Heat shock proteins in translational oncology

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Diana Filipa Moreira de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/33354
Resumo: Proteínas de Choque Térmico são um grupo de proteínas que é induzido em resposta ao stress e situações lesivas. As várias proteínas que pertencem a este grupo estão divididas em famílias, de acordo com o seu peso molecular. Podem ser distinguidas a HSP72, HSP40, HSP60, HSP70, HSP90 e uma família adicional de grandes HSPs. Este é um grupo de proteínas que é constitutivamente expresso em células normais sendo responsável pela homeostase celular. É de facto o seu nível de expressão basal que sustenta os processos que ocorrem num ambiente intracelular saudável. Uma vez que as HSPs interagem com muitas outras proteínas, elas são referidas como “ajudantes moleculares”, enquanto as proteínas que elas ajudam recebem o nome de “proteínas cliente”. Contudo, também existem HSPs que ajudam outras HSPs. Nesta situação elas são chamadas de “co-ajudantes”, como no caso da HSP40 com a HSP70 ou HSP90. Apesar das HSPs terem sido primeiramente descobertas após um choque térmico, atualmente sabe-se que podem ser induzidas por diversos outros estímulos. O seu desempenho em situações de stress é ajudar as células a restaurar o seu ambiente fisiológico, sendo fundamentais para a viabilidade e sobrevivência dos organismos. Células cancerígenas também tiram vantagem destes mecanismos. Um processo oncológico é uma situação lesiva que culmina na activação das HSPs, que contribuem para os piores prognósticos nas doenças neoplásicas. Uma abordagem terapêutica que surgiu com o estudo das HSPs no desenvolvimento tumoral foi a criação de moléculas que inibem as HSPs e as suas funções. Desta forma, a Oncologia Translacional tornou-se um campo muito importante, permitindo que nanoproteínas, como as HSPs, sejam usadas como potenciais alvos anti-cancerígenos. HSP90 é considerada o alvo terapêutico perfeito, entre todas as HSPs, visto que os seus inibidores demonstram os melhores resultados. Uma vez que estes fármacos estão ainda numa fase de experimentação, espécies de roedores e canídeos de laboratório têm sido usados em diversos ensaios clínicos de inibidores de HSPs. Geralmente as HSPs encontram-se excessivamente expressas na maioria dos tumores, tanto em humanos como em animais. Considerando as semelhanças epidemiológicas, morfológicas e biológicas que os seres humanos partilham com os animais de companhia, espera-se que os tumores espontâneos destas espécies sejam o melhor modelo animal para estudar a doença em pacientes humanos.
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Contudo, também existem HSPs que ajudam outras HSPs. Nesta situação elas são chamadas de “co-ajudantes”, como no caso da HSP40 com a HSP70 ou HSP90. Apesar das HSPs terem sido primeiramente descobertas após um choque térmico, atualmente sabe-se que podem ser induzidas por diversos outros estímulos. O seu desempenho em situações de stress é ajudar as células a restaurar o seu ambiente fisiológico, sendo fundamentais para a viabilidade e sobrevivência dos organismos. Células cancerígenas também tiram vantagem destes mecanismos. Um processo oncológico é uma situação lesiva que culmina na activação das HSPs, que contribuem para os piores prognósticos nas doenças neoplásicas. Uma abordagem terapêutica que surgiu com o estudo das HSPs no desenvolvimento tumoral foi a criação de moléculas que inibem as HSPs e as suas funções. Desta forma, a Oncologia Translacional tornou-se um campo muito importante, permitindo que nanoproteínas, como as HSPs, sejam usadas como potenciais alvos anti-cancerígenos. HSP90 é considerada o alvo terapêutico perfeito, entre todas as HSPs, visto que os seus inibidores demonstram os melhores resultados. Uma vez que estes fármacos estão ainda numa fase de experimentação, espécies de roedores e canídeos de laboratório têm sido usados em diversos ensaios clínicos de inibidores de HSPs. Geralmente as HSPs encontram-se excessivamente expressas na maioria dos tumores, tanto em humanos como em animais. Considerando as semelhanças epidemiológicas, morfológicas e biológicas que os seres humanos partilham com os animais de companhia, espera-se que os tumores espontâneos destas espécies sejam o melhor modelo animal para estudar a doença em pacientes humanos.Heat Shock Proteins are a group of proteins that is induced in response to stress and harmful situations. The several proteins that belong to this group are further divided into families, based on their molecular weight, distinguished by the terms HSP27, HSP40, HSP60, HSP70, HSP90 and an additional family of large HSPs. This is a group of proteins that is constitutively expressed in normal cells, being responsible for the maintenance of the celular homeostasis. It is indeed their basal level of expression that sustains the pathways that occur in healthy intracellular environments. Since HSPs interact with multiple other proteins, they are referred to as “molecular chaperones”, while the proteins that they help receive the name of “client proteins”. However, there are some HSPs that assist other HSPs. In this situation they are called “co-chaperones”, as in the case of HSP40 with both HSP70 and HSP90. Although HSPs were first discovered after a heat shock, nowadays it is known that they can be induced by a variety of other stimuli. The work they do in stressful situations is to help the cells to restore their physiological environments, being fundamental for viability and survival of organisms. Cancer cells also take advantage of these mechanisms. An oncologic process is a harmful situation, which culminates with the activation of HSPs, allowing cancer cells to survive to otherwise lethal conditions. They also contribute to the worst prognosis of the neoplastic disease. A therapeutic approach that was invented by studying the role of HSPs in tumorigenesis was the creation of molecules that inhibit HSPs and their functions. This way, Translational Oncology has become a very important field, allowing nanoproteins, like HSPs, to be used as potencial anticancer targets. HSP90 is considered the perfect drug target among all HSPs, with its inhibitors being the ones with the most promising results. Because these drugs are still in the experimental phase, laboratory rodent and canine species have been used in several clinical trials of HSPs inhibitors. Generally, HSPs are overexpressed in the majority of cancers, in both humans and animals. Given the epidemiological, morphologic and biological similarities that human beings share with companian animals, it was concluded that spontaneous tumors in this species provide the best model to study the disease in humans.Lopes, Ana Isabel CaladoRepositório ComumOliveira, Diana Filipa Moreira de2023-07-22T00:30:23Z2020-07-222020-07-22T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/33354TID:202519317enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-28T10:16:20Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/33354Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:11:25.990149Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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