Estudo comparativo da expressão imunohistoquímica de TGFβ1 em lesões de mama da gata e da cadela

• Autor(a) principal: Pina, Joana Isabel Ferreira dos Santos
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7209
• topic: Neoplasias; Imunohistoquímica; Carcinoma mamário; Felídeo; Canídeo; TGF

O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum na mulher, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento. Em Portugal, são detetados anualmente cerca de 4500 novos casos de cancro da mama, morrendo cerca de 1500 mulheres com esta doença. Das neoplasias diagnosticadas em gatos, os tumores mamários são os terceiros mais frequentes, e correspondem a 12% de todos os tumores e a 17% dos tumores das fêmeas. Os tumores mamários espontâneos constituem os tumores mais comuns na cadela, representando entre 25 a 50% de todas as neoplasias nesta espécie. A superfamília de fatores de crescimento transformante beta (TGFβ) regula processos tais como a divisão, diferenciação, motilidade, adesão e morte celulares em praticamente todos os tecidos. Verificou-se que o TGFβ funciona tanto como supressor como promotor de tumores. Uma vez que os carcinomas da mama da cadela ou da gata partilham várias características clínicas e moleculares com os carcinomas mamários humanos, é importante uma melhor caracterização da ação do TGFβ nestas neoplasias, com vista a um potencial uso como modelo para o cancro da mama da mulher. Com este trabalho pretende-se contribuir para a caracterização biopatológica das neoplasias mamárias em gatas e cadelas, mais precisamente sobre a expressão do TGFβ1 durante o desenvolvimento destas neoplasias. Na gata, a nível epitelial, a maioria das alterações apresentou alta expressão de TGFβ1. Pelo contrário, no estroma, os grupos histológicos estudados apresentaram baixa expressão de TGFβ1 na maioria das amostras. Relativamente à cadela, a expressão de TGFβ1 nas células epiteliais foi baixa na maior parte das amostras, independente do grupo histológico. No estroma, observaram-se diferenças estatisticamente significativas (p <0,0001) entre os diferentes grupos histológicos: a maioria das amostras de hiperplasias (n=4; 57,1%) e de carcinomas invasores (n=42; 55,3%) apresentou alta expressão de TGFβ1, por outro lado, quase todas as amostras de neoplasias benignas (n=21; 95,5%) apresentaram baixa expressão de TGFβ1. Estudos futuros são essenciais para a pesquisa de novos fatores de prognóstico, tanto histológicos como biomarcadores moleculares, que permitam prever a evolução clínica dos carcinomas da gata e na cadela.