Contributo para uma análise dos contos de Alexandre Parafita : deusas e bruxas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/9063 |
Resumo: | Dissertação de mestrado em Estudos da Criança (área de especialização em análise textual e literatura infantil) |
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Contributo para uma análise dos contos de Alexandre Parafita : deusas e bruxasBruxaFadaDeusaEstereótipoGéneroDescriminaçãoSimbolismoSorcièreFéeDéesseStéréotypeGenreEmancipationSymbolisme82-9382.0Dissertação de mestrado em Estudos da Criança (área de especialização em análise textual e literatura infantil)Efectuámos uma análise de características da personagem bruxa, em contos populares tradicionais, registados em Portugal, no intuito de tentar compreender de que formas se relacionará com as deusas pagãs, as feiticeiras e as fadas. Trata-se de uma personagem ambivalente, ora mulher-bruxa ora mulher-deusa, presente na cultura em geral, na mitologia, na arte, no imaginário infantil… Esta personagem também marca notável presença na literatura infantil, na literatura de tradição oral e na literatura canónica. A mulher, poderosa e independente, figurada na imagem da bruxa e a mulher passiva, terna e dependente, próxima da fada, deram lugar a estereótipos divulgados pela literatura e pelas artes, representando pólos opostos que, aparentemente, nunca se fundem. A bruxa é afastada do lar e vive no espaço exterior, integrando-se na natureza. A fada é inserida no espaço doméstico onde é rainha. O que delimita as fronteiras entre ficção e realidade? Para investigar esta personagem, seleccionaram-se contos em versão escrita da literatura de tradição oral, nos quais se tentou encontrar influências de várias culturas, em particular, dos textos bíblicos e da cultura celta. Destaca-se o papel monoteísta e masculino que a ideologia cristã desempenhou na criação e divulgação da imagem da bruxa em oposição à imagem da deusa-fada. Referencia-se a descriminação de que foi vítima a mulher, no seu direito à sexualidade, à instrução e ao conhecimento ao longo dos séculos. Detectam-se, em muitas narrativas infantis, até no não dito, esta condicionante de comportamentos, de visões do mundo e da vida. Os movimentos emancipadores que marcaram a história dos povos, que valorizaram uma outra imagem da mulher e seu papel na sociedade, terão talvez contribuído para a humanização da figura da bruxa, agora menos feia, menos maldosa… mais complexa, mais próxima da mulher comum.Nous analysons des caractéristiques du personnage sorcière, dans les contes populaires traditionnelles du registre portugais, pour comprendre les rapports de ce personnage avec les déesses payennes, les sorcières et les fées. C’est un personnage ambivalent, soit femme - sorcière, soit femme - déesse, présent dans la culture en général, dans l’art, dans la mythologie et dans l’imaginaire enfantin… Ce personnage a aussi une présence marquante dans la littérature infantile, dans la littérature de tradition orale et dans la littérature Canonique. La femme puissante et indépendante, collée à l’image de la sorcière et la femme passive, tendre et dépendante, proche du personnage de la fée, a donné lieu à des stéréotypes, divulgués par la littérature et par les arts, représentant des pôles opposés qui en apparence, ne fusionnent jamais. La sorcière est éloignée de la maison et vit dans l’espace extérieur, s’intégrant dans la nature. La fée est insérée dans l’espace doméstique où elle est reine. Qu’est ce qui délimite les frontières entre fiction et réalité ? Pour investiguer ce personnage, nous avons séléctionné des contes, en version écrite de la littérature de tradition orale, où nous avons cherché les influences de diverses cultures, en particulier, des textes bibliques et de la culture celtique. Nous mettons en évidence le rôle monotéiste et masculin que, l’idéologie chrétienne a joué dans la création et la divulgation de l’image de la sorcière, en opposition à l’image de la déesse-fée. Nous faisons référence au discrédit dont a été victime la femme, au long des siècles, dans son droit à la sexualité, à l’instruction et à la connaissance. Nous remarquons, dans beaucoup de récits infantiles, même dans les non-dit, un conditionnement du comportement, de la visions du monde et de la vie. Les mouvements d’émancipation qui ont marqué l’histoire des peuples, en valorisant un autre image de la femme et son rôle dans la société, ont peut-être contribué à humaniser le personnage de la sorcière, maintenant moins laide, moins maléfique… plus complexe et proche de la femme commune.Magalhães, Maria de Lurdes da Silva de Magalhães e VasconcelosUniversidade do MinhoAlves, Maria Eva da Cunha Machado2008-07-072008-07-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/9063porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:22:06Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/9063Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:15:33.249316Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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