Fitoplâncton do estuário do Mondego segundo a diretiva-quadro da água

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luís, Cátia Sofia da Conceição
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/8532
Resumo: O fitoplâncton é composto por organismos unicelulares com capacidade fotossintética que vivem em suspensão na coluna de água e que podem ser solitários ou coloniais, estes organismos são considerados um importante componente dos estuários que são um dos mais produtivos sistemas marinhos do mundo. A presente dissertação considera a implementação da Directiva Quadro da Água (DQA) para as águas costeiras e de transição em Portugal, com referência específica ao fitoplâncton como elemento de qualidade biológica nas águas de transição do estuário do Mondego. Assim, este trabalho teve como objectivos: contribuir para a informação sobre a comunidade fitoplanctónica do Mondego que é bastante limitada; contribuir para a avaliação do fitoplâncton como elemento de qualidade biológica, segundo a DQA nas águas de transição do rio Mondego e avaliar as potenciais fontes de incerteza na variação dos parâmetros físico-químicos e biológicos em condições oligohalinas, mesohalinas e polihalinas. As amostragens foram realizadas em Setembro de 2009, durante a baixa-mar, abrangendo três zonas do estuário do Mondego (oligohalina, mesohalina e polihalina). Determinaramse as concentrações de clorofila a por espectrofotometria e as abundâncias microfitoplanctónicas (organismos superiores a 20 μm). No presente estudo, observou-se uma diminuição da temperatura da estação oligohalina para a estação polihalina acompanhada de um aumento de salinidade. As concentrações de nutrientes diminuiram com a proximidade ao mar, devido à diluição da água do mar e ao afastamento das fontes pontuais. Os silicatos foram o nutriente que ocorreu em maiores concentrações e o nitrito em concentrações mais baixas no estuário. As concentrações de clorofila a não tiveram nenhuma relação com as abundâncias microfitoplanctónicas. Em ambos os métodos de amostragem para os pigmentos a principal variação foi explicada ao nível da estação. No caso da comunidade fitoplanctónica, a principal variação foi ao nível do taxonomista e das massas de água para o número de taxa. As maiores abundâncias microfitoplanctónicas foram registadas na zona polihalina, sendo as diatomáceas o grupo mais significativo e mais abundante em qualquer zona do estuário. O segundo taxonomista obteve sempre abundâncias abaixo do taxonomista principal, tal facto, aconteceu devido à contagem e identificação das criptófitas e dos dinoflagelados. Para um futuro trabalho, sugere-se: que para além da microscopia de inversão seja usada também a microscopia de epifluorescência; que seja efectuada uma intercalibração entre os taxonomistas para se tentar perceber qual o problema da diferença entre as contagens e identificações do fitoplâncton e que se estude e compreenda melhor os impactos sobre os estuários, pois estes são imprescindíveis para a sua conservação e gestão futura.
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Assim, este trabalho teve como objectivos: contribuir para a informação sobre a comunidade fitoplanctónica do Mondego que é bastante limitada; contribuir para a avaliação do fitoplâncton como elemento de qualidade biológica, segundo a DQA nas águas de transição do rio Mondego e avaliar as potenciais fontes de incerteza na variação dos parâmetros físico-químicos e biológicos em condições oligohalinas, mesohalinas e polihalinas. As amostragens foram realizadas em Setembro de 2009, durante a baixa-mar, abrangendo três zonas do estuário do Mondego (oligohalina, mesohalina e polihalina). Determinaramse as concentrações de clorofila a por espectrofotometria e as abundâncias microfitoplanctónicas (organismos superiores a 20 μm). No presente estudo, observou-se uma diminuição da temperatura da estação oligohalina para a estação polihalina acompanhada de um aumento de salinidade. As concentrações de nutrientes diminuiram com a proximidade ao mar, devido à diluição da água do mar e ao afastamento das fontes pontuais. Os silicatos foram o nutriente que ocorreu em maiores concentrações e o nitrito em concentrações mais baixas no estuário. As concentrações de clorofila a não tiveram nenhuma relação com as abundâncias microfitoplanctónicas. Em ambos os métodos de amostragem para os pigmentos a principal variação foi explicada ao nível da estação. No caso da comunidade fitoplanctónica, a principal variação foi ao nível do taxonomista e das massas de água para o número de taxa. As maiores abundâncias microfitoplanctónicas foram registadas na zona polihalina, sendo as diatomáceas o grupo mais significativo e mais abundante em qualquer zona do estuário. O segundo taxonomista obteve sempre abundâncias abaixo do taxonomista principal, tal facto, aconteceu devido à contagem e identificação das criptófitas e dos dinoflagelados. Para um futuro trabalho, sugere-se: que para além da microscopia de inversão seja usada também a microscopia de epifluorescência; que seja efectuada uma intercalibração entre os taxonomistas para se tentar perceber qual o problema da diferença entre as contagens e identificações do fitoplâncton e que se estude e compreenda melhor os impactos sobre os estuários, pois estes são imprescindíveis para a sua conservação e gestão futura.Phytoplankton is composed of single cell organisms with the capacity to photosynthesize and survive in suspension in the water column either singly or colonially. They are considered an important component of estuaries that are one of the most productive marine systems in the world. The current dissertation considers the implementation of the Water Framework Directive (WFD) for coastal and transitional waters in Portugal, with specific reference to the biological quality element phytoplankton in the transitional waters of the Mondego estuary. The objectives of this work are: to contribute to the somewhat limited information about the phytoplankton community of the Mondego; to contribute to the evaluation of phytoplankton as a biological quality element for the WFD in the transitional waters of the river Mondego, as well as analyse the potential sources of uncertainty for this evaluation under a variety physico-chemical and biological parameters in olighaline, mesohaline and polihaline conditions. The sampling programme was carried out in September 2009 during low tide over the three zones of the Mondego estuary (olighaline, mesohaline and polihaline). The concentrations of chlorophyll a were estimated by spectrophotometry and the abundances of microphytoplankton (organisms greater the 20 μm) by counts with inverted microscopy. During the current study, the temperature decreased and the salinity increased from the oligohaline to the polihaline station. The concentration of the nutrients declined with proximity to the sea, due probably to the mixing of the sea with freshwater. The silicates occurred in the greatest concentration and nitrite in the lowest concentrations within the estuary. The concentrations of chlorophyll a showed no significant relation with the abundance of microphytoplankton. Using both techniques for estimating pigments the biggest source of variation occurred at the level of the stations. In the case of the phytoplankton community, the greatest source of variation occurred at the level of the taxonomist, the water mass and the number of taxa. The greatest abundance of microphytoplankton occurred in the polihaline region, whilst the diatoms were the most significant and abundant group throughout the estuary. The second taxonomist consistently obtained lower values than the principle taxonomist probably due to lower counts for cryptophytes and dinoflagellates. For future work, it is suggested that counts with epifluorescent microscopy should be used together with the those for inverted microscopy; intercalibration between taxonomist to understand differences between the counts and identification of phytoplankton, and to study and understand better the impacts on estuaries, there by identifying improvements for conservation and management in the future.Universidade de Aveiro2013-02-05T15:48:38Z2011-12-05T00:00:00Z2011-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/8532porLuís, Cátia Sofia da Conceiçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:14:17Zoai:ria.ua.pt:10773/8532Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:45:36.247150Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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