Os hinos e a música comemorativa no contexto das celebrações do 1º de Dezembro em Évora na segunda metade de oitocentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Filipe
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/30726
Resumo: O hino alargou-se durante o liberalismo oitocentista também às manifestações musicais políticas, militares e patrióticas. A grande agitação política que caracterizou todo o século XIX em Portugal, foi assim acompanhada de momentos de contagiante exaltação musical, como aliás os próprios títulos dos hinos então surgidos exemplificam. Desde a Revolução Liberal, passando pela Independência do Brasil e a Guerra Civil até à Regeneração e ao Nacionalismo temos vários hinos constitucionais, com destaque para o Hino da Carta, o Hino de D. Miguel «O Rei Chegou» expressando o fervor absolutista, o Hino da Maria da Fonte, expressão máxima da consolidação do Regime Liberal, o Hino Regenerador e O Primeiro de Dezembro de 1640, este último comemorando as glórias do passado em prol da afirmação nacionalista e patriótica. Sem dúvida marcante no quadro das comemorações políticas durante a segunda metade do século XIX foi precisamente o 1º de Dezembro, manifestação jubilatória de fervor nacionalista, associada à restauração da nacionalidade. Évora não fugiu à regra, tendo-se tornado central no contexto desta festividade. No ano de 1881, com a queda do Ministério Progressista, a cidade entrou numa espécie de ebulição política que só foi amainada com as comemorações do 1º de Dezembro, tendo ficado este dia conhecido como aquele em que se fez «ensarilhar armas a progressistas e regeneradores». A presente comunicação tem por objectivo apresentar uma série de factos determinantes associados às manifestações musicais de pendor político em Évora durante a segunda metade de oitocentos, sobretudo as que estiveram ligadas às comemorações do 1º de Dezembro no quadro do espaço urbano da cidade. O estudo pretende assim fazer a relação integrada desses factos, com vista ao enriquecimento da narrativa histórica do que foi o panorama musical eborense, nas perspetivas, simultaneamente do hino político, e das comemorações do Dia da Restauração.
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