Avaliação do maneio reprodutivo em bovinos de carne: estudo retrospetivo de uma herdade do Baixo Alentejo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Menezes, Maria Beatriz Pires Barbosa Dias Mariano
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/8353
Resumo: Hoje em dia é percetível que uma das maiores preocupações dos produtores de bovinos de carne é a performance reprodutiva do seu efetivo, pois a rentabilidade económica de uma exploração, na maioria das vezes, depende exclusivamente da rentabilidade dos vitelos vendidos. Assim sendo, existe uma preocupação no estudo dos índices reprodutivos e da sua melhoria. Um dos índices reprodutivos mais utilizados é o intervalo entre partos, este permite realizar a avaliação reprodutiva de uma exploração de uma forma eficiente e fácil. Contudo, são vários os fatores que podem influenciar o intervalo entre partos, tais como condições climatéricas do ano, mês de parto, idade da progenitora, genótipo e sexo do vitelo, estado nutricional da reprodutora, estatuto sanitário do efetivo, entre outros. Neste contexto, foram avaliados dois núcleos de bovinos de carne de diferentes raças, Mertolenga e Garvonesa, onde foi analisada a performance reprodutiva, em dois sistemas de reprodução distintos (touro ano todo na vacada versos touro apenas 6 meses na vacada). Como índice reprodutivo chave, foi selecionado o intervalo entre partos, avaliando-o conforme o ano e mês de parição, a idade da vaca reprodutora e o genótipo e sexo do vitelo nascido. Para tal, foram recolhidos e analisados estatisticamente (análise de variância e estatística básica), todos os registos desde 2000 a 2016 do efetivo Mertolengo e desde 2010 até 2016 do efetivo da raça Garvonesa. Relativamente aos resultados obtidos podemos concluir que no efetivo de raça Mertolenga o intervalo entre partos, ao longo dos anos em estudo, apesar de ainda longe do ideal de 365 dias, têm vindo a diminuir apresentando no ano de 2015 um valor de 446 dias. Podemos ainda concluir que os fatores ano e mês de parto, idade da fêmea reprodutora e genótipo do vitelo influenciam significativamente (P≤0,01) o intervalo entre partos. O mesmo não se verifica com o fator sexo do vitelo, que apresenta um P≥0,5, logo não influência significativamente o intervalo entre partos. No que diz respeito ao núcleo de raça Garvonesa podemos afirmar que a mudança de maneio reprodutivo, para touro 6 meses na vacada, não está a afetar nem o intervalo entre partos nem a fertilidade. No entanto, a alteração de maneio reprodutivo foi realizada com sucesso, pois os partos encontram-se concentrados pelos meses pretendidos pela exploração (Agosto a Março).
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Contudo, são vários os fatores que podem influenciar o intervalo entre partos, tais como condições climatéricas do ano, mês de parto, idade da progenitora, genótipo e sexo do vitelo, estado nutricional da reprodutora, estatuto sanitário do efetivo, entre outros. Neste contexto, foram avaliados dois núcleos de bovinos de carne de diferentes raças, Mertolenga e Garvonesa, onde foi analisada a performance reprodutiva, em dois sistemas de reprodução distintos (touro ano todo na vacada versos touro apenas 6 meses na vacada). Como índice reprodutivo chave, foi selecionado o intervalo entre partos, avaliando-o conforme o ano e mês de parição, a idade da vaca reprodutora e o genótipo e sexo do vitelo nascido. Para tal, foram recolhidos e analisados estatisticamente (análise de variância e estatística básica), todos os registos desde 2000 a 2016 do efetivo Mertolengo e desde 2010 até 2016 do efetivo da raça Garvonesa. Relativamente aos resultados obtidos podemos concluir que no efetivo de raça Mertolenga o intervalo entre partos, ao longo dos anos em estudo, apesar de ainda longe do ideal de 365 dias, têm vindo a diminuir apresentando no ano de 2015 um valor de 446 dias. Podemos ainda concluir que os fatores ano e mês de parto, idade da fêmea reprodutora e genótipo do vitelo influenciam significativamente (P≤0,01) o intervalo entre partos. O mesmo não se verifica com o fator sexo do vitelo, que apresenta um P≥0,5, logo não influência significativamente o intervalo entre partos. No que diz respeito ao núcleo de raça Garvonesa podemos afirmar que a mudança de maneio reprodutivo, para touro 6 meses na vacada, não está a afetar nem o intervalo entre partos nem a fertilidade. No entanto, a alteração de maneio reprodutivo foi realizada com sucesso, pois os partos encontram-se concentrados pelos meses pretendidos pela exploração (Agosto a Março).Nowadays is noticeable that one of the biggest concerns for beef producers is the reproductive performance of their herds since the economic profitability of a farm, usually, depends exclusively on the sold calves’ profit. Therefore, there is a concern in the study of reproductive indexes and their improvement. One of the most used indexes is the interval between births, this allows us to monitors the reproductive value of a farm in an efficient and easy way. However, there are several factors that may influence the interval between births, such as the climatic conditions, month of calving, age of the mother, calf genotype and sex, reproductive status, health status of the herd amongst other concerns. In this context, two different beef cattle breeds, Mertolenga and Garvonesa, were analysed. The reproductive performance was analysed in two different breeding systems. As a key reproductive index the calving interval was evaluated according to the year and month of calving, the age of the breeding cow, genotype and sex of the calf born. For all of the records from 2000 to 2016 of the Mertolenga herd were collected and analysed statistically (analysis of variance and basic statistics) and from 2010 to 2016 for the herd of the Garvonesa breed. With the obtained results we can conclude that in the Mertolenga herd, the interval between births over the years under study has been decreasing, presenting in 2015 a total of 446 days, although this still far from the ideal of 365 days. We can also conclude that the year and month of calving, the age of the female reproductive and genotype of the calf made a significant influence (P≤0.01) the interval between calving. The same does not happen with the calf gender, which presents a P≥0.5, so does not change significantly the interval between calving. With regard to the Garvonesa breed, we can say that the change in reproductive management for six months is not affecting the interval between births or fertility. However, the change in reproductive management was successfully introduced, since births are concentrated in the months that farm intends (August to March).2017-12-19T19:12:06Z2017-01-01T00:00:00Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/8353porMenezes, Maria Beatriz Pires Barbosa Dias Marianoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:04:55Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/8353Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:12:48.342875Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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Menezes, Maria Beatriz Pires Barbosa Dias Mariano
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VETERINÁRIA
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PRODUTIVIDADE
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BAIXO ALENTEJO
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