Abordagem clínica à Diabetes Insipidus em cães e gatos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simões, Andreia Inês Amado
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/38133
Resumo: A Diabetes Insipidus (DI) é uma doença metabólica, pouco frequente na clínica de animais de companhia, e resulta na alteração do balanço hídrico do organismo. A DI ocorre devido a uma alteração na síntese ou secreção da hormona antidiurética (ADH), neste caso designada de diabetes insipidus central, ou devido a uma insensibilidade renal à ação da mesma hormona, designada de diabetes insipidus nefrogénica. Estas alterações resultam na falha da reabsorção tubular de água e na produção de grandes volumes de urina diluída, ou poliúria. De modo a evitar a desidratação, o animal desenvolve polidipsia compensatória. Os sinais clínicos mais frequentes de DI são poliúria/polidipsia e densidade urinária baixa. A ADH, sintetizada no hipotálamo e posteriormente armazenada na neurohipófise, é libertada com base na osmolalidade plasmática. Quando a osmolalidade plasmática aumenta, a ADH é libertada para a corrente sanguínea e no rim, principalmente nas células dos ductos coletores, liga-se ao seu recetor e promove a reabsorção de água do filtrado tubular através da inserção de aquaporinas. O diagnóstico da DI é desafiante e baseia-se na exclusão de doenças mais frequentes que apresentem poliúria/polidipsia. Para isso, é necessário realizar-se anamnese, exame físico, hemograma completo, painel bioquímico, análise de urina e exames de imagiologia. O teste de privação de água modificado e a resposta à administração de desmopressina constituem os procedimentos de confirmação diagnóstica de DI, sendo que a última permite diferenciar DI central e DI nefrogénica. O tratamento é efetuado com desmopressina, diuréticos tiazídicos, cloropropamida e dieta apropriada.
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