Canoas da Bahia uma oferta ergológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pina-Cabral, Joao
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Chan, Monica
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/47871
Resumo: Este é um livro sobre um dos instrumentos mais úteis, duráveis e elegantes que jamais conheci: a canoa monóxila de vinhático. Esta árvore brasileira, da família das mimosas, sobreviveu nas colinas do cerrado da Bahia por fornecer a sombra indispensável para a plantação do cacau. Agora que os grandes proprietários estão a virar as terras para a criação de gado, o desastre ambiental resultante da limpeza destes sobreviventes da mata original é gravíssimo. Contudo, a madeira é tão resistente que, quando o último aboque de vinhático for cortado no cerrado, ainda haverá canoas a flutuar no manguesal por quase um século. Mal cheguei à Bahia em 2004, deixei-me enamorar pelo aspecto romântico destas embarcações que se, por um lado, parecem remeter para algo de muito primitivo, por outro, acabam por se revelar insubstituíveis no transporte de coisas e gentes nas águas calmas dos manguesais. Elas permitem aos pescadores e marisqueiras transformar num viveiro o que, de outra forma, seria um meio muito agreste para a vida humana. São rápidas, sobretudo quando levam uma ou duas velas; são seguras, porque flutuam sempre, mesmo quando esburacadas; são sólidas, porque os troncos cortados que abundam nos fundos lodosos do manguesal mal as arranham; são inesgotavelmente reparáveis. Em contrapartida, exigem que olhem por elas: têm que ser retiradas da água com regularidade e viradas para secar o fundo e têm que ser reparadas cada cinco a dez anos por um carpinteiro hábil. Foram esses carpinteiros e o trabalho que realizam sem vaidade – apesar de serem mestres escultores – que me levaram a escrever um livro sobre o assunto. E foram as fotografias que a minha mulher, Mónica Chan, ia tirando durante as longas conversas que eu tinha com eles, que me sugeriram a forma pela qual o livro acabaria por ser concebido. Dessas conversas e do conhecimento que adquiri com o passar do tempo das vidas e famílias destes canoeiros, foi emergindo uma visão do mundo que habitam. É um mundo de gente que se diz “fraca”, no sentido de estar desprotegida face à “força” de quem domina a terra, as águas, os mercados e o governo. Fui aprendendo a ver que, para eles, as canoas e o mundo da pesca constituíam uma reserva de dignidade e autonomia. Na verdade, tal correspondia a algo que, como estrangeiro, me fora inicialmente invisível: a iminência do cativeiro. Como insistem todos os que estudaram o mundo camponês nordestino (Otávio Velho, Klass Woortmann e tantos outros), a vida dos “fracos” tem como referente constante a possibilidade de perder a vida e a liberdade à mão dos “fortes”. Com o tempo fui vendo que, de facto, a pesca era, assim o explicava Seu Otávio, “um quebra-galho”: um paliativo, uma margem de negociação de dignidade. Quando comecei a fazer contas vi logo que, no mundo contemporâneo do consumo, não havia forma permanente para os “fracos” fugirem à privação e ao trabalho urbano não-qualificado (a miséria do cativeiro). O manguesal, a canoa e a pesca são reservas de liberdade num mundo onde o capital puxa numa direcção e o trabalho noutra e onde nunca será possível com trabalho superar a falta de capital. Depois perguntei-me: e, afinal, quem fornece esse “quebra-galho”? Quem permite aos fracos a força de ir afastando por algum tempo a inevitável indignidade do trabalho servil? A resposta veio lenta mas surpreendente: é o Estado brasileiro, na medida em que ele é o garante da inexpropriabilidade do manguesal, do curso dos rios, das praias e do mar. Ora, isso é o que transforma a pesca e a mariscagem numa porta de liberdade. Mais ainda, se bem que também é o aparelho de Estado (com a sua inevitável corrupção) que valida a expropriação dos pobres, também é esse mesmo Estado que viabiliza uma série de serviços que moderam a escravidão dos pobres no Brasil: a 5 Colônia (o sindicato dos pescadores), o Instituto Nacional de Segurança Social, as Misericórdias, os vários subsídios, etc. Nesse equilíbrio, a polícia, a política, os tribunais, a escola, as igrejas são facas de dois gumes porque tanto validam o papel dos “fortes” como protegem um pouco os “fracos”. O livro tem um enfoque masculino. Se o olhar das fotos da Mónica é certamente feminino, se todos os homens que têm mãe, mulher ou filha partilham das condições de feminilidade, a verdade é que, como as canoas são coisa de homem, um livro sobre canoas é um livro sobre o mundo onde se movem os homens. Afinal, este é tão só um dos aspectos incontornáveis da metodologia etnográfica: ao escolher olhar em fundo para um campo, há que deixar de fora outros. E assim chegamos ao Posfácio, onde tento captar as linhas gerais do que penso sobre etnografia e, muito em particular, sobre o estudo dos instrumentos com os quais os humanos medeiam a sua relação com o mundo: a ergologia. Se fui inspirado pelos autores filosóficos que me têm guiado nestes últimos anos (em especial Davidson) e pela minha própria escola como antropólogo social, também fui inevitavelmente inspirado pela tradição etnológica portuguesa que, a cada passo deste percurso de canoas, me ia fazendo pensar nos arados de Jorge Dias, nos moinhos de Veiga de Oliveira, nas máscaras de Benjamim Enes Pereira, nas casas timorenses de Ruy Cinatti. Sempre acreditei na possibilidade de dar nova vida, com novos meios, à ergologia e este livro é a minha oferta para que continue viva uma tradição que tanto prezo.
