À FORÇA DE PADECER: CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOR COMO EXPERIÊNCIA ONTOLÓGICA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/26296 |
Resumo: | A dor e o sofrimento têm tido, ao longo da história, um lugar especial no âmbito da filosofia prática. Do ponto de vista do cuidado de si, são aquilo que a moral grega procura evitar, com a racionalidade da conduta orientada para a eudaimonia. Do ponto de vista cristão, têm um papel redentor no caminho para vencer o terrenal. Em ambos os casos, são marca e sintoma do que hoje chamamos condição antropológica: sofrer é ser vulnerável à dor e à morte, quer própria quer alheia. Nesse sentido, a vulnerabilidade impregna a existência do ser humano e é susceptível de abordagens positivas e epistemológicas. No entanto, de um ponto de vista fenomenológico, é a experiência da dor, nos seus abismos e ápices, que revela esse modo de ser em que o ente humano se encontra com a sua pele ontológica: com o limite do seu ser, em que soma e psyche se não distinguem. É essa experiência ontológica do limite que vou procurar abordar, num contexto em que a fenomenologia e a psicanálise se tocam, e se diferenciam aspectos existenciais, culturais e cognitivos. |
id |
RCAP_9fafddd82c5e8fac13dd878b0c6c1b9f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:dspace.uevora.pt:10174/26296 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
À FORÇA DE PADECER: CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOR COMO EXPERIÊNCIA ONTOLÓGICADorSofrimentoTraumaFenomenologiaHeideggerPsicanáliseFreudWinnicottA dor e o sofrimento têm tido, ao longo da história, um lugar especial no âmbito da filosofia prática. Do ponto de vista do cuidado de si, são aquilo que a moral grega procura evitar, com a racionalidade da conduta orientada para a eudaimonia. Do ponto de vista cristão, têm um papel redentor no caminho para vencer o terrenal. Em ambos os casos, são marca e sintoma do que hoje chamamos condição antropológica: sofrer é ser vulnerável à dor e à morte, quer própria quer alheia. Nesse sentido, a vulnerabilidade impregna a existência do ser humano e é susceptível de abordagens positivas e epistemológicas. No entanto, de um ponto de vista fenomenológico, é a experiência da dor, nos seus abismos e ápices, que revela esse modo de ser em que o ente humano se encontra com a sua pele ontológica: com o limite do seu ser, em que soma e psyche se não distinguem. É essa experiência ontológica do limite que vou procurar abordar, num contexto em que a fenomenologia e a psicanálise se tocam, e se diferenciam aspectos existenciais, culturais e cognitivos.DWWe2020-01-06T17:04:31Z2020-01-062019-12-05T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10174/26296http://hdl.handle.net/10174/26296porBorges-Duarte, I.: “À força de padecer. Considerações sobre a dor como experiência ontológica.” Natureza Humana (São Paulo), v. 21, n. 2 (2019), 112-129.2175-2834http://revistas.dwwe.com.br/index.php/NH/article/view/406Praxisibd@uevora.pt325Borges-Duarte, Ireneinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T19:20:41Zoai:dspace.uevora.pt:10174/26296Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:16:29.598196Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
À FORÇA DE PADECER: CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOR COMO EXPERIÊNCIA ONTOLÓGICA |
title |
À FORÇA DE PADECER: CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOR COMO EXPERIÊNCIA ONTOLÓGICA |
spellingShingle |
À FORÇA DE PADECER: CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOR COMO EXPERIÊNCIA ONTOLÓGICA Borges-Duarte, Irene Dor Sofrimento Trauma Fenomenologia Heidegger Psicanálise Freud Winnicott |
title_short |
À FORÇA DE PADECER: CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOR COMO EXPERIÊNCIA ONTOLÓGICA |
title_full |
À FORÇA DE PADECER: CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOR COMO EXPERIÊNCIA ONTOLÓGICA |
title_fullStr |
À FORÇA DE PADECER: CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOR COMO EXPERIÊNCIA ONTOLÓGICA |
title_full_unstemmed |
À FORÇA DE PADECER: CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOR COMO EXPERIÊNCIA ONTOLÓGICA |
title_sort |
À FORÇA DE PADECER: CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOR COMO EXPERIÊNCIA ONTOLÓGICA |
author |
Borges-Duarte, Irene |
author_facet |
Borges-Duarte, Irene |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Borges-Duarte, Irene |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Dor Sofrimento Trauma Fenomenologia Heidegger Psicanálise Freud Winnicott |
topic |
Dor Sofrimento Trauma Fenomenologia Heidegger Psicanálise Freud Winnicott |
description |
A dor e o sofrimento têm tido, ao longo da história, um lugar especial no âmbito da filosofia prática. Do ponto de vista do cuidado de si, são aquilo que a moral grega procura evitar, com a racionalidade da conduta orientada para a eudaimonia. Do ponto de vista cristão, têm um papel redentor no caminho para vencer o terrenal. Em ambos os casos, são marca e sintoma do que hoje chamamos condição antropológica: sofrer é ser vulnerável à dor e à morte, quer própria quer alheia. Nesse sentido, a vulnerabilidade impregna a existência do ser humano e é susceptível de abordagens positivas e epistemológicas. No entanto, de um ponto de vista fenomenológico, é a experiência da dor, nos seus abismos e ápices, que revela esse modo de ser em que o ente humano se encontra com a sua pele ontológica: com o limite do seu ser, em que soma e psyche se não distinguem. É essa experiência ontológica do limite que vou procurar abordar, num contexto em que a fenomenologia e a psicanálise se tocam, e se diferenciam aspectos existenciais, culturais e cognitivos. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-12-05T00:00:00Z 2020-01-06T17:04:31Z 2020-01-06 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10174/26296 http://hdl.handle.net/10174/26296 |
url |
http://hdl.handle.net/10174/26296 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Borges-Duarte, I.: “À força de padecer. Considerações sobre a dor como experiência ontológica.” Natureza Humana (São Paulo), v. 21, n. 2 (2019), 112-129. 2175-2834 http://revistas.dwwe.com.br/index.php/NH/article/view/406 Praxis ibd@uevora.pt 325 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
DWWe |
publisher.none.fl_str_mv |
DWWe |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136647006126080 |