Impacto da pandemia, por Sars-Cov-2, no acesso aos cuidados de saúde primários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Dora
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Almeida, Assunção, Brás, Manuel Alberto Morais Brás, Anes, Eugénia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/27257
Resumo: A pandemia por SARS-CoV-2 alterou dinâmicas na área da saúde. Procurando travá-la, combater um estado de calamidade pública e proteger e diminuir o número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos foram criadas e determinadas situações excecionais. Foram restritas liberdades de circulação e reorganizou-se o sistema de saúde, implicando, entre outros, o adiamento de consultas não urgentes. Face ao exposto realizou-se um estudo com o objetivo de verificar o impacto da pandemia no número de consultas realizadas e no cumprimento do programa de rastreio oncológico dos cuidados de saúde primários portugueses. Procedeu-se a uma análise comparativa dos resultados obtidos, para cada um dos indicadores, em 2019 e em 2020. Os dados obtidos permitiram concluir que em 2019, quando comparado com o ano 2020, foram realizadas mais consultas de enfermagem presenciais (1 559 915 versus 1 375 528) e menos consultas de enfermagem não presenciais (114 213 versus 169 960). Também se verificou que em 2019, face a 2020, se realizaram menos consultas médicas presenciais (1 515 520 versus 897 217) e mais consultas médicas não presenciais (1 231 991 versus 3 209 095). Em relação ao indicador de rastreio oncológico, em 2019, face a 2020, contabilizaram-se mais mulheres com registo de mamografia nos últimos 2 anos (1 489 073 versus 1 218 445), mais mulheres com colpocitologia atualizada (2 215 378 versus 1 968 735) e mais utentes inscritos com rastreio do cancro cólon retal realizado (3 218 745 versus 3 007 335). m suma, apesar de objetivar a proteção da população e garantir cuidados de saúde inadiáveis, a reformulação dos sistemas de saúde encerraram em si constrangimentos no acompanhamento dos utentes pelos cuidados de saúde primários. O que irá, com certeza, impactar negativamente no nível de saúde das populações, sendo urgente a retoma dos mesmos.
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