Orquestra de Jazz de Matosinhos: a construção de uma orquestra de Jazz em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guedes, José Pedro Barbosa da Cunha Mendonça
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/11582
Resumo: Introdução: A minha atividade artística e criativa nos últimos anos tem sido ocupada, quase em exclusivo, pela direção artística e musical da Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM) que hoje é reconhecida e se tem afirmado como a mais importante formação deste género em Portugal, desempenhando o papel de uma Orquestra Nacional de Jazz. A este reconhecimento nacional, a orquestra tem conseguido acrescentar o reconhecimento internacional, o que levou a orquestra a tocar com algumas das mais importantes figuras do jazz mundial, em salas de concerto e clubes de jazz prestigiados em Portugal e em diversos países na Europa e nos EUA. A OJM foi alargando o âmbito da sua atuação ao longo destes anos de existência. Hoje, é um projeto artístico multifacetado composto por: 1. uma Orquestra de Jazz que é um instrumento que procura a excelência artística e musical ao serviço deste género musical, sendo um fórum de compositores que promove a criação e a diversidade musical através da encomenda sistemática de novas composições e arranjos; 2. um Serviço Educativo dirigido aos alunos das escolas infantis, primárias, básicas e secundárias do concelho de Matosinhos, preocupado com a prática musical e artística enquanto bem essencial para o bem-­‐estar, promovendo a criação de novos públicos mais bem informados; 3. um centro chamado CARA (Centro de Alto Rendimento Artístico) em parceria com o INESC-­‐TEC e FEUP, que materializar-­‐se-­‐á no futuro espaço que vamos ocupar no quarteirão reabilitado da Real Vinícola, em que pretendemos encontrar novas formas de utilizar a tecnologia para estudarmos a improvisação, a interação em tempo real e promovermos a criatividade e a espontaneidade musical. Mas apesar de hoje termos este raio de ação alargada, o principal objetivo da criação da OJM foi a existência de uma orquestra de jazz profissional em Portugal que se equiparasse às melhores orquestras de jazz mundiais. É este projeto e o seu percurso que eu quero falar neste trabalho para a atribuição do título de especialista na área do Jazz. Assumo desde a fundação a direção geral e artística deste projeto. A direção musical da orquestra é partilhada com o Carlos Azevedo, e conto com o apoio na parte administrativa e na gestão de Jorge Coelho. Um projeto desta natureza, e com este ambicioso objetivo depende de vários fatores: 1. um projeto artístico e musical original e coerente; 2. um grupo de músicos qualificados que conheça e domine a linguagem jazzística; 3. um forte e sustentado apoio institucional; 4. condições de trabalho e ensaio adequados. A OJM percorreu, e continua a percorrer este percurso.
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