Efeito das estatinas na progressão da estenose aórtica calcificada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maricoto, Tiago João Pais
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/20396
Resumo: A estenose aórtica é a doença valvular mais comum no mundo ocidental e quando se apresenta em formas clínicas ligeiras e moderadas é bem tolerada. No entanto, quando evolui para formas mais graves, como a estenose aórtica severa calcificada, está associada a níveis significativos de morbilidade e mortalidade. A sua fisiopatologia apresenta semelhanças com os processos de aterosclerose, nomeadamente no que toca a fenómenos inflamatórios locais e a hipercolesterolémia. Estudos prospectivos têm sido realizados no sentido de avaliar a eficácia e contributo da terapêutica intensiva com estatinas na regressão ou estabilização do curso natural da estenose aórtica. Procurou-se assim realizar uma análise que privilegiasse os estudos randomizados de maior evidência científica, de forma a concluir acerca da potencial utilidade desta terapêutica. Dos 6 estudos prospectivos publicados, 4 são de desenho randomizado. Todos eles avaliaram dados clínicos, bioquímicos e ecográficos de progressão de follow-up. Todos os estudos randomizados indicam que as estatinas não são benéficas para o controlo da estenose aórtica, confirmando, no entanto, o potencial pleiotrópico das mesmas na diminuição de LDL e PCR. Assim, o uso de estatinas para o controlo da progressão da estenose aórtica não está recomendado em doentes que não apresentem outras indicações clínicas para tal, como hipercolesterolémia ou doença coronária isquémica.
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