Reabilitação Energética de Edifícios em Xisto do Séc. XIX - XX da Região do Douro

• Autor(a) principal: Mendes, António José Silva Fonseca Gonçalves
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2063
• topic: Reabilitação energética; Edifícios em xisto; Viabilidade económica; Douro

Actualmente, ainda existem muitos edifícios que não reúnem as condições mínimas para satisfazer as exigências de conforto térmico pretendidas pelos utilizadores, dado as suas soluções construtivas não serem as mais apropriadas ou porque na altura da sua construção as questões de comportamento térmico não eram consideradas tão relevantes. Uma vez que o parque habitacional de Portugal já se encontra na sua maior parte construído, o futuro deve passar cada vez mais pela reabilitação dos edifícios antigos, tendo em conta a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental. A presente dissertação insere-se no âmbito do estudo do comportamento térmico e da eficiência energética dos edifícios e visa a avaliação do comportamento térmico e reabilitação energética de edifícios em xisto do séc. XIX – XX da região do Douro, em condições de utilização de Inverno e Verão, de modo a poderem identificar-se medidas de reabilitação térmica adequadas. O comportamento térmico de 5 edifícios foi avaliado utilizando o método simplificado desenvolvido pela ADENE, Nota Técnica NT-SCE-01, que posteriormente foi publicada através do despacho nº 11020/2009 de 30 de Abril e o Decreto-Lei Nº 80/2006 (RCCTE). Após esta avaliação foram definidas medidas de reabilitação energética para este tipo de edifícios e verificada a viabilidade económica das mesmas. O estudo dos edifícios antigos do Douro permitiu concluir que os edifícios pertencem na sua maioria à classe energética G. Após a aplicação das medidas de melhoria propostas neste trabalho (substituição das janelas de madeira com vidro simples por janelas em alumínio com corte térmico e vidros duplos, aplicação de isolamento térmico na cobertura e nas paredes exteriores, a instalação de aquecimento central e a substituição do sistema de aquecimento de águas quentes sanitárias) os edifícios passaram todos a ter classe energética B excepto o caso de estudo nº1 (classe energética B-). Observou-se também uma diminuição significativa dos consumos energéticos de Nic chegando a atingir, num dos casos de estudo, 51 %. O tempo de retorno do investimento a realizar para implementar as medidas de melhoria de cada um dos edifícios varia entre 4 e 8 anos. Através da análise dos resultados obtidos é possível concluir que a reabilitação energética deste tipo de edifícios é viável quer do ponto de vista energético, quer do ponto de vista económico.