Doenças do intestino delgado de tratamento cirúrgico em animais de companhia: estudo retrospetivo da casuística clínica do Hospital Veterinário da UTAD referente ao período entre Agosto de 2005 e Outubro de 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fachada, Megane Tiphanie
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7937
Resumo: O tratamento de situações de traumatismo com possível perfuração intestinal, bem como, de obstruções do intestino delgado, nomeadamente por corpo estranho, invaginação, neoplasia, encarceramento intestinal ou vólvulo mesentérico, é frequentemente o cirúrgico. Independentemente da causa subjacente, a viabilidade intestinal é a consideração mais importante a ter em conta no momento intraoperatório, podendo ditar o sucesso/insucesso de qualquer técnica cirúrgica. A enterotomia é a técnica cirúrgica de eleição em situações de viabilidade intestinal preservada. Por outro lado, em situações de viabilidade intestinal comprometida, opta-se por uma enterectomia. As complicações pós-operatórias de cirurgia intestinal mais observadas, em animais de companhia, são: peritonite, deiscência da sutura, íleo adinâmico e síndrome de intestino curto. O prognóstico da cirurgia intestinal varia de acordo com a porção intestinal afetada, comprometimento do tecido, causa predisponente, duração dos sinais clínicos e complicações pós-operatórias que possam surgir. O presente trabalho, de cariz retrospetivo, analisou 27 casos clínicos (22 cães e 5 gatos) que deram entrada no Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (HVUTAD), submetidos a cirurgia do intestino delgado, entre o período de Agosto de 2005 e Outubro de 2015. O objetivo deste estudo foi comparar os diferentes tipos de técnica cirúrgica a que os animais foram submetidos, através da duração dos sinais clínicos, duração de internamento, valor de albumina sérica e sintomatologia pré-operatória exibida. Os resultados mostraram que a causa mais comum de cirurgia intestinal foi a obstrução por corpo estranho. Os sinais clínicos mais frequentes no cão foram o vómito, a depressão, a anorexia e a diarreia e no gato foram o vómito e a depressão. A técnica cirúrgica mais utilizada em cães e gatos foi a enterectomia e enterotomia, respetivamente. As complicações pós-operatórias mais observadas nos 27 animais foram peritonite e íleo adinâmico. Os dois óbitos presentes no estudo ocorreram ambos após enterectomia e por desenvolvimento de deiscência da sutura. Apesar da dor abdominal, no cão, ter sido diferenciadora da técnica cirúrgica realizada, o presente estudo não permitiu concluir a existência de um paralelismo entre a sintomatologia pré-operatória apresentada e o tipo de técnica cirúrgica realizada posteriormente.
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Por outro lado, em situações de viabilidade intestinal comprometida, opta-se por uma enterectomia. As complicações pós-operatórias de cirurgia intestinal mais observadas, em animais de companhia, são: peritonite, deiscência da sutura, íleo adinâmico e síndrome de intestino curto. O prognóstico da cirurgia intestinal varia de acordo com a porção intestinal afetada, comprometimento do tecido, causa predisponente, duração dos sinais clínicos e complicações pós-operatórias que possam surgir. O presente trabalho, de cariz retrospetivo, analisou 27 casos clínicos (22 cães e 5 gatos) que deram entrada no Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (HVUTAD), submetidos a cirurgia do intestino delgado, entre o período de Agosto de 2005 e Outubro de 2015. O objetivo deste estudo foi comparar os diferentes tipos de técnica cirúrgica a que os animais foram submetidos, através da duração dos sinais clínicos, duração de internamento, valor de albumina sérica e sintomatologia pré-operatória exibida. Os resultados mostraram que a causa mais comum de cirurgia intestinal foi a obstrução por corpo estranho. Os sinais clínicos mais frequentes no cão foram o vómito, a depressão, a anorexia e a diarreia e no gato foram o vómito e a depressão. A técnica cirúrgica mais utilizada em cães e gatos foi a enterectomia e enterotomia, respetivamente. As complicações pós-operatórias mais observadas nos 27 animais foram peritonite e íleo adinâmico. Os dois óbitos presentes no estudo ocorreram ambos após enterectomia e por desenvolvimento de deiscência da sutura. Apesar da dor abdominal, no cão, ter sido diferenciadora da técnica cirúrgica realizada, o presente estudo não permitiu concluir a existência de um paralelismo entre a sintomatologia pré-operatória apresentada e o tipo de técnica cirúrgica realizada posteriormente.The treatment of traumatic situations when the intestinal peritoneal perfusion occurs, as well as, the obstruction of the small intestine, foreign body, invagination, neoplasia, intestinal incarceration, or mesenteric volvulus, is usually the surgical treatment. Regardless of the associated cause, intestinal viability is always the priority and shows the success or otherwise of the surgical procedures. The enterotomy is the surgical technique more used in situations of preserved intestinal viability. However, when the compromise of the intestinal function occurs, the enterectomy is the option. The most frequent postoperative complications of intestinal surgery in companion animals are: peritonitis, suture dehiscence, adynamic ileus and short bowel syndrome. The prognosis of intestinal surgery varies according to the affected intestinal portion, tissue involvement, predisposing cause, duration of clinical signs and postoperative complications that may occur. The present retrospective study analysed 27 clinical cases (22 dogs and 5 cats) of the Veterinary Hospital of the University of Trás-os-Montes and Alto Douro (HVUTAD), submitted to small bowel surgery between August 2005 and October 2015. The objective of this study was to compare the different types of surgical technique, through the duration of clinical signs, duration of hospitalization, serum albumin value and preoperative symptomatology displayed. The results showed that the most common etiology of intestinal surgery was EC obstruction. The most frequent clinical signs in the dog were vomiting, depression, anorexia and diarrhea and in the cat, vomiting and depression. The most used surgical technique in dogs and cats was enterectomy and enterotomy, respectively. The most frequent postoperative complications in the 27 animals were peritonitis and adynamic ileus. The two deaths present in the study occurred both after enterectomy and developed of dehiscence of the suture. Although abdominal pain, in the dog be differentiated from the applied surgical technique, the present study did not allow the establishment of a relationship between the preoperative symptomatology and a type of surgical technique performed.2017-08-18T11:14:45Z2017-08-18T00:00:00Z2017-08-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/7937TID:202033090porFachada, Megane Tiphanieinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-17T02:08:10Zoai:repositorio.utad.pt:10348/7937Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-17T02:08:10Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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Animais de estimação
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Tratamento cirúrgico
Sintomatologia pré-operatória
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