COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL NO JORNALISMO COMUNITÁRIO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/9063 |
Resumo: | As sociedades contemporâneas compreendem uma maior mobilidade que se traduz numa crescente coexistência multicultural. Em paralelo, a mediatização da comunicação, com especial efeito a que se caracteriza pela massificação e concentração em grandes conglomerados, tem apresentado desafios ao nível da representatividade de diferentes culturas, verificando-se não só menor presença dessa diversidade como tendências etnocêntricas nas várias coberturas dos principais órgãos de comunicação social. O jornalismo comunitário pode, assim, constituir uma alternativa que convoca uma maior descentralização e participação cidadã, com um caráter menos convergente, com maior permeabilidade às dinâmicas dos contextos onde se insere, conferindo uma mais-valia na análise de práticas que possam contribuir para uma maior diversidade de vozes nos media e respetiva consagração do princípio constitucional da igualdade - Artigo 13.º da Constituição da República Portuguesa. É objetivo deste trabalho analisar a aplicação de critérios de comunicação intercultural e de mediação intercultural no jornalismo comunitário. Neste sentido, foi considerada uma publicação de natureza multicultural – o jornal Rosa Maria – quer pelo seu financiamento e estrutura editorial, como pelo seu âmbito territorial, que corresponde a uma das áreas do país com maior proporção da população residente com nacionalidade estrangeira. A metodologia utilizada neste estudo de caso insere-se no paradigma qualitativo, tendo-se empreendido uma Análise Documental por intermédio da Análise de Conteúdo, aplicada a um corpus de 13 edições, publicadas entre 2010 e 2020. A análise incidiu nos textos correspondentes aos editoriais, reportagens, notícias e capas das edições. Considerando o caráter eminentemente visual das capas, aplicou-se, complementarmente, metodologia do âmbito da Análise Crítica do Discurso e da Semiótica Social, mais especificamente a Gramática do Design Visual. Os resultados atestam a correspondência da publicação a práticas de comunicação intercultural e de mediação intercultural. Neste sentido, observaram-se boas práticas do jornalismo comunitário na promoção da interculturalidade em contextos multiculturais, visíveis na representatividade, na representação e na contextualização objetivas, imparciais e focadas em ganhos comuns. |
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COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL NO JORNALISMO COMUNITÁRIOAS PRÁTICAS DO JORNAL ROSA MARIA COMO ELEMENTO DE MEDIAÇÃOComunicação InterculturalBairro da MourariaMediação InterculturalJornalismo ComunitárioDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da ComunicaçãoAs sociedades contemporâneas compreendem uma maior mobilidade que se traduz numa crescente coexistência multicultural. Em paralelo, a mediatização da comunicação, com especial efeito a que se caracteriza pela massificação e concentração em grandes conglomerados, tem apresentado desafios ao nível da representatividade de diferentes culturas, verificando-se não só menor presença dessa diversidade como tendências etnocêntricas nas várias coberturas dos principais órgãos de comunicação social. O jornalismo comunitário pode, assim, constituir uma alternativa que convoca uma maior descentralização e participação cidadã, com um caráter menos convergente, com maior permeabilidade às dinâmicas dos contextos onde se insere, conferindo uma mais-valia na análise de práticas que possam contribuir para uma maior diversidade de vozes nos media e respetiva consagração do princípio constitucional da igualdade - Artigo 13.º da Constituição da República Portuguesa. É objetivo deste trabalho analisar a aplicação de critérios de comunicação intercultural e de mediação intercultural no jornalismo comunitário. Neste sentido, foi considerada uma publicação de natureza multicultural – o jornal Rosa Maria – quer pelo seu financiamento e estrutura editorial, como pelo seu âmbito territorial, que corresponde a uma das áreas do país com maior proporção da população residente com nacionalidade estrangeira. A metodologia utilizada neste estudo de caso insere-se no paradigma qualitativo, tendo-se empreendido uma Análise Documental por intermédio da Análise de Conteúdo, aplicada a um corpus de 13 edições, publicadas entre 2010 e 2020. A análise incidiu nos textos correspondentes aos editoriais, reportagens, notícias e capas das edições. Considerando o caráter eminentemente visual das capas, aplicou-se, complementarmente, metodologia do âmbito da Análise Crítica do Discurso e da Semiótica Social, mais especificamente a Gramática do Design Visual. Os resultados atestam a correspondência da publicação a práticas de comunicação intercultural e de mediação intercultural. Neste sentido, observaram-se boas práticas do jornalismo comunitário na promoção da interculturalidade em contextos multiculturais, visíveis na representatividade, na representação e na contextualização objetivas, imparciais e focadas em ganhos comuns.Menezes, Catarina Maria Nogueira Marques da CruzSantos, Maria João Sousa Pinto dosIC-OnlineMendes, João Miguel Silvestre2023-12-11T14:05:10Z2023-07-182023-07-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.8/9063TID:203417844porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-17T15:58:49Zoai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/9063Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:51:40.617987Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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