A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tinoco,Isabel
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Pestana,Miguel, Nóbrega,Filomena
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001
Resumo: Neste artigo pretende-se dar um contributo para a optimização da qualidade da cortiça versus modalidades de gestão do montado. Para isso, foram identificados quatro sistemas de produção da zona de Setúbal com as mesmas características edafo-climáticas, sendo eles: ●Montado ordenado de sementeira com 40 anos; ●Montado de regeneração natural sujeito a limpeza periódica de matos; ●Povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; ●Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo. Em todos eles foram colhidas amostras de cortiça e separadas as amostras rolháveis das não rolháveis, consoante o calibre destas, ou seja com mais ou menos de 25mm de espessura respectivamente. A avaliação das características físicas e mecânicas da cortiça foi efectuada segundo os seguintes parâmetros: porosidade, humidade, massa volúmica, ângulo de torção, tensão de corte. Ao utilizarmos a totalidade da informação dada pelas variáveis acima referidas, verificámos que a área mínima de poros é a variável que separa as boas das más cortiças, sendo as rabanadas de boa qualidade, aquelas que apresentam valores baixos de número de poros e de área mínima de poros. Se conjugarmos a selecção obtida pelo calibre (variável que limita a obtenção de rolha), com as variáveis atrás referidas para a selecção de cortiça de boa e má qualidade e ainda com o modelo de gestão do montado podemos então obter: 1. Numa gestão de montado ordenado retirou-se uma maior quantidade de cortiça rolhável, i.e., a cortiça tem maior calibre. Pelo contrário, o Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo é aquele onde se tem cortiças com menor calibre, o que origina menor quantidade de cortiça rolhável; 2. O montado ordenado tem uma maior contribuição para a produção de rolhas de boa qualidade. Em oposição a esta, encontra-se novamente no povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; 3. Para as cortiças não rolháveis é mais uma vez o montado ordenado a deter um valor mais elevado de boas cortiças e o montado com pastagem e regeneração aquele que tem um valor mais baixo de cortiça de boa qualidade não rolhável. Conclui-se assim que o montado ordenado permite retirar cortiça com maior calibre e melhor qualidade; bem como, cortiças de melhor qualidade para os menores calibres, ou seja, este tipo de montado detém sobreiros que possibilitam a obtenção de rolhas e discos de melhor qualidade.
id RCAP_a4dac8d93f302437c6938acd828f62c4
oai_identifier_str oai:scielo:S0870-63522009000200001
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de SobroCortiçaqualidademodalidades de gestãoensaios mecânicosanálise multivariadaNeste artigo pretende-se dar um contributo para a optimização da qualidade da cortiça versus modalidades de gestão do montado. Para isso, foram identificados quatro sistemas de produção da zona de Setúbal com as mesmas características edafo-climáticas, sendo eles: ●Montado ordenado de sementeira com 40 anos; ●Montado de regeneração natural sujeito a limpeza periódica de matos; ●Povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; ●Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo. Em todos eles foram colhidas amostras de cortiça e separadas as amostras rolháveis das não rolháveis, consoante o calibre destas, ou seja com mais ou menos de 25mm de espessura respectivamente. A avaliação das características físicas e mecânicas da cortiça foi efectuada segundo os seguintes parâmetros: porosidade, humidade, massa volúmica, ângulo de torção, tensão de corte. Ao utilizarmos a totalidade da informação dada pelas variáveis acima referidas, verificámos que a área mínima de poros é a variável que separa as boas das más cortiças, sendo as rabanadas de boa qualidade, aquelas que apresentam valores baixos de número de poros e de área mínima de poros. Se conjugarmos a selecção obtida pelo calibre (variável que limita a obtenção de rolha), com as variáveis atrás referidas para a selecção de cortiça de boa e má qualidade e ainda com o modelo de gestão do montado podemos então obter: 1. Numa gestão de montado ordenado retirou-se uma maior quantidade de cortiça rolhável, i.e., a cortiça tem maior calibre. Pelo contrário, o Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo é aquele onde se tem cortiças com menor calibre, o que origina menor quantidade de cortiça rolhável; 2. O montado ordenado tem uma maior contribuição para a produção de rolhas de boa qualidade. Em oposição a esta, encontra-se novamente no povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; 