Stresse hídrico nas videiras (Vitis vinifera L. cv. Tinta Roriz): produção e qualidade do mosto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Algarvio, Patrícia Alexandra Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/9659
Resumo: A rega é um tema cada vez mais atual na viticultura Portuguesa, sendo que esta deve apenas evitar os extremos das deficiências hídricas, de modo a atingir um compromisso entre a produção e a qualidade do mosto. Para que esta finalidade seja cumprida é necessário estabelecer um equilíbrio entre o crescimento vegetativo e reprodutivo da videira, controlando o vigor para obter uma produção equilibrada e melhorar a relação película/polpa. Este estudo avaliou o desenvolvimento do copado e o estado hídrico das videiras e a sua relação com a qualidade do mosto sob dois diferentes regimes de rega (30 e 60% da evapotranspiração cultural) e um conjunto de plantas em sequeiro de modo a perceber qual o nível hídrico ideal para atingir o melhor equilíbrio entre o rendimento e a qualidade. Assim, a evapotranspiração cultural foi baseada em valores médios obtidos em anos anteriores na mesma vinha, e avaliou-se o comportamento da videira através do potencial hídrico foliar, da área foliar e da temperatura do copado utilizando-se métodos simples e de fácil aplicação. Em laboratório foi analisada a composição da uva, tendo em conta o álcool, que foi superior na parcela em sequeiro, a acidez total, que não mostrou diferenças significativas entre tratamentos, o pH, superior em videiras de sequeiro, o ácido málico, que demonstrou uma distribuição mal definida, a relação glucose/frutose, taninos totais, polifenóis totais e antocianinas totais, que demonstraram valores superiores em sequeiro. As condições climáticas são o parâmetro significativamente mais influente no desenvolvimento da videira e na composição da uva, acabando por comprometer o estudo devido às condições de precipitação muito superiores ao normal que se fizeram sentir. Posto isto, os tratamentos de rega não levaram às conclusões esperadas visto que não introduziram diferenças significativas no desenvolvimento ou rendimento das videiras, mas, no entanto, observaram-se modificações nas características dos mostos.
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