A escola em análise entre 2006 e 2016: Das questões de (in)disciplina, transgressão e violência.

• Autor(a) principal: Nunes, Laura M.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Caridade, Sónia, Sani, Ana Isabel
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/7896
• topic: Escola; Estudos portugueses; Violência; Indisciplina; Pesquisa de revisão

A escola, enquanto agente de socialização, desempenha um papel crucial na formação das sucessivas gerações e na vida das sociedades contemporâneas. Impõe-se, por isso, uma revisão estruturada do que tem sido estudado, nos últimos anos, neste contexto, identificando as suas principais conclusões e aspetos que devem merecer maior atenção por parte da comunidade científica. Este artigo incide sobre a investigação produzida nos últimos 10 anos a respeito das escolas, do seu funcionamento e dos diversos atores sociais que as integram. Mais concretamente, pretende-se traçar um perfil geral de uma década de estudos, entre 2006 e 2016, através de uma revisão da literatura e das publicações disponíveis. Assim e com recurso a diferentes motores de pesquisa (e.g., B-on, Google Scholar, Scielo) e a palavras-chave como “alunos, profissionais e professores”, “comportamentos atitudes escola”, “indisciplina escola”, “violência escola”, e “funcionamento escolar” foram identificados 55 artigos desenvolvidos em escolas portuguesas entre 2006 e 2016. Foi, assim, possível perceber que muitos dos trabalhos produzidos em contexto português se encontram publicados em revistas internacionais; de que os trabalhos neste domínio recorrem maioritariamente à perspetiva dos estudos empíricos para analisar as diferentes problemáticas; a violência e o comportamento disruptivo e as questões relativas à avaliação/educação constituem os principais temas analisados. Concluiu-se, deste modo, que a investigação produzida em meio escolar carece de uma certa reestruturação, afigurando-se necessário que procure contemplar nas suas análises outros atores sociais e outras técnicas que possibilitem uma compreensão mais holística e contextualizada dos fenómenos.