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Mal cheguei à Bahia em 2004, deixei-me enamorar pelo aspecto romântico destas embarcações que se, por um lado, parecem remeter para algo de muito primitivo, por outro, acabam por se revelar insubstituíveis no transporte de coisas e gentes nas águas calmas dos manguesais. Elas permitem aos pescadores e marisqueiras transformar num viveiro o que, de outra forma, seria um meio muito agreste para a vida humana. São rápidas, sobretudo quando levam uma ou duas velas; são seguras, porque flutuam sempre, mesmo quando esburacadas; são sólidas, porque os troncos cortados que abundam nos fundos lodosos do manguesal mal as arranham; são inesgotavelmente reparáveis. Em contrapartida, exigem que olhem por elas: têm que ser retiradas da água com regularidade e viradas para secar o fundo e têm que ser reparadas cada cinco a dez anos por um carpinteiro hábil. Foram esses carpinteiros e o trabalho que realizam sem vaidade – apesar de serem mestres escultores – que me levaram a escrever um livro sobre o assunto. E foram as fotografias que a minha mulher, Mónica Chan, ia tirando durante as longas conversas que eu tinha com eles, que me sugeriram a forma pela qual o livro acabaria por ser concebido. Dessas conversas e do conhecimento que adquiri com o passar do tempo das vidas e famílias destes canoeiros, foi emergindo uma visão do mundo que habitam. É um mundo de gente que se diz “fraca”, no sentido de estar desprotegida face à “força” de quem domina a terra, as águas, os mercados e o governo. Fui aprendendo a ver que, para eles, as canoas e o mundo da pesca constituíam uma reserva de dignidade e autonomia. Na verdade, tal correspondia a algo que, como estrangeiro, me fora inicialmente invisível: a iminência do cativeiro. Como insistem todos os que estudaram o mundo camponês nordestino (Otávio Velho, Klass Woortmann e tantos outros), a vida dos “fracos” tem como referente constante a possibilidade de perder a vida e a liberdade à mão dos “fortes”. Com o tempo fui vendo que, de facto, a pesca era, assim o explicava Seu Otávio, “um quebra-galho”: um paliativo, uma margem de negociação de dignidade. Quando comecei a fazer contas vi logo que, no mundo contemporâneo do consumo, não havia forma permanente para os “fracos” fugirem à privação e ao trabalho urbano não-qualificado (a miséria do cativeiro). O manguesal, a canoa e a pesca são reservas de liberdade num mundo onde o capital puxa numa direcção e o trabalho noutra e onde nunca será possível com trabalho superar a falta de capital. Depois perguntei-me: e, afinal, quem fornece esse “quebra-galho”? Quem permite aos fracos a força de ir afastando por algum tempo a inevitável indignidade do trabalho servil? A resposta veio lenta mas surpreendente: é o Estado brasileiro, na medida em que ele é o garante da inexpropriabilidade do manguesal, do curso dos rios, das praias e do mar. Ora, isso é o que transforma a pesca e a mariscagem numa porta de liberdade. Mais ainda, se bem que também é o aparelho de Estado (com a sua inevitável corrupção) que valida a expropriação dos pobres, também é esse mesmo Estado que viabiliza uma série de serviços que moderam a escravidão dos pobres no Brasil: a 5 Colônia (o sindicato dos pescadores), o Instituto Nacional de Segurança Social, as Misericórdias, os vários subsídios, etc. Nesse equilíbrio, a polícia, a política, os tribunais, a escola, as igrejas são facas de dois gumes porque tanto validam o papel dos “fortes” como protegem um pouco os “fracos”. O livro tem um enfoque masculino. Se o olhar das fotos da Mónica é certamente feminino, se todos os homens que têm mãe, mulher ou filha partilham das condições de feminilidade, a verdade é que, como as canoas são coisa de homem, um livro sobre canoas é um livro sobre o mundo onde se movem os homens. Afinal, este é tão só um dos aspectos incontornáveis da metodologia etnográfica: ao escolher olhar em fundo para um campo, há que deixar de fora outros. E assim chegamos ao Posfácio, onde tento captar as linhas gerais do que penso sobre etnografia e, muito em particular, sobre o estudo dos instrumentos com os quais os humanos medeiam a sua relação com o mundo: a ergologia. Se fui inspirado pelos autores filosóficos que me têm guiado nestes últimos anos (em especial Davidson) e pela minha própria escola como antropólogo social, também fui inevitavelmente inspirado pela tradição etnológica portuguesa que, a cada passo deste percurso de canoas, me ia fazendo pensar nos arados de Jorge Dias, nos moinhos de Veiga de Oliveira, nas máscaras de Benjamim Enes Pereira, nas casas timorenses de Ruy Cinatti. 