A P-Scan de Robert Hare na avaliação da psicopatia : estudo exploratório numa amostra de reclusos portugueses
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/7484 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Psicologia - Área de Especialização em Psicologia da Justiça. |
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A P-Scan de Robert Hare na avaliação da psicopatia : estudo exploratório numa amostra de reclusos portugueses343.95159.97316.624Dissertação de Mestrado em Psicologia - Área de Especialização em Psicologia da Justiça.A ideia para este trabalho surgiu da admiração pelo trabalho de Robert Hare, que nos conduziu a uma definição de psicopatia como um agrupamento de traços de personalidade e comportamentos socialmente desviantes. Só que tanto a PCL-R como a PCL-SV são escalas demoradas a passar e envolvem a presença do psicopata, que normalmente é um recluso, dado ser nas prisões que é mais fácil encontrar um número de sujeitos suficiente para fazer uma investigação. A P-Scan é um instrumento relativamente rápido de passar, com a vantagem de que não exige a presença dos reclusos a avaliar. No entanto, sendo a pressa inimiga da perfeição, é também verdade que não nos permite uma avaliação exaustiva da psicopatia, aliada ao facto de que o instrumento foi concebido para ser usado por profissionais não clínicos, oferecendo-nos um despiste de características psicopáticas. Com este instrumento podemos inferir características psicopáticas ou não dos sujeitos e chegar a uma aproximação que nos despiste de características típicas de um sujeito psicopata. As particularidades deste instrumento, o qual traduzimos e é muito mais simples de usar do que um instrumento moroso como a PCL-R, permitem-nos chegar a conclusões, grosso modo, apenas através da consulta de ficheiros, dispensando a presença da própria pessoa em causa. Este trabalho teve como objectivo um estudo exploratório da identificação da psicopatia através da consulta de ficheiros num estabelecimento prisional português. Os itens organizam-se em três dimensões que correspondem às três facetas chave da psicopatia (cada uma com 30 itens): Interpessoal (relacionamentos, interacção com os outros – e.g. volubilidade, grandiosidade, mentir, trapacear); Afectiva (sentimentos e emoções – e.g. emoções superficiais, ausência de empatia, culpa ou remorso) e Estilo de vida (necessidade de estimulação, impulsividade, comportamento irresponsável, estilo de vida nómada e parasita, ausência de objectivos) (Hare & Hervé, 1999). Isto apenas é exequível se os ficheiros dos sujeitos estiverem suficientemente organizados, o que nem sempre acontece. Quando tal não acontece, a solução é chegar a respostas por aproximação, inferindo-as a partir do comportamento global do sujeito. O presente estudo tem como objectivos, partindo de uma amostra de conveniência, chegar a conclusões sobre as tendências psicopatas do sujeito. A nossa hipótese era de que a P-Scan é um instrumento adequado para identificar factores da psicopatia na população recluída através da consulta de ficheiros. Os resultados obtidos confirmam esta hipótese, pese embora as dificuldades que advêm do facto de em Portugal, principalmente no estabelecimento onde fizemos a investigação, os processos não estarem organizados de modo a ser rápido e simples preencher os impressos da P-Scan. Da análise da fidelidade através do alfa de Cronbach obtivemos um valor de .95, o que significa que a P-Scan (versão portuguesa) tem um alto índice de homogeneidade interna. Contudo, alguns itens apresentam condições item-total bastante baixas. Tal, no entanto, é explicável pelo número reduzido de sujeitos participantes, pois a nossa amostra é constituída apenas por 30 reclusos.The idea for this work arose out of admiration for the work of Robert Hare, who led us to a definition of psychopathy as a group of personality traits and socially deviant behaviours. However, both PCL-R and PCL-SV demand long completion time, and also the presence of the psychopath, who is usually an inmate, as it is easier to find research subjects of this kind in prisons. The P-Scan can be used relatively fast, and does not demand the presence of the inmates to be assessed. However, and because hurry is the number one enemy of perfection, it is also true that it does not allow an exhaustive assessment of psychopathy; also, the instrument was designed to be used by non clinical professionals, serving as a rough screen for psychopathic features. With this tool we may infer whether or not the subjects have psychopathic characteristics and reach an approximation that will function as a pre screening test for psychopathic characteristics. The particularities of this instrument, which we have translated and is much simpler to use than a time consuming instrument such as PCL-R, allow us to reach conclusions, grosso modo, only by consulting files, exempting the presence of the person itself. The aim of this work was to conduct an exploratory study to identify psychopathy by the consultation of files in a Portuguese prison. The items were organized into three dimensions that represent the three key facets of psychopathy (each with 30 items): Interpersonal (e.g., relationships, interaction with others – e.g. glibness, grandiosity, lying, conning); Affective (feelings and emotions – e.g. shallow emotions, lack of empathy, guilt, and/or remorse) and Lifestyle (need for stimulation, impulsivity, irresponsible behaviour, parasitic, nomadic life style, lack of goals) (Hare & Hervé, 1999). This will be only feasible if the files of the subjects are sufficiently well organized, which does not always happen. When it doesn’t, the solution is to come up with answers by approximation, inferring them from the subjects’ global behaviour. The present study aims at reaching conclusions on the subjects’ psychopath tendencies, with a convenience sample. Our hypothesis was that the P-Scan is an adequate tool to identify factors of psychopathy in the imprisoned population by the consultation of files. The obtained results confirmed this hypothesis, although we have to consider the difficulties that come from the fact that in Portugal, especially in the prison where the research was conducted, the files are not well enough organized as to be fast and simple to fulfil the papers of the P-Scan. The Cronbach’s alpha value for the analysis of reliability was .95, which means that the P-Scan (Portuguese version) has a high level of internal homogeneity. However, some of the items present global-item low conditions. That can be explained by the reduced number of participants, as the sample was constituted by 30 inmates.Gonçalves, Rui AbrunhosaUniversidade do MinhoLobo, Carla Alexandra Costa Correia Ferreira2007-10-312007-10-31T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/7484porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:29:39Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/7484Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:24:40.869603Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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