O conceito de emancipação como uma nova meta educativa na formação humana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1993 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.11/906 |
Resumo: | Entre as questões teológicas e antro-pológicas de âmbito educativo, que nesta época marcam clara e sistematicamente todas as dimensões do “actuar/ser humano”, destacamos especialmente o conceito de “emancipação”. Este termo pedagógico influente na acção educativa, tende a libertar a criança/jovem das coerções, disciplina/autoridade exteriores, sendo visto pelos pedagogos como uma nova meta ou fim educativo (normatividade categórica do homem). Ele constitui a “chave” do entendimento humano e do mundo posmoderno cheio de movimentos emancipadores e autónomos. A sua importância no processo formativo é o conceber a “educação” ou “formação” como uma acção dinâmica processual nos “meios” e nas “situações/ambientes” do educar integralmente o homem. “Emancipação” (de e no homem) /”autonomia” e liberdade (de e no homem) são termos análogos e correntes nos meios educativos (emancipação dos jovens/gerações, da mulher, movimentos sócio-culturais, económicos e políticos, emancipação das étnias e povos nacionalistas…) apresentando-se às vezes com significados contraditórios na área das Ciências Sociais e Humanas. A conotação comparativa que vulgarmente utilizamos entre “emancipação”, “autonomia” e “liberdade”, os valores/interesses/necessidades, as atitudes e comportamentos, são normatividade que partem das reinvindicações dos grupos sociais, das novas gerações/valores e dos avanços científico-tecnológicos, que modificam as normas educativas (pré)estabelecidas. O seu uso, às vezes vulgarmente mal utilizado nas situações/contextos/ambientes, levou a uma desconfiança da verdadeira meta educativa da “emancipação”. Em qualquer campo do saber humano falamos com obsessão da necessidade de “autonomia”/”independência” ou “emancipação” livre de educar a criança/jovem, convertendo-se num “talismã” do processo formativo superador dos obstáculos que podem satisfazer os objectivos e metas educativas do homem a emancipar. Os conceitos pedagógicos (em geral antinómias) mencionados actuam inter/intra-individualmente de modo progressivo na formação da personalidade, na liberdade real (razão crítica, cultura, espírito…) nos valores/interesses/necessidades/motivações/ de formação de “ser pessoa”, nas pré-disposições das atitudes e dos comportamentos do indivíduo na sua conquista de “autorealização”. |
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