A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001 |
Resumo: | Neste artigo pretende-se dar um contributo para a optimização da qualidade da cortiça versus modalidades de gestão do montado. Para isso, foram identificados quatro sistemas de produção da zona de Setúbal com as mesmas características edafo-climáticas, sendo eles: ●Montado ordenado de sementeira com 40 anos; ●Montado de regeneração natural sujeito a limpeza periódica de matos; ●Povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; ●Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo. Em todos eles foram colhidas amostras de cortiça e separadas as amostras rolháveis das não rolháveis, consoante o calibre destas, ou seja com mais ou menos de 25mm de espessura respectivamente. A avaliação das características físicas e mecânicas da cortiça foi efectuada segundo os seguintes parâmetros: porosidade, humidade, massa volúmica, ângulo de torção, tensão de corte. Ao utilizarmos a totalidade da informação dada pelas variáveis acima referidas, verificámos que a área mínima de poros é a variável que separa as boas das más cortiças, sendo as rabanadas de boa qualidade, aquelas que apresentam valores baixos de número de poros e de área mínima de poros. Se conjugarmos a selecção obtida pelo calibre (variável que limita a obtenção de rolha), com as variáveis atrás referidas para a selecção de cortiça de boa e má qualidade e ainda com o modelo de gestão do montado podemos então obter: 1. Numa gestão de montado ordenado retirou-se uma maior quantidade de cortiça rolhável, i.e., a cortiça tem maior calibre. Pelo contrário, o Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo é aquele onde se tem cortiças com menor calibre, o que origina menor quantidade de cortiça rolhável; 2. O montado ordenado tem uma maior contribuição para a produção de rolhas de boa qualidade. Em oposição a esta, encontra-se novamente no povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; 3. Para as cortiças não rolháveis é mais uma vez o montado ordenado a deter um valor mais elevado de boas cortiças e o montado com pastagem e regeneração aquele que tem um valor mais baixo de cortiça de boa qualidade não rolhável. Conclui-se assim que o montado ordenado permite retirar cortiça com maior calibre e melhor qualidade; bem como, cortiças de melhor qualidade para os menores calibres, ou seja, este tipo de montado detém sobreiros que possibilitam a obtenção de rolhas e discos de melhor qualidade. |
id |
RCAP_a4dac8d93f302437c6938acd828f62c4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0870-63522009000200001 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de SobroCortiçaqualidademodalidades de gestãoensaios mecânicosanálise multivariadaNeste artigo pretende-se dar um contributo para a optimização da qualidade da cortiça versus modalidades de gestão do montado. Para isso, foram identificados quatro sistemas de produção da zona de Setúbal com as mesmas características edafo-climáticas, sendo eles: ●Montado ordenado de sementeira com 40 anos; ●Montado de regeneração natural sujeito a limpeza periódica de matos; ●Povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; ●Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo. Em todos eles foram colhidas amostras de cortiça e separadas as amostras rolháveis das não rolháveis, consoante o calibre destas, ou seja com mais ou menos de 25mm de espessura respectivamente. A avaliação das características físicas e mecânicas da cortiça foi efectuada segundo os seguintes parâmetros: porosidade, humidade, massa volúmica, ângulo de torção, tensão de corte. Ao utilizarmos a totalidade da informação dada pelas variáveis acima referidas, verificámos que a área mínima de poros é a variável que separa as boas das más cortiças, sendo as rabanadas de boa qualidade, aquelas que apresentam valores baixos de número de poros e de área mínima de poros. Se conjugarmos a selecção obtida pelo calibre (variável que limita a obtenção de rolha), com as variáveis atrás referidas para a selecção de cortiça de boa e má qualidade e ainda com o modelo de gestão do montado podemos então obter: 1. Numa gestão de montado ordenado retirou-se uma maior quantidade de cortiça rolhável, i.e., a cortiça tem maior calibre. Pelo contrário, o Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo é aquele onde se tem cortiças com menor calibre, o que origina menor quantidade de cortiça rolhável; 2. O montado ordenado tem uma maior contribuição para a produção de rolhas de boa qualidade. Em oposição a esta, encontra-se novamente no povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; 3. Para as cortiças não rolháveis é mais uma vez o montado ordenado a deter um valor mais elevado de boas cortiças e o montado com pastagem e regeneração aquele que tem um valor mais baixo de