A influência do exercício físico no bem-estar subjectivo e psicológico de idosos: um estudo longitudinal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Olival, Daniel João Martins
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2634
Resumo: Na actualidade assiste-se a alterações nas características das sociedades dos países desenvolvidos, passando estas a apresentar um envelhecimento acentuado das suas populações, facto que torna essencial a elaboração de investigações vocacionadas para estas populações e que visem proporcionar uma melhor compreensão daquilo que pode contribuir para melhorar a sua qualidade da vida e o seu bem-estar. O funcionamento psicológico positivo apresenta-se constituído na actualidade por dois grandes modelos teóricos, o modelo de bem-estar subjectivo (Ed Diener) e o modelo de bem-estar psicológico (Carol Ryff). Este estudo procurou compreender se a prática de exercício físico poderia ser efectiva na melhoria do funcionamento psicológico positivo de adultos em idade avançada, sendo adoptados simultaneamente os modelos de bem-estar subjectivo e de bem-estar psicológico. A uma amostra constituída por um total de 33 adultos em idade avançada (21 elementos do grupo experimental e 12 elementos do grupo de controlo), com idades compreendidas entre os 55 e os 95 anos (M= 73.09; DP=7.66), foram aplicados, em dois momentos, instrumentos avaliadores das dimensões que constituem o bem-estar subjectivo e o psicológico, de modo a estudar os resultados obtidos pelos indivíduos que integraram o grupo experimental, composto por um grupo que praticava ginástica e um grupo que praticava hidroginastica e ginástica, e os indivíduos que constituíram o grupo de controlo que não praticava nenhum tipo de exercício físico. Como resultados obtivemos que a prática de exercício físico possuiu um efeito diferenciador e significativo em todas as dimensões dos modelos do bem-estar, com excepção do afecto negativo (F(2.29)= 0.099; p>0.05; (η2= 0.007), que apresentou no entanto diferenças significativas ao nível do efeito conjugado (tempo e grupo de prática). Para a satisfação com a vida, verificamos a existência de valores estatisticamente significativos e com um tamanho de efeito considerável (F(2.29)= 3. 688; p<0.05; η2=0.203). Para o afecto positivo verificamos a presença de uma significância estatística bastante elevada e um tamanho de efeito bastante elevado (F(2.29)= 18.441; p<0.001; η2= 0.560). Por fim, para o bem-estar psicológico verificou-se a existência de uma significância estatística elevada e um tamanho de efeito alto (F(2.29)= 5.841; p<0.01; η2= 0.287). É de referir, também, as correlações obtidas entre os resultados do bem-estar psicológico e as dimensões do bem-estar subjectivo. Concluímos no nosso estudo que, no geral, a prática de exercício físico possui um efeito efectivo e diferenciador do funcionamento psicológico positivo de adultos em idade avançada, quando comparados elementos fisicamente activos com indivíduos inactivos.
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Este estudo procurou compreender se a prática de exercício físico poderia ser efectiva na melhoria do funcionamento psicológico positivo de adultos em idade avançada, sendo adoptados simultaneamente os modelos de bem-estar subjectivo e de bem-estar psicológico. A uma amostra constituída por um total de 33 adultos em idade avançada (21 elementos do grupo experimental e 12 elementos do grupo de controlo), com idades compreendidas entre os 55 e os 95 anos (M= 73.09; DP=7.66), foram aplicados, em dois momentos, instrumentos avaliadores das dimensões que constituem o bem-estar subjectivo e o psicológico, de modo a estudar os resultados obtidos pelos indivíduos que integraram o grupo experimental, composto por um grupo que praticava ginástica e um grupo que praticava hidroginastica e ginástica, e os indivíduos que constituíram o grupo de controlo que não praticava nenhum tipo de exercício físico. Como resultados obtivemos que a prática de exercício físico possuiu um efeito diferenciador e significativo em todas as dimensões dos modelos do bem-estar, com excepção do afecto negativo (F(2.29)= 0.099; p>0.05; (η2= 0.007), que apresentou no entanto diferenças significativas ao nível do efeito conjugado (tempo e grupo de prática). Para a satisfação com a vida, verificamos a existência de valores estatisticamente significativos e com um tamanho de efeito considerável (F(2.29)= 3. 688; p<0.05; η2=0.203). Para o afecto positivo verificamos a presença de uma significância estatística bastante elevada e um tamanho de efeito bastante elevado (F(2.29)= 18.441; p<0.001; η2= 0.560). Por fim, para o bem-estar psicológico verificou-se a existência de uma significância estatística elevada e um tamanho de efeito alto (F(2.29)= 5.841; p<0.01; η2= 0.287). É de referir, também, as correlações obtidas entre os resultados do bem-estar psicológico e as dimensões do bem-estar subjectivo. Concluímos no nosso estudo que, no geral, a prática de exercício físico possui um efeito efectivo e diferenciador do funcionamento psicológico positivo de adultos em idade avançada, quando comparados elementos fisicamente activos com indivíduos inactivos.At present we are witnessing changes in the characteristics of the societies from developed countries, passing to present these a substantial aging of their populations, fact that makes essential the development of research targeted for these populations and aimed at providing a better understanding what they can contribute to improve their quality of life and their well-being. The positive psychological functioning presents it self constituted at present by two major theoretical models, the model of subjective well-being (Ed Diener) and the model of psychological well-being (Carol Ryff). This study sought to understand if the practice of physical exercise could be effective in improvement of positive psychological functioning of individuals in late adulthood, being adopted simultaneously the models of subjective well-being and psychological well-being. A sample formed for a total of 33 elderly people (21 elements of the experimental group and 12 elements in the control group), with ages between 55 and 95 years (M= 73.09; DP=7.66), have been applied on two occasions, instruments evaluators of dimensions that constitute the subjective and psychological well-being, in order to study the results obtained by individuals who comprised the experimental group, composed by a group who practiced gymnastics and a group that practiced hydrogymnastic and gymnastics, and the individuals who formed the control group who did not practice any type of exercise. As results we found that the physical exercise owned a differentiator and significant effect in all dimensions of the models of welfare, with the exception of negative affect (F(2.29)= 0.099; p>0.05; (η2= 0.007), that showed however significant differences to the level of the combined effect (time and practice group). For life satisfaction, we verify the existence of statistically significant differences and with a considerable effect size (F(2.29)= 3. 688; p<0.05; η2=0.203). For the positive affect, we verified the presence of a very high statistical significance and a fairly large effect size (F(2.29)= 18.441; p<0.001; η2= 0.560). Finally, for the psychological well-being verified the existence of a high statistical significance and a high effect size (F(2.29)= 5.841; p<0.01; η2= 0.287). It should be noted, also, the correlations between the results of psychological well-being and the dimensions of subjective well-being. We conclude in our study, it in overall, that practice of physical exercise has a effective and differentiator effect on the positive psychological functioning of elderly people, when compared elements physically active with who are inactive.2013-08-23T14:10:03Z2010-01-01T00:00:00Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2634porOlival, Daniel João Martinsinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:38:18Zoai:repositorio.utad.pt:10348/2634Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:01:59.756441Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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