
http://hdl.handle.net/10316/48449
url http://hdl.handle.net/10316/48449
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133728149078016