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Dessas conversas e do conhecimento que adquiri com o passar do tempo das vidas e famílias destes canoeiros, foi emergindo uma visão do mundo que habitam. É um mundo de gente que se diz “fraca”, no sentido de estar desprotegida face à “força” de quem domina a terra, as águas, os mercados e o governo. Fui aprendendo a ver que, para eles, as canoas e o mundo da pesca constituíam uma reserva de dignidade e autonomia. Na verdade, tal correspondia a algo que, como estrangeiro, me fora inicialmente invisível: a iminência do cativeiro. Como insistem todos os que estudaram o mundo camponês nordestino (Otávio Velho, Klass Woortmann e tantos outros), a vida dos “fracos” tem como referente constante a possibilidade de perder a vida e a liberdade à mão dos “fortes”. Com o tempo fui vendo que, de facto, a pesca era, assim o explicava Seu Otávio, “um quebra-galho”: um paliativo, uma margem de negociação de dignidade. Quando comecei a fazer contas vi logo que, no mundo contemporâneo do consumo, não havia forma permanente para os “fracos” fugirem à privação e ao trabalho urbano não-qualificado (a miséria do cativeiro). O manguesal, a canoa e a pesca são reservas de liberdade num mundo onde o capital puxa numa direcção e o trabalho noutra e onde nunca será possível com trabalho superar a falta de capital. Depois perguntei-me: e, afinal, quem fornece esse “quebra-galho”? Quem permite aos fracos a força de ir afastando por algum tempo a inevitável indignidade do trabalho servil? A resposta veio lenta mas surpreendente: é o Estado brasileiro, na medida em que ele é o garante da inexpropriabilidade do manguesal, do curso dos rios, das praias e do mar. Ora, isso é o que transforma a pesca e a mariscagem numa porta de liberdade. Mais ainda, se bem que também é o aparelho de Estado (com a sua inevitável corrupção) que valida a expropriação dos pobres, também é esse mesmo Estado que viabiliza uma série de serviços que moderam a escravidão dos pobres no Brasil: a 5 Colônia (o sindicato dos pescadores), o Instituto Nacional de Segurança Social, as Misericórdias, os vários subsídios, etc. Nesse equilíbrio, a polícia, a política, os tribunais, a escola, as igrejas são facas de dois gumes porque tanto validam o papel dos “fortes” como protegem um pouco os “fracos”. O livro tem um enfoque masculino. Se o olhar das fotos da Mónica é certamente feminino, se todos os homens que têm mãe, mulher ou filha partilham das condições de feminilidade, a verdade é que, como as canoas são coisa de homem, um livro sobre canoas é um livro sobre o mundo onde se movem os homens. Afinal, este é tão só um dos aspectos incontornáveis da metodologia etnográfica: ao escolher olhar em fundo para um campo, há que deixar de fora outros. E assim chegamos ao Posfácio, onde tento captar as linhas gerais do que penso sobre etnografia e, muito em particular, sobre o estudo dos instrumentos com os quais os humanos medeiam a sua relação com o mundo: a ergologia. Se fui inspirado pelos autores filosóficos que me têm guiado nestes últimos anos (em especial Davidson) e pela minha própria escola como antropólogo social, também fui inevitavelmente inspirado pela tradição etnológica portuguesa que, a cada passo deste percurso de canoas, me ia fazendo pensar nos arados de Jorge Dias, nos moinhos de Veiga de Oliveira, nas máscaras de Benjamim Enes Pereira, nas casas timorenses de Ruy Cinatti. Sempre acreditei na possibilidade de dar nova vida, com novos meios, à ergologia e este livro é a minha oferta para que continue viva uma tradição que tanto prezo.
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