Dor músculo-esquelética cervical e do membro superior e funcionalidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coleta, Inês Gomes
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/5658
Resumo: Objectivos: O crescente envelhecimento da população conduz a um aumento da prevalência de doenças crónicas, que podem levar a um aumento da dor músculo-esquelética e, por sua vez, à diminuição da funcionalidade. Assim, este estudo tem como principal objectivo avaliar o impacto da dor músculo-esquelética mais intensa na cervical e membros superiores na funcionalidade e, ainda, contribuir para a validação da versão portuguesa do WHODAS 2.0. Métodos: Realizou-se um estudo de natureza quantitativa, do tipo transversal descritivo. A amostra foi constituída por 84 participantes (64,8±9,5 anos) com dor associada a patologia músculo-esquelética na cervical e/ou membros superiores, recrutados em Clínicas de Reabilitação. Os instrumentos utilizados foram: um questionário de caracterização do participante e da sua dor, a versão portuguesa da versão de 36 itens do WHODAS 2.0, o Índice de Barthel e a Escala de Depressão Geriátrica. Resultados: A versão portuguesa do WHODAS 2.0 apresenta boa consistência interna (Alpha de Cronbach=0,86) e muito boa concordância entre entrevistadores (CCI=0,97). Demonstra, ainda, capacidade para distinguir diferentes níveis de funcionalidade em indivíduos com dor associada a patologia músculo-esquelética. Cerca de 66% dos participantes referiram que a sua dor mais incomodativa se localizava nos membros superiores, no entanto, também referiram ter dor noutros locais. À excepção da frequência, todas as características da dor estão associadas à diminuição da funcionalidade geral dos participantes, especialmente a intensidade da dor (mais incomodativa: r=0,640; p<0,001; global: r=0,637; p<0,001) seguida do número de locais de dor (r=0,468; p<0,001). Os domínios da funcionalidade mais afectados pela dor são as actividades de trabalho/domésticas e a mobilidade. Conclusões: A dor mais intensa na cervical e membro superior está associada a menor funcionalidade, em particular no domínio das actividades de trabalho/doméstica.
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