Profilaxia da Reactivação do Vírus da Hepatite B na Terapêutica Imunosupressora em Doenças Reumáticas. Orientações para a Prática Clínica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes,Joana
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Marinho,Rui Tato, Fonseca,João Eurico, Silva,José Alberto Pereira da, Velosa,José
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-81782011000300005
Resumo: A reactivação da infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) é uma complicação potencialmente grave da imunossupressão, que pode ser identificada e prevenida de modo eficaz. Tem-se verificado um número crescente de casos de reactivação do VHB em doentes sob imunossupressão no contexto de doenças reumáticas, como a artrite reumatóide o u o lúpus eritematoso sistémico. As recomendações nesta área devem ser individualizadas, tendo em conta dois aspectos: os esquemas imunossupressores utilizados (alto ou baixo risco de reactivação) e as diferentes fases da infecção pelo VHB, como seja a hepatite B crónica, o portador inactivo do VHB, ou mesmo a infecção oculta (por exemplo AgHBs negativo com anti-HBc positivo). Nos doentes com doenças reumáticas que vão iniciar terapêutica imunossupressora de alto risco, propomos o rastreio universal com testes serológicos da hepatite B com o antigénio de superfície do VHB (AgHBs), anticorpo anti-HBs e anti-HBc. Os doentes com hepatite B crónica (AgHBs positivo, ADN VHB l 2000 UI/ml) devem iniciar terapêutica antivírica; os portadores inactivos do VHB (AgHBs positivo, ADN VHB < 2000 UI/ml, aminotransferases normais) expostos a terapêutica imunossupressora de alto risco devem realizar igualmente profilaxia da reactivação do VHB. A profilaxia deve ser iniciada 2 a 4 semanas antes do início da terapêutica imunossupressora e mantida pelo menos durante 6 a 12 meses após a sua suspensão. Recomenda-se a utilização do entecavir ou tenofovir como antivirícos de primeira linha. Nos portadores inactivos do VHB sob terapêutica imunossupressora de baixo risco nos doentes AgHBs negativo / anti-HBc positivo (infecção a VHB no passado ou infecção oculta), a estratégia deve ser monitorização da reactivação viral através da determinação das aminotransferases e do ADN-VHB a cada 6 meses).
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