Envelhecimento e cancro: Revisão sistemática

• Autor(a) principal: Carvalho, Sónia Daniela Oliveira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/19690
• topic: Envelhecimento; Cancro; Alterações moleculares

O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo comum a todos os seres vivos e principalmente caracterizado pela involução funcional das células, tecidos e órgãos que resulta no aumento da probabilidade do aparecimento de doenças crónicas, tais como doença de Alzheimar, Diabetes Tipo II ou Cancro, contribuindo por isso para um aumento da mortalidade. Das supracitadas doenças crónicas, destaca-se o cancro por se manter um dos maiores problemas dos países desenvolvidos devido ao crescente envelhecimento ao longo das últimas décadas. O cancro é caracterizado por uma proliferação descontrolada de células com capacidade invasora a outros tecidos. A incidência de cancro aumenta de forma considerável com a idade e assim torna-se crucial a compreensão dos mecanismos básicos envolvidos no processo de envelhecimento de forma a permitir um adiamento putativo ou mesmo uma eficaz eliminação do aparecimento de doenças como o cancro. Além disso, a compreensão dos mecanismos moleculares e as suas etapas podem auxiliar no apoio, no diagnóstico precoce e auxílio no desenvolvimento de futuras terapias. Tendo isto em conta, foi realizada uma revisão sistemática de artigos selecionados no PubMed (n=23), a fim de encontrar evidências sobre os aspetos moleculares que são subjacentes ao processo de envelhecimento e comuns a cancros relacionados com a idade. Os resultados obtidos neste trabalho demonstraram que a senescência celular e as alterações epigenéticas são as modificações mais frequentemente encontradas em cada um dos processos. Relativamente às outras alterações moleculares pesquisadas como fazendo parte dos “hallmarks of aging”, a perda de proteostasia e exaustão das células estaminais, não demosntraram nestes artigos uma relação de proximidade molecular causadora de cancros associados à idade. Este resultado pode, porém, ser justificado pela limitação dos critérios de legibilidade utilizados neste trabalho. Por último, foram evidenciados tratamentos eficazes, incluindo, antioxidantes, anti-inflamatórios e a restrição calórica que têm a capacidade de minimizar a probabilidade do aparecimento do cancro em indivíduos envelhecidos.