cortiça de boa qualidade não rolhável. Conclui-se assim que o montado ordenado permite retirar cortiça com maior calibre e melhor qualidade; bem como, cortiças de melhor qualidade para os menores calibres, ou seja, este tipo de montado detém sobreiros que possibilitam a obtenção de rolhas e discos de melhor qualidade.Unidade de Silvicultura e Produtos Florestais2009-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001Silva Lusitana v.17 n.2 2009reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001Tinoco,IsabelPestana,MiguelNóbrega,Filomenainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T16:59:16Zoai:scielo:S0870-63522009000200001Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:15:39.058756Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro |
title |
A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro |
spellingShingle |
A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro Tinoco,Isabel Cortiça qualidade modalidades de gestão ensaios mecânicos análise multivariada |
title_short |
A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro |
title_full |
A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro |
title_fullStr |
A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro |
title_full_unstemmed |
A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro |
title_sort |
A Qualidade da Cortiça Versus Modalidades de Gestão em Montado de Sobro |
author |
Tinoco,Isabel |
author_facet |
Tinoco,Isabel Pestana,Miguel Nóbrega,Filomena |
author_role |
author |
author2 |
Pestana,Miguel Nóbrega,Filomena |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Tinoco,Isabel Pestana,Miguel Nóbrega,Filomena |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cortiça qualidade modalidades de gestão ensaios mecânicos análise multivariada |
topic |
Cortiça qualidade modalidades de gestão ensaios mecânicos análise multivariada |
description |
Neste artigo pretende-se dar um contributo para a optimização da qualidade da cortiça versus modalidades de gestão do montado. Para isso, foram identificados quatro sistemas de produção da zona de Setúbal com as mesmas características edafo-climáticas, sendo eles: ●Montado ordenado de sementeira com 40 anos; ●Montado de regeneração natural sujeito a limpeza periódica de matos; ●Povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; ●Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo. Em todos eles foram colhidas amostras de cortiça e separadas as amostras rolháveis das não rolháveis, consoante o calibre destas, ou seja com mais ou menos de 25mm de espessura respectivamente. A avaliação das características físicas e mecânicas da cortiça foi efectuada segundo os seguintes parâmetros: porosidade, humidade, massa volúmica, ângulo de torção, tensão de corte. Ao utilizarmos a totalidade da informação dada pelas variáveis acima referidas, verificámos que a área mínima de poros é a variável que separa as boas das más cortiças, sendo as rabanadas de boa qualidade, aquelas que apresentam valores baixos de número de poros e de área mínima de poros. Se conjugarmos a selecção obtida pelo calibre (variável que limita a obtenção de rolha), com as variáveis atrás referidas para a selecção de cortiça de boa e má qualidade e ainda com o modelo de gestão do montado podemos então obter: 1. Numa gestão de montado ordenado retirou-se uma maior quantidade de cortiça rolhável, i.e., a cortiça tem maior calibre. Pelo contrário, o Montado com Pastagem Semeada e Pastoreio Intensivo é aquele onde se tem cortiças com menor calibre, o que origina menor quantidade de cortiça rolhável; 2. O montado ordenado tem uma maior contribuição para a produção de rolhas de boa qualidade. Em oposição a esta, encontra-se novamente no povoamento misto de sobreiro com pinhal manso e bravo de regeneração natural; 3. Para as cortiças não rolháveis é mais uma vez o montado ordenado a deter um valor mais elevado de boas cortiças e o montado com pastagem e regeneração aquele que tem um valor mais baixo de cortiça de boa qualidade não rolhável. Conclui-se assim que o montado ordenado permite retirar cortiça com maior calibre e melhor qualidade; bem como, cortiças de melhor qualidade para os menores calibres, ou seja, este tipo de montado detém sobreiros que possibilitam a obtenção de rolhas e discos de melhor qualidade. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-12-01 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001 |
url |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-63522009000200001 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Unidade de Silvicultura e Produtos Florestais |
publisher.none.fl_str_mv |
Unidade de Silvicultura e Produtos Florestais |
dc.source.none.fl_str_mv |
Silva Lusitana v.17 n.2 2009 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137255813545984 |