3. Para as cortiças não rolháveis é mais uma vez o montado ordenado a deter um valor mais elevado de boas cortiças e o montado com pastagem e regeneração aquele que tem um valor mais baixo de cortiça de boa qualidade não rolhável. Conclui-se assim que o montado ordenado permite retirar cortiça com maior calibre e melhor qualidade; bem como, cortiças de melhor qualidade para os menores calibres, ou seja, este tipo de montado detém sobreiros que possibilitam a obtenção de rolhas e discos de melhor qualidade.Unidade de Silvicultura e Produtos Florestais2009-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001Silva Lusitana v.17 n.2 2009reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001Tinoco,IsabelPestana,MiguelNóbrega,Filomenainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T16:59:16Zoai:scielo:S0870-63522009000200001Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:15:39.058756Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro
title A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro
spellingShingle A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro
Tinoco,Isabel
Cortiça
qualidade
modalidades de gestão
ensaios mecânicos
análise multivariada
title_short A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro
title_full A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro
title_fullStr A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro
title_full_unstemmed A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro
title_sort A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro
author Tinoco,Isabel
author_facet Tinoco,Isabel
Pestana,Miguel
Nóbrega,Filomena
author_role author
author2 Pestana,Miguel
Nóbrega,Filomena
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Tinoco,Isabel
Pestana,Miguel
Nóbrega,Filomena
dc.subject.por.fl_str_mv Cortiça
qualidade
modalidades de gestão
ensaios mecânicos
análise multivariada
topic Cortiça
qualidade
modalidades de gestão
ensaios mecânicos
análise multivariada
description Neste artigo pretende-se dar um contributo para a optimização da qualidade da cortiça versus modalidades de gestão do montado. Para isso, foram identificados quatro sistemas de produção da zona de Setúbal com as mesmas características edafo-climáticas, sendo eles: ●Montado ordenado de sementeira com 40 anos; ●Montado de regeneração natural sujeito a limpeza periódica de matos; ●Povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; ●Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo. Em todos eles foram colhidas amostras de cortiça e separadas as amostras rolháveis das não rolháveis, consoante o calibre destas, ou seja com mais ou menos de 25mm de espessura respectivamente. A avaliação das características físicas e mecânicas da cortiça foi efectuada segundo os seguintes parâmetros: porosidade, humidade, massa volúmica, ângulo de torção, tensão de corte. Ao utilizarmos a totalidade da informação dada pelas variáveis acima referidas, verificámos que a área mínima de poros é a variável que separa as boas das más cortiças, sendo as rabanadas de boa qualidade, aquelas que apresentam valores baixos de número de poros e de área mínima de poros. Se conjugarmos a selecção obtida pelo calibre (variável que limita a obtenção de rolha), com as variáveis atrás referidas para a selecção de cortiça de boa e má qualidade e ainda com o modelo de gestão do montado podemos então obter: 1. Numa gestão de montado ordenado retirou-se uma maior quantidade de cortiça rolhável, i.e., a cortiça tem maior calibre. Pelo contrário, o Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo é aquele onde se tem cortiças com menor calibre, o que origina menor quantidade de cortiça rolhável; 2. O montado ordenado tem uma maior contribuição para a produção de rolhas de boa qualidade. Em oposição a esta, encontra-se novamente no povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; 3. Para as cortiças não rolháveis é mais uma vez o montado ordenado a deter um valor mais elevado de boas cortiças e o montado com pastagem e regeneração aquele que tem um valor mais baixo de cortiça de boa qualidade não rolhável. Conclui-se assim que o montado ordenado permite retirar cortiça com maior calibre e melhor qualidade; bem como, cortiças de melhor qualidade para os menores calibres, ou seja, este tipo de montado detém sobreiros que possibilitam a obtenção de rolhas e discos de melhor qualidade.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-12-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Unidade de Silvicultura e Produtos Florestais
publisher.none.fl_str_mv Unidade de Silvicultura e Produtos Florestais
dc.source.none.fl_str_mv Silva Lusitana v.17 n.2 2009
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137